Blogroll

"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

5 de abril de 2011

Terra Nova tem os outros apóstolos aos seus pés


Nós já abordamos algumas vezes esta obsessão porHONRA no MIR 12. Uma doutrina que é a base da sustentação administrativa de uma estrutura  eclesiástica dispersa, como é a celular e que só agora está sendo reconduzida à comunidades, por questões relacionadas ao controle financeiro, claro.

 Quem honra não sai da cadeia de comando, assim disse o "sinhô".

 Em matéria recente (AQUI ) falamos da importância econômica das peregrinações aos eventos nacionais e internacionais para a cúpula do movimento e, apesar das negativas dos participantes do MIR nos "comentários" à referida matéria, eis que apresento o site da nova administradora deste rico mercado cativo de encontros e viagens tremendas. http://www.tngroup.com.br/novo/index.php


Na essência, o MIR12 é hoje uma grande franquia, com direito a treinamento, marca, assistência local e, claro, royalties em pirâmide. É a nossa Amyway da salvação.

Busca-se cada vez mais a dependência dos franqueados (lideres células, grupo de células e etc.) do franqueador, Terra Nova S/A.

- Agora atenção:  Quem peidou?
Viagens constantes para eventos onde o franqueador é honrado, encontros com percentuais nas taxas, viagens internacionais e a cobrança dos royalties (ops, ofertas) em pirâmide garantem os lucros.

Um arquivo de ministrações  prontas (e de sucesso comprovado) ao dispor de todos os níveis de liderança, treinamento intenso, encontros e eventos formatados em todos os níveis,  técnicas aprovadas de evangelização com material farto e atualizado,  fonte inesgotável de novidades, modismos e demostrações de poder para a "crentada", vivências com o grande líder e muitas facilidades de comunicação garantem a fidelização ao esquema por parte de uma "pastorzada" que sonha com renda alta e poder. Todos querem a formula do sucesso ministerial e, neste caminho, relativizam o evangelho proclamado.

Um dos grandes segredos do sucesso do esquema é o próprio Terra Nova, reconhecidamente muito carismático. Suas viagens são constantes. Terra Nova foi um dos primeiros grandes ministérios da nova safra a comprar o seu jato.

Nesta fase da consolidação de seu poder, é preciso que sua figura messiânica fique gravada na mente de cada participante de célula Brasil afora como um semi-deus que dá cobertura espiritual a todos. Na teologia do G12, crente é de papel e não aguenta 5 minutos na chuva sem o guarda-chuva apostólico. 

Mainha me deu.
Neste processo, não se foge de idolatria do líder. Nem do sectarismo extremo.

G12, MIR12 estão longe de ser apenas um modelo de crescimento de igrejas. Não há outra denominação cristã apresentando linguajar,  liturgias, práticas e costumes tão diferenciados dos demais grupos. Para muitos, uma seita em todos os termos.

Eu conheci algumas pessoas que foram evangelizadas no MIR  ou G12 e que, passando a uma denominação tradicional, simplesmente não se encaixaram.

E ressalte-se que a maioria esmagadora dos G12zitas é formada por ex-membros de igrejas evangélicas, o que nos leva a questionar seriamente o grande apelo do inferno saqueado.

Mas que "inferno" é este que anda sendo saqueado pelo MIR 12 e G12, se a maioria esmagadora dos novos encontristas eram membros de igrejas evangélicas? A mim me parece mais uma ferramenta de crescimento envolvendo a guerrilha e o saque furtivo de membros de uma igreja evangélica por uma seita.


Das duas uma, ou só há salvação no G12, que inaugurou a igreja de Cristo, ou estamos sendo  (as demais igrejas) alvo de uma matilha de 12 tribos de lobos que ataca as ovelhas  em nosso aprisco.

Cursinho do Murdock
Silas Malafaia, no tempo que tinha bigode e era pastor sério defendia esta mesma tese. Hoje, fez as pazes com Terra Nova. Há dúvidas se Malafaia segue lendo a Bíblia (a normal, não a financeira), mas tenho certeza que ele lê Sun Tzu War, o livro milenar da Arte da Guerra dos chineses. Ali aprennde-se a lidar com um general que cresce: Combate inicial. Se o general continua a crescer no seu meio, melhor a associação, pois é certo que temos o que aprender com ele. Eu não  sei se Silas Malafaia aprendeu algo com Terra Nova, mas anda faturando alto nos eventos do MIR onde é figura constante. Além de ter vendido para Terra Nova a duplainferneja Murdock & Cerrullo. Teve comissão?


E não pensem que os g12zistas nos têm em alta estima. Para eles, evangélicos fora do movimento são  crentes tipo "C". Para ganhar novo status, aceitar a Jesus é  condição menor. É preciso participar dos encontros sofrer toda a lavagem cerebral e processo regressivo e receber doses duplas de energéticos emocionais. Contar seus pecados mais podres para todos, escrever as transgressões e atirar o papel na fogueira. Dai, perdoa-se a todos a que por ventura lhe tenham feito mal na vida, incluindo Cristo (Pode?) e não satisfeitos ficam o quanto podem de braços abertos, para sentir um pouco da dor de Jesus.

