Por Humberto Ramos
Não foi nenhuma surpresa saber que o Silas Malafaia deu o ar de sua graça novamente no Programa do Ratinho. Ele está onde sempre quis estar. Aplaudido pelas multidões e, enfim, depois de se autointitular por diversas vezes "profeta do povo de Deus nesta nação", já é reconhecido até pelos de fora do seu gueto como porta-voz dos crentes.
O que de fato chama a atenção é que muitos enxergam tais aparições na mídia como o cumprimento de promessas, como conquista do "povo de Deus", e sinal de autoridade do dito pastor.
Bobagem! Pura bobagem. Já disse e repito: gente séria não vai a um programa desse tipo pra falar de coisas tão sérias e complexas. Lá não é o lugar adequado para se discutir qualquer tema de grande importância.
E não me digam que o "povão" gosta desse tipo de programa e que por isso temos que concordar com o Silas em sua escolha de comparecer ao debate. Ora, se o povão de fato adora esse tipo de programa, o povão está mal das pernas – mas principalmente da cabeça! – e nem se pode dizer que sabe discernir o que vê e ouve; então podemos concluir que qualquer pessoa de bom senso que lá estiver estará lançando pérolas aos porcos.
Silas disse que estava lá para discutir sobre a Lei apenas, que não era para falar segundo a sua crença. Puxa vida, ele devia ter aconselhado o programa a levar um advogado então! Erram, chamaram um pastor para falar de Direito! Disse também, no primeiro debate, que homossexualidade é algo "comportamental". Na sua cabecinha rasa e superficial, um cara simplesmente acorda e pensa: "Aff... hoje acordei tão gay que acho que tô gostando de homem".
Já ouvi diversos irmãos com inclinação homossexual, e assim como o relato de não crentes, eles afirmam que seu maior sofrimento é não ter podido escolher se sentir atraídos ou não por homens.
Na forma como tem ocorrido o debate, transmite-se a imagem de que há uma guerra declarada entre homossexuais e os evangélicos. Pior para os evangélicos, pois, como eles mesmos provaram na pele, o estigma da perseguição fortalece ainda mais o sentimento de grupo e a necessidade de se manterem unidos os perseguidos.
O Projeto de Lei 122 é inconstitucional, ele impediria – caso promulgado – a livre expressão da opinião, da possibilidade de um indivíduo discordar da agenda homossexual sem ser taxado de homofóbico. Fere cláusulas pétreas da Constituição Federal.
Um exemplo prático: um homossexual pode muito bem escrever livros e dizer que ser heterossexual é ser limitado, não evoluído e que todo homem, para se mostrar de fato maduro e desenvolvido, deveria cultivar relacionamentos homossexuais, até que, por fim, abandonasse a heterossexualidade. Isso não seria considerado crime. Por que então considerar crime opinião diversa desta?
Se homossexuais podem discordar de heterossexuais, o contrário também deve continuar a ser permitido. Simples assim!
Da parte dos cristãos, vale a pena dizer que ainda carecemos de entender melhor o fenômeno da homossexualidade, necessitamos estudar mais, ouvir mais e orar mais sobre o tema. Tratá-lo com a profundidade que ele exige. Assim como também devemos separar práticas homossexuais da mera inclinação homossexual. Eu não peco simplesmente por ser atraído por mulheres, os homossexuais também não pecam simplesmente por estarem inclinados a se atraírem por pessoas do mesmo sexo.
Henri Nouwen é o padre mais lido no meio protestante, e segundo relata Philip Yancey no seu livro Alma Sobrevivente, ele era homossexual. Um homem que buscou se santificar durante toda a sua vida, que deixou livros e mais livros que muito têm abençoado seus leitores, sem contar o rastro que deixou nos lugares em que passou.
Como Nouwen há muitos outros, mas estão quietos. Silenciosos e cientes de que não podem falar abertamente sobre suas dificuldades sexuais, calam-se devido o medo da rejeição e do preconceito.
