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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

28 de abril de 2013

Seita com 6 mil adeptos em Minas cai na mira da PF

ESTADAO.COM.BR

MINDURI - Uma seita que arrebanha integrantes na capital paulista para trabalhar sem salário em fazendas e indústrias no interior de Minas Gerais já reúne cerca de 6 mil pessoas. Para ser aceito no "mundo paralelo" do grupo Jesus A Verdade que Marca, é preciso, segundo a polícia e ex-integrantes, doar casa, carro e os demais bens para os líderes e obedecê-los cegamente. As regras incluem a proibição do marido dormir com a mulher, o confinamento em fazendas e alojamentos e o veto a TV e internet.

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Durante a Operação Canaã, deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira, dois líderes da seita - cujos nomes não foram revelados - acabaram presos por apropriação indébita ao serem flagrados com cartões do Bolsa-Família de integrantes do grupo. Para a PF, o discurso religioso é um atrativo para cooptar mão de obra escrava. "É um grupo extremamente fechado, que busca pessoas em situação vulnerável e as mantém nas propriedades com uma alta carga de doutrinação", diz o delegado João Carlos Girotto.

O advogado do grupo, Leonardo Carvalho de Campos, argumenta que as fazendas nas cidades de Minduri, São Vicente de Minas, Madre de Deus e Andrelândia são apenas associações de agricultura comunitária (veja ao lado).

Depoimentos de ex-integrantes destoam do que ele diz. Um aposentado de 72 anos conta que o pastor Cícero Vicente de Araújo, líder da seita, o convenceu a doar tudo o que tinha porque "todas as estradas iam se fechar e colocariam chips na cabeça das pessoas". "O pastor disse que só quem fosse para aquela região de Minas conseguiria viver bem." Há três anos, o homem tenta reaver na Justiça os R$ 32 mil de um carro e parte do dinheiro de uma casa que vendeu para aderir à seita. Para manter os fiéis, o ex-adepto conta que os pastores afirmavam que as pessoas que saíssem seriam amaldiçoadas. "Eles diziam que os demônios destruiriam aqueles que saíssem e passavam uns filmes da inquisição."

Carne. Apesar de todos se tratarem por irmã ou irmão, os ex-membros relatam disparidade de tratamento. "Eu passava as noites limpando tripa, cabeça e pé de boi para comermos. A carne ia para os líderes", contou uma ex-adepta da seita, de 42 anos, que vendeu a casa e doou para o grupo. A vigilância é outra característica, diz ela. "Minhas duas filhas, de 20 e 22 anos, ficaram lá e há dois anos não as vejo." Um médico do Programa de Saúde da Família conta que os integrantes não ficam desacompanhados nem durante as consultas.

A PF não localizou o pastor Araújo. A suspeita é de que ele esteja articulando a expansão da seita para a cidade de Ibotirama (BA). Publicamente, o grupo tenta se desvincular do caráter religioso e formou seis associações de agricultores. A polícia crê que as entidades, com fazendas arrendadas, sirvam como fachada para um esquema de lavagem de dinheiro, supressão de direitos trabalhistas e formação de quadrilha. Uma lista com nome dos eleitores fará a investigação verificar a possibilidade de manejo político. Dois vereadores da região são identificados com a seita. Ex-fiéis afirmam que Araújo os arrebanhou em igrejas na Lapa, zona oeste da capital, e Osasco. Os templos mudam constantemente de endereço. A PF averigua a existência de um novo na região da Sé.



Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,seita-com-6-mil-adeptos-em-minas-cai-na-mira-da-pf,1026279,0.htm

2 comentários:

  1. Cadeia nessa corja; não passa de quadrilheiros, que a única intenção é enriquecer sem trabalho se aproveitando da ingenuidade e ignorância de algumas pessoas.

    Luís

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  2. Passei 5 longos anos na seita. Me obrigaram a por minha cara por diversas vezes na terra(literalmente mesmo!) como forma de punição e humilhação a Deus. Tem muita e muita coisa que posso provar a autenticidade sim. Infelizmente essa é a cejvm que continua tratando seus 'fiéis'como marionetes.

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