Por Hermes C. Fernandes
Assisti a este vídeo e fiquei aterrorizado. As informações davam conta de que eram cristãos sendo perseguidos e queimados vivos por sua fé na Costa do Marfim. Chamei meu filho, que já se preparava pra dormir, e mostrei-lhe o horror sofrido por seguidores de Cristo em pleno século XXI. Espero que ele tenha conseguido dormir após ter assistido a isso. Ainda impactado, resolvi ler os comentários, e simplesmente desabei.
Leia abaixo alguns deles:
De repente, deparei-me com um comentário que deve ter passado despercebido pela maioria dos que assistiram e comentaram o vídeo, provavelmente por estar em inglês.
Traduzindo: "Eu sei mais sobre o vídeo que vocês. O vídeo não tem nada a ver com cristãos ou muçulmanos. É uma caça às bruxas da aldeia entre os cristãos na minha cidade natal. Não diga mentiras caluniando os marfinenses. Pare com suas mentiras ou confira os fatos antes de postar. Eu respeito a vida humana."
Sinceramente, eu preferiria que fossem cristãos sofrendo a injustiça, a serem cristãos praticando-a em nome de Deus. Doeu-me muito mais imaginar que cristãos estariam empreendendo uma caça às bruxas naquele País, do que saber que eles estivessem sendo brutalmente assassinados por causa de sua fé.
Veja o que diz a Escritura:
"Melhor é que padeçais fazendo o bem (se a vontade de Deus assim o quer), do que fazendo o mal" (1 Pe.3:17).
Não importa se quem estava sendo queimado vivo era cristão, muçulmano, bruxo ou ateu. O fato é que eram seres humanos como nós, portadores da imagem e semelhança do Criador. Ninguém tem o direito de atentar contra suas vidas.
Uma 'verdade' que demanda que estejamos prontos a matar por ela não é digna de ser crida. Em contrapartida, o Evangelho genuíno exige que preservemos a vida, e por isso, não só merece ser crido, como também é digno de que nos disponhamos a morrer por ele.
O que levaria pessoas que se dizem cristãs a um absurdo como este? Que tipo de mensagem elas têm ouvido de seus púlpitos?
Corremos o risco de vermos coisas semelhantes acontecerem também no Brasil. Infelizmente, já há quem pregue o ódio contra certos grupos, que instigue o partidarismo, e que busque visibilidade midiática patrocinando rivalidades.
De vez em quando lemos de pastores que invadem centros espíritas para destruí-los. Já tivemos o caso de um pastor que chutava uma imagem de devoção católica em pleno programa de TV. Outros parecem destilar ódio contra gays e simpatizandes. Aonde isso poderá acabar?
Urge retornarmos ao caminho mais excelente apontado por Paulo e encarnado por Jesus. Em vez de pedras, rosas. Em vez de dedos em riste, mãos estendidas. Em vez de fogueiras inquisitórias, a chama do amor. Que as mensagens pregadas em nossos púlpitos, e os artigos escritos em nossos blogs, estimulem às pessoas a amarem umas às outras, e mesmo aos seus inimigos, como Jesus prescreveu.
Fonte: Hermes Fernandes
Para a maioria dos teólogos "cristãos" esses estarão queimando para todo o sempre. Será realmente isso?
ResponderExcluirQue Deus tenha misericórdia de nós, "queimamos" vivos nossos irmãos por serem diferentes de nós em pensamentos, "queimamos" ímpios que vivem na mentira, e agora queimamos literalmente outras crenças.
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