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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

23 de julho de 2015

5 lições a aprendermos com o caso Thalles

thalles1 Thalles Roberto e o dilema gospel
A paz do Senhor!
Com toda essa polêmica acerca das declarações, no mínimo infelizes, do Thalles Roberto, a Igreja deve aprender algo. Se analisarmos a situação de forma imparcial, podemos identificar erros graves que poderiam ser evitados na formação do caráter de cristão do Thalles.
Abaixo vou listar algumas lições que devemos aprender para evitar que esse problema se repita com outros artistas.
1 – Ascensão ministerial meteórica
Basta um famoso “se converter” que já tem portas e mais portas abertas e fácil acesso aos púlpitos para contar seu testemunho. Se o famoso entrega a vida a Cristo na sexta, no domindo já pode escolher em qual igreja vai dar o testemunho. Na minha visão bíblica, por mais famoso que alguém for, depois de entregar a vida a Cristo deve ser discipulado, conhecer a Bíblia e só depois de realmente convertido, sair para dar seu testemunho.
Infelizmente no afã de encher suas igrejas, muitos pastores entregam suas igrejas nas mãos de neófitos que, na maioria das vezes, falam um monte de besteiras e ninguém se importa, querem ver o “poder de Deus”.
2 – Falta de senso crítico 
Líderes mal intencionados incutiram na mente dos crentes que não podemos julgar a ninguém e em hipótese alguma. Se fizermos uma análise, ainda que superficial, sobre as músicas que cantamos em nossos cultos, comparando-as com a Bíblia, vamos ver que muitos dos nossos “louvores” exaltam ao homem e não a Deus.
Está na hora de a igreja acordar e começar a comparar o que ouve, seja em músicas, seja em pregação, com a Bíblia e se não houver concordância, fiquemos com a Bíblia e não com o cantor ou pregador. Unção verdadeira é aquela que consegue transmitir a graça de Deus dando a glória somente a Ele.
3- Buscar crescimento em vez de emoção.
Grande parte dos crentes acredita que a presença de Deus e a ação do Espírito Santo se caracterizam por sensações, choros e arrepios. Isso na verdade é a vontade da carne, que quer crer em Deus através de coisas palpáveis.
A verdadeira ação do Espírito Santo produz frutos (Gálatas 5:22) e traz transformação de caráter e atitudes. Como pode alguém se dizer convertido e continuar extorquindo os irmãos?
4- Pastoreio mais presente 
Tudo o que acontece na igreja é de responsabilidade do pastor. Se ele não sabe lidar com suas ovelhas e discipliná-las a andar com Cristo é porque sua influência está fraca demais para atrair as pessoas.
No caso dos artistas, as coisas pioram muito. Alguém acha que as besteiras que o Thalles falou vieram à sua mente só no momento que falava? Claro que não. Isso são coisas que ele já vem pensando e alimentando há tempos. É um conceito egoísta de si mesmo. Se isso aconteceu é porque houve uma falha grave em seu pastoreio. Se o seu pastor o tivesse contido e mostrado o quanto ele estava se perdendo no caminho, isso seria evitado.
Duas coisas me causam estranheza: o pai do Thalles é pastor, mas pelo visto isso não fez diferença e André Valadão, um dos pastores da Igreja Batista da Lagoinha, igreja que o Thalles é membro, publicou em seu Facebook que os cantores que estavam se manifestando contra as declarações do Thalles estavam sofrendo de coitadismo. Nitidamente, todos passam a mão em sua cabeça.
5 – Abandonar a idolatria
Todas as vezes que um pastor ou cantor famoso é criticado aparecem os fãs rangendo os dentes para defendê-los a qualquer custo. Não se importam se seu ídolo está certo ou não, querem manter sua imagem limpa.
Esses fãs exaltados, via de regra, dizem que não se pode julgar, que eles são homens de Deus, ungidos, que o que ele faz da vida dele é problema dele com Deus. Nem sei quantos xingamentos, inclusive com palavrões já recebi nos comentários aqui do blog.
O mais interessante é que não usam a Bíblia para defender os seus ídolos, deve ser porque como Deus falou ao próprio Thalles, que os jovens que o seguem não lêem a Bíblia.
Deus também teria falado ao Thalles que os seus fãs o amam e veneram, sendo assim, até Deus está preocupado com essa idolatria e falta de leitura bíblica.
Está na hora de voltarmos à adoração, abandonando os shows. Analisarmos aquilo que cantamos, supostamente a Deus e buscarmos um conhecimento mais profundo acerca da Bíblia. Enquanto negligenciarmos a correção e se for o caso, até o boicote a esses cantores e pregadores – se não se arrependerem e mudarem  – essa festa do caqui vai continuar e ainda vamos ter muita festa da carne disfarçada de culto.
Que Deus te abençoe.

1 comentários:

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(1) Discordar não é problema. É solução, pois redunda em aprendizado! Contudo, com modos.

(2) A única coisa que eu não aceito é vir com a teologia do “não toque no ungido”, que isto é conversa para vendilhão dormir... Faça como os irmãos de Beréia e vá ver se o que lhe foi dito está na Palavra Deus!
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“Mais importante que ser evangélico é ser bíblico” - George Knight .