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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

11 de março de 2010

A graça do palhaço e a do Senhor Jesus


Antes de começarmos este diálogo, gostaria que você se desprendesse de qualquer preconceito com a palavra e a figura do palhaço. Entenda o palhaço é um arquétipo do ser humano, mas como as emoções, traços e situações exageradas. O termo palhaço ou palhaçada se transformou pejorativo. Mas não é este o nosso entendimento sobre o palhaço, não me sinto ofendido quando brincam inúmeras vezes comigo me chamando de palhaço. Por isso gostaria de gastar um tempo falando a essência de nossas palhaçadas a partir de algo que aconteceu quando estava começando a trabalhar com palhaços.

Lembro-me que estava encantado com a arte circense e estava correndo atrás de tudo o que me lembrava palhaço, procurava algo para poder entreter as pessoas, já que ainda não sabia direito como fazer as peças. Foi quando achei uma flor de palhaço, era uma flor que atrás possuía uma mangueira que dava num compartimento que ficava no nosso bolso cheio d'agua. Logo pensei: Perfeito! Vou comprar!

No dia da apresentação de uma história chamada ''A criação'', eu estava no palco como palhaço auxiliar ajudando o palhaço Paulinho (MPC). Naquele dia eu estava com a minha flor, que espirra água, na camisa do palhaço. Fui até o público, que estava empolgado, peguei uma jovem que iria participar da história como a Eva, perguntamos o nome dela e pedimos para ela sentar na cadeira que estava na frente. Enquanto o palhaço principal continuava a história, fiz um gesto para ela cheirar a minha flor vermelha e ela gentilmente se inclinou para isso. Ao chegar perto apertei no meu bolso o squizer e espirrou água bem no rosto dela. Só que boa parte do jato foi direto no olho dela e rapidamente ela colocou a mão no olho e se contraiu na cadeira. Com muita sorte minha, ela foi gentil e continuou lá na frente logo após limpar o rosto. Mas isto poderia ter sido bem pior, além de ofendê-la poderia ter criado uma situação embaraçosa e até estragar a apresentação.

Hoje eu entendo por que aquela brincadeira não deu certo, a graça foi as custas dela e não do palhaço. Eu queria que todos dessem risada por que ela estava com a cara molhada, porque ela se deu mal!

O que isso tudo tem a ver com Jesus? Tudo. Desculpe-me o trocadilho, mas a graça do evangelho foi à custa do próprio Senhor Jesus e não de nós. Jesus assumiu a responsabilidade de tudo, ele pagou o preço da salvação na cruz, a graça do evangelho foi às custas dEle, do seu sacrifício vicário.

Essa é uma grande diferença de graça. Existem ''palhaços'' que tiram risadas às custas dos outros, às vezes do entrevistado, ou das pessoas que estão passando na rua e nós achamos engraçado isso, porque gostamos de ver as reações da pessoa que está sendo zoada. Não quero fazer juízo de valor dos atores que fazem isso, mas não é essa a proposta da graça que estamos passando com o Ministério terra dos Palhaços, mas sim uma graça superior, a amparada no exemplo de Cristo.

É a proposta do humor onde o palhaço se dá ?mal?, batendo na porta de um hospital para tirar um sorriso de uma criança hospitalizada, ou de um palhaço que demonstra com gestos que o companheiro dele (outro palhaço) está fedendo, ou até de um palhaço que com um pequeno vento na praça começa a se agarrar no poste para não ''voar'' junto com as folhas, onde todos acham graça por perceber que não passa de uma brisa leve.

Isso é a verdadeira graça, devemos buscar sempre fazer uma junção saudável entre a graça dos palhaços e a graça do nosso senhor Jesus Cristo. Que ela sempre seja estabelecida às custas de quem a oferece. Pois aí sim, veremos pessoas felizes não apenas pelo humor do palhaço, mas pela graça que esta por trás do palhaço.

Marcos Botelho
Redação Guia-me

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