E informo: Após o primeiro encontro tremendo a maioria diz que nasceu de novo, agora são cristãos de verdade, etc. Antes eram cristinhos....

Estão proibidos de revelar a experiência a outros, tudo o que podem dizer é: Foi tremendo. 


A doutrina do MIR 12 (e G12) é coisa complexa. Em um primeiro exame (afora o linguajar  peculiar e as questões  relacionadas ao crescimento), saltam aos olhos versões  bem particulares dos entulhos da "batalha espiritual" e da "teologia da prosperidade". Há toda uma  mistureba  com conceitos especificos do grupo tais como honra, visto aqui, e outros modismos redundando em um sarapatel diferente do  de outras denominações e ministérios que adotaram combinações especificas destes entorpecentes teológicos da década de 80.
Ele tira os demonios da esquina dela.

Os G12zistas adotam técnicas de regressão para a descoberta de maldições hereditárias e submetem seus membros a vivências de libertação. Não só uma. Repetem a tolice periodicamente livrando o néscio, a cada rodada, de mais profundas e perigosas desgraças. E, neste ponto, mais do que em qualquer outro grupo conhecido, a autoridade do apóstolo se faz mais fundamental, incentivando o membro a desejar encontros em esferas regionais e nacionais. Tem maldição que só patriarca, rivotril, dólar e jejum tiram!

Contudo, um dos aspectos mais marcantes da seita é a importância dada ao mapeamento territorial para desvendar os demônios entronizados em determinada área geográfica. Uma mistura de marketing de distribuição com demonologia, digo isto porque é coisa comum fazer estas análises em comércio varejista.

Em geral, segue-se a cartilha da Neusa Itioka (e de seu professor) que manda que ao se iniciar a tomada de certo território para Jesus, antes é necessário expulsar a entidade entronizada naquele local. A bizarrice funciona como um tipo de batalha naval da família Adams. Pega-se o mapa do local vai se rezando quadrado a quadrado. Reza braba, a tal da oração de batalha. - Praça tal! Oh labarachuias... Ops, água. - Rua tal!  Oh sinhô dus exercitus... Água. Beco tal. Pow! Pegou o rabo de um tranca rua.  Segura ele anjo Gabriel, vem tazendo... Pronto: Ai os doidos vão lá e botam o exu para correr, amarram, embrulham pra presente.. vai saber.
O lastimável é que não há base biblica nenhuma para tal procedimento e, se você for ver, no próprio ministério do Senhor Jesus, a banda não tocou este bolero. Ele já chegou, sem mapa e sem reza braba e retirou os capirotos do gadareno, que pediram penico, no casopara ir para os porcos... Se lascaram os exu palmeireses, como sabemos. Foram dar no mar da segunda divisão. Agora, me digam: Com o  "território limpo e cheiroso", o povo por um acaso pediu para Jesus tomar posse do pedaço? Não!  Pediram, na maior delicadeza e tato, pra o Senhor vazarOu seja, isto tudo é estorinha para malandro se dar bem!

E o negócio fica ainda mais sinistro quando acontecem coisas nestes processos, que já me foram relatadas, incluindo: Urinar nas fronteiras do território da célula para marcar território, ungir com óleo as ruas, rios e mares e muito mais. A teologia por trás da marcha para Jesus é exatamente esta.

Moças pegam no manto do apóstolo, rapaz vira a cara.
Some-se a isto, todo um conjunto de técnicas de indução e lavagem cerebral que fazem parte dos tais encontros tremendos da seita. São vivências envolvendo humilhação pública, confissão de intimidades, privação de alimento e sono e outras técnicas  com consequências piores. Neste ponto, é peculiar o uso de referências vetero-testamentárias aos rituais de passagem, o que vai além das chamadas práticas judaizantes. 

Já as práticas judaizantes, que no atacado envolvem idolatria de arcas da aliança, "mitologia de tabernáculo" e adoção de festas judáicas, no varejo do MIR12 temos um diferencial forte em relação a outras denominações que encorajam ou adotam estas práticas, tais como: IEQ, Universal, Bola de Neve e Sara Nossa Terra, entre muitas. No MIR 12 o sentido principal das festas é mantido, contudo colado a "doutrina da seita" e a dinâmica de seus encontros e a sua gíria peculiar. As festas sempre se atrelam a metas de produtividade de grupos (crescimento) e a honra ($$$)  ao Apóstolo.

Na seita, os líderes são pressionados ao máximo para o cumprimento de metas  financeiras e de crescimento e esta "honra" é entregue justamente nas festas. Mesmo os membros menos graduados na cadeia de comando são compelidos a participar (os investimentos com passagens e estadias são altos e feitos em agências credenciadas pelo apóstolo) sob pena de humilhação entre seus colegas de células. Alguns, coitados, chegam a imaginar que perderão sua salvação se não atendem ao chamado do Patriarca.

