É triste... Eu fiquei muito triste com o teor da crítica que Caio Fábio fez aos mencionados - mas sem mencioná-los - da revista Época, em sua matéria Novos Evangélicos.
Antes de tudo, sobre o adjetivo "novos", outros falaram antes e muito melhor do que Caio Fábio. Menciono aqui o Rev. Augustus Nicodemus, chanceler da universidade em que aprendi teologia:
1) Achei que o título do artigo na capa é um equívoco histórico, pois "novos evangélicos" se aplica mais exatamente a grupos como a IURD, Renascer e Igreja Mundial e não aos que estão reagindo a estes grupos. Eu não me considero um "novo evangélico" e sim um bem antigo, com raízes históricas na Reforma do séc. XVI e teológicas nas Escrituras Sagradas. Não tem nada de "novo" em nosso desejo de ver o antigo Evangelho ser pregado corretamente em nossa pátria. Estas seitas é que chegaram ontem. Todavia, entendo o autor. Estes grupos neopentecostais cresceram tanto e influenciaram tanto a mídia e a opinião pública que viraram o padrão. Eles é que são os "evangélicos". Quem não é como eles e quer mudanças é visto como o novo, a novidade.
Mas, é claro, não foram os mencionados na reportagem que escolheram o título da matéria. Tenho certeza, inclusive, que nenhum deles teve acesso ao conteúdo da revista antes da publicação, como é praxe no Brasil. Sendo assim, se alguém tem culpa do título é a própria revista.
Não conheço pessoalmente nenhum dos mencionados na matéria. E não vou defender e nem criticar nenhum deles aqui. Nem o Léo, do Púlpito Cristão, que deve ser um dos anônimos para Caio Fábio. Aliás, chamar alguém de anônimo, simplesmente porque você não conhece o trabalho da pessoa, foi outro lance vergonhoso deste vídeo.
É lamentável ver uma personalidade como Caio Fábio se utilizar de um vocabulário tão baixo para fazer suas críticas. Pelo que já ouvi dele (não li nenhum de seus livros), achava que ele tinha muito mais capacidade para argumentar do que usar os termos "bundão" e "mauricinho". Faço minhas as palavras do Natanael, do Pense Teologicamente (blog em que vi pela primeira vez o vídeo):
Primeiro que "bundão" por "bundão" o Rev. Caio Fábio é um dos maiores do Brasil. Fica usando a internet, em um programa particular soltando o verbo, descendo a lenha, mas fica lá no seu esconderijo secreto.
O Caio criticou e não citou nomes, ele deveria ser mais corajoso (não-bundão), até porque ele conseguiu enquadrar todos, todos mesmo, no mesmo saco de farinha.
Aliás, se não há nada de novo sob o sol, o mesmo se aplica a Caio Fábio. Já não sei quantos "vídeo-crítica" ele gravou tendo o seu jardim encantando como sereno pano de fundo.
Então, talvez, eu não tenha perdido nada em não ler a vasta obra de Caio Fábio. Perdi tempo, é verdade, vendo o vídeo. E estou fazendo você perder o seu tempo também. E tudo isso é muito triste. Peço sinceras desculpas aos leitores do blog, mas é que a minha tristeza é tão grande (e também a minha indignação) que eu precisava compartilhar.
É triste, muito triste...
Fonte: Nani e a Teologia
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