Quanto ao Silas, o que vejo é apenas um homem sedento por fama, reconhecimento secular e glamour religioso. Nada mais! Um oportunista exímio, que aproveita para tratar de assuntos polêmicos que perturbam os evangélicos para chamar a atenção toda para si mesmo. Um profeta pobre que não alça sua voz contra as corrupções do país, que não denuncia as maracutaias dos crentes nem tampouco as que acontecem no seio sua própria denominação. Fala apenas do que lhe convém.
Historicamente bipolar, Silas é controvertido. O seu transtorno já o fez vomitar juízos sobre o movimento G12, e depois abraçar seus líderes mais heréticos; já criticou a Teologia da Prosperidade, mas de repente se mostrou mergulhado nela; é pastor, mas se parece com vendedor; é psicólogo, mas por diversas vezes faz o trabalho de acusador/causador de neuroses; é teólogo, mas sua Teo-logia foge a toda Lógica do Evangelho de Jesus.
Sim, queridos, não gosto do Silas. Perdoem-me os malafaianos, mas não me iludo com ele faz tempo, e não vai ser o fato de ele ser contra o aborto, de discutir com homossexuais em programa de última categoria, defender a causa das igrejas barulhentas que vivem tremendo de medo por conta de leis que podem vir a proibir seus templos de aporrinharem os vizinhos depois das 22h00min que eu vou gostar dele.
Quando eu o vir lutando pelos pobres, amando os perdidos, abraçando pecadores, vivendo humildemente o Evangelho, aí começarei a admirá-lo como pessoa.
Àqueles que se debruçam diante da TV para assisti-lo porque o veneram, meus pêsames.
O que de fato chama a atenção é que muitos enxergam tais aparições na mídia como o cumprimento de promessas, como conquista do "povo de Deus", e sinal de autoridade do dito pastor.
Bobagem! Pura bobagem. Já disse e repito: gente séria não vai a um programa desse tipo pra falar de coisas tão sérias e complexas. Lá não é o lugar adequado para se discutir qualquer tema de grande importância.
E não me digam que o "povão" gosta desse tipo de programa e que por isso temos que concordar com o Silas em sua escolha de comparecer ao debate. Ora, se o povão de fato adora esse tipo de programa, o povão está mal das pernas – mas principalmente da cabeça! – e nem se pode dizer que sabe discernir o que vê e ouve; então podemos concluir que qualquer pessoa de bom senso que lá estiver estará lançando pérolas aos porcos.
Silas disse que estava lá para discutir sobre a Lei apenas, que não era para falar segundo a sua crença. Puxa vida, ele devia ter aconselhado o programa a levar um advogado então! Erram, chamaram um pastor para falar de Direito! Disse também, no primeiro debate, que homossexualidade é algo "comportamental". Na sua cabecinha rasa e superficial, um cara simplesmente acorda e pensa: "Aff... hoje acordei tão gay que acho que tô gostando de homem".
Já ouvi diversos irmãos com inclinação homossexual, e assim como o relato de não crentes, eles afirmam que seu maior sofrimento é não ter podido escolher se sentir atraídos ou não por homens.
Na forma como tem ocorrido o debate, transmite-se a imagem de que há uma guerra declarada entre homossexuais e os evangélicos. Pior para os evangélicos, pois, como eles mesmos provaram na pele, o estigma da perseguição fortalece ainda mais o sentimento de grupo e a necessidade de se manterem unidos os perseguidos.
O Projeto de Lei 122 é inconstitucional, ele impediria – caso promulgado – a livre expressão da opinião, da possibilidade de um indivíduo discordar da agenda homossexual sem ser taxado de homofóbico. Fere cláusulas pétreas da Constituição Federal.