Moças tocam pandeiros dourados para chamar marido rico.
Ademais, o MIR12 caminha como poucos para  o uso de paramentos do judaísmo de múltiplas eras, inclusive a atual, o que confere a tudo um alto grau de nonsense.

Finalmente, nenhum outro grupo usa tanto abobajada dos atos proféticos. Atos proféticos consomem mais de 50% do tempo das reuniões em grupos maiores da seita que é viciada pela busca do sobrenatural e, neste processo, a maioria não percebe o elemento patético presente nestas demonstrações públicas.

E não pense que a distância entre a sã doutrina e osarapatel doutrinário do MIR12 se encurtará  com o tempo. Não! Se já não fosse o risco real de cada líder de célula, sem formação teológica, vir a se tornar um  defecador de doutrina, todos sofrem da cooperação alegre de Renê Terra Nova  que segue produzindo disparates teológicos a intervalos de hora. E saibam que não se trata de  um filosofar diletante.  Inventar  moda é,  antes de tudo, uma estratégia de sobrevivência. Renê despende grande esforço para manter a sua relevância junto a um rebanho disperso.

Reconheça-se: Se tem um líder de grande denominação que rebola para se manter no poder, este é Terra Nova. Rebola tanto que nem sei porque o Caio Fábio ainda não chamou ele de bundão... Vai chamar, vai chamar, risos.

Foi OxO até a hora da oferta, ai pegou.
Nos últimos dois anos, Terra Nova tem investido pesado para consolidar o seu papel de líder máximo da visão no país (e no mundo). Muitos G12zistas debandaram em busca da raiz do movimento - Castellanos - outros seguem no caminho da independência. A maioria foi seduzida pela máquina de Terra Nova, que além de pompa e circunstância, assiste aos lideres locais com "tecnologia" de crescimento em pirâmide, eventos formatados, orientação "teológica",  gestão financeira, e honra, honra, honra...

A doutrina da Honra maciçamente batida a cada nível da pirâmide garante que ninguém puxa o tapete de ninguém. No MIR, traidor é pior do que adultero, pedófilo alcoólatra, roubador de dízimo e bebedor de cerveja, tudo junto!

Terra Nova ungiu dezenas de apóstolos e buscou eventos para ser reconhecido como o apóstolo dos apóstolos, ou patriarca.
A maioria reconheceu a sua liderança, alguns meio indecisos, como Ludmila Feber, que ao que tudo consta não faz mais parte do MIR. 

Rapaz apresenta o mastro apostólico
De toda forma, ficou esta doutrina da HONRA, em franco crescimento. O líder de célula, honra o pastorzinho, que honra o líder de multidões, o chefe de todos os doze, o sindico do prédio dos 144 e vai o até Renê Terra Nova, que supostamente deveria honrar a seu “deus”, mas não sei não, até porque HONRA no conceito terranoviano é: 

  • Grana;
  • Mise en scène incluindo danças, músicas e roupas de gosto duvidoso;
  • Testemunho choroso;
  • Objetos dourados, mantos com tecidos brilhantes, púlpitos cravejados de pedras preciosas, etc.  Um sonho de perua!

Ou seja, HONRA para o Renê é um tipo de carnaval da sapucai onde a escola dele sempre ganha, a plateia só aplaude a ele mesmo e a bilheteria, claro, é só dele! 

Só não tem a sacanagem do carnaval, mas é claro que se tem... É só para os olhos dele, risos.

E seguindo neste esquema que ignora o fato que devemos toda HONRA somente a Deus, os  participantes do MIR12, que volta e meia aportam por aqui, insistem que não há um pingo de idolatria nesta prática. E que o diga a fotografia abaixo, tirada no congresso do MIR em Araruama. 



Acima, temos o apostolo da região de Araruama (Inclui Búzios? Sempre quis ser apóstolo da Ferradurinha... Tá vago o campo, Renê?) rendendo honra ao  Patriarca Terra Nova, que lhe permite tocar a ponta do sapato de cromo alemão legitimo. 

 E segue a marcha dos tresloucados...

1 comentários:

  1. Parabéns pelo blog!
    Há muito tempo venho seguindo o trabalho de vocês, muito nobre, por sinal. Acho que devemos juntar forças na divulgação dos atuais acontecimentos, por isso criei um blog para tentar contribuir. Se puder, visite e dê sua opinião.
    Abraços e muito (mais) sucesso!
    Ale.
    http://ordem-natural.blogspot.com

    ResponderExcluir

Comenta! Elogia! Critica! É tudo para o Reino!

Considere apenas:
(1) Discordar não é problema. É solução, pois redunda em aprendizado! Contudo, com modos.

(2) A única coisa que eu não aceito é vir com a teologia do “não toque no ungido”, que isto é conversa para vendilhão dormir... Faça como os irmãos de Beréia e vá ver se o que lhe foi dito está na Palavra Deus!
(3)NÃO nos obrigamos a publicar comentários ANÔNIMOS.
(5) NÃO publicamos PALAVRÕES.

“Mais importante que ser evangélico é ser bíblico” - George Knight .