Um exemplo prático: um homossexual pode muito bem escrever livros e dizer que ser heterossexual é ser limitado, não evoluído e que todo homem, para se mostrar de fato maduro e desenvolvido, deveria cultivar relacionamentos homossexuais, até que, por fim, abandonasse a heterossexualidade. Isso não seria considerado crime. Por que então considerar crime opinião diversa desta?
Se homossexuais podem discordar de heterossexuais, o contrário também deve continuar a ser permitido. Simples assim!
Da parte dos cristãos, vale a pena dizer que ainda carecemos de entender melhor o fenômeno da homossexualidade, necessitamos estudar mais, ouvir mais e orar mais sobre o tema. Tratá-lo com a profundidade que ele exige. Assim como também devemos separar práticas homossexuais da mera inclinação homossexual. Eu não peco simplesmente por ser atraído por mulheres, os homossexuais também não pecam simplesmente por estarem inclinados a se atraírem por pessoas do mesmo sexo.
Henri Nouwen é o padre mais lido no meio protestante, e segundo relata Philip Yancey no seu livro Alma Sobrevivente, ele era homossexual. Um homem que buscou se santificar durante toda a sua vida, que deixou livros e mais livros que muito têm abençoado seus leitores, sem contar o rastro que deixou nos lugares em que passou.
Como Nouwen há muitos outros, mas estão quietos. Silenciosos e cientes de que não podem falar abertamente sobre suas dificuldades sexuais, calam-se devido o medo da rejeição e do preconceito.
Quanto ao Silas, o que vejo é apenas um homem sedento por fama, reconhecimento secular e glamour religioso. Nada mais! Um oportunista exímio, que aproveita para tratar de assuntos polêmicos que perturbam os evangélicos para chamar a atenção toda para si mesmo. Um profeta pobre que não alça sua voz contra as corrupções do país, que não denuncia as maracutaias dos crentes nem tampouco as que acontecem no seio sua própria denominação. Fala apenas do que lhe convém.
Historicamente bipolar, Silas é controvertido. O seu transtorno já o fez vomitar juízos sobre o movimento G12, e depois abraçar seus líderes mais heréticos; já criticou a Teologia da Prosperidade, mas de repente se mostrou mergulhado nela; é pastor, mas se parece com vendedor; é psicólogo, mas por diversas vezes faz o trabalho de acusador/causador de neuroses; é teólogo, mas sua Teo-logia foge a toda Lógica do Evangelho de Jesus.
Sim, queridos, não gosto do Silas. Perdoem-me os malafaianos, mas não me iludo com ele faz tempo, e não vai ser o fato de ele ser contra o aborto, de discutir com homossexuais em programa de última categoria, defender a causa das igrejas barulhentas que vivem tremendo de medo por conta de leis que podem vir a proibir seus templos de aporrinharem os vizinhos depois das 22h00min que eu vou gostar dele.
Quando eu o vir lutando pelos pobres, amando os perdidos, abraçando pecadores, vivendo humildemente o Evangelho, aí começarei a admirá-lo como pessoa.
Àqueles que se debruçam diante da TV para assisti-lo porque o veneram, meus pêsames.
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Humberto Ramos é advogado, blogueiro, colabora com a Aliança Bíblica Universitária e escreve notas ácidas no Púlpito Cristão
Humberto Ramos é advogado, blogueiro, colabora com a Aliança Bíblica Universitária e escreve notas ácidas no Púlpito Cristão
Foi um prazer a leitura.
ResponderExcluirAcho apenas que muita energia tem sido dispendida em nome deste PL.
Como não conheço o Sr. Malafaia, mas seus apenas sua postura e seus discuros, esses os combato.
O Senhor não tarda, como eles julgam.
Em Cristo.
VC ESTAVA INDO ATÉ Q BEM NO SEU TEXTO ATÉ Q ESCREVEU "IRMAOS COM INCLINAÇOES HOMOSSEXUAIS" MEU DEEEUS ...AI NAO NÉEE...
ResponderExcluirCOM CERTEZA VC NAO É CRISTAO NAO...Q PENA