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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

15 de março de 2010

FORRAGEIROS MODENROS

          Quando entro numa igreja dita evangélica, repleta de gente crédula e simples, em busca de saúde e prosperidade, sou assaltada por uma enorme compaixão, sentindo-me culpada por ter nascido de pais saudáveis e honestos, numa família  classe média; ter estudado num bom colégio de freiras (até os 17 anos de idade) e ter concluído o curso ginasial falando fluentemente o Inglês,  idioma que iria me abrir caminho para um bom emprego, quando eu terminasse o segundo grau... Sem mencionar a vantagem de poder pesquisar excelentes autores de Teologia Sistemática, na língua original, quando, anos depois,  eu fosse cursar um seminário teológico.

          Por causa da minha boa aparência física e de uma cultura acima da média em relação às garotas da minha idade, acabei me casando com um Químico alemão, muito amoroso, o qual me levaria em viagens, para conhecer vários países da Europa e das Américas, com todo o conforto que eu jamais teria sonhado usufruir, nos mais ousados devaneios da adolescência.

          Deus me protegeu até na escolha de uma igreja evangélica, quando me converti aos 48 anos de idade, após ter lido várias vezes o Novo testamento e Salmos da Trinitariana. Era uma Igreja Presbiteriana, no bairro onde eu morava (e tinha uma empresa de cosméticos, junto com meu marido). O pastor, que eu considero ainda hoje um grande amigo e pai na fé, era muito dedicado a Cristo e tinha uma esposa muito culta na Bíblia. Ela se tornou minha melhor amiga e, mais tarde, eu iria recomendá-la para o cargo de Secretária do Dr. Paulo Breda, Presidente do Supremo Concílio, para quem ela trabalhou bastante tempo.

          Conforme constatei, naquele abençoado final dos anos 70 e por toda a década de 80, a Igreja do Senhor Jesus Cristo merecia o maior respeito e os crentes eram interessados na leitura da Bíblia, andavam dignamente vestidos, não jogavam na Loto e não faziam crediários impagáveis, como acontece nos dias de hoje.

          Infelizmente, com a chegada e difusão das igrejas pentecostais e carismáticas (ou pentecas), os cultos evangélicos foram se transformando em exibições circenses, dirigidos por pastores que são apenas forrageiros dos hereges americanos, oferecendo às suas ovelhas forragem de péssima qualidade, sem nenhum valor nutritivo, no sentido espiritual.

          Para mascarar a sua incredulidade e consequente ignorância na Palavra de Deus, esses forrageiros lêem os bestsellers dos autores "evangélicos" da atualidade, os quais estão todos mancomunados com os líderes maçônicos da Nova Era, entregando um material que vai aos poucos diluindo a Divindade do Senhor Jesus Cristo, a fim de que seja preparado o palco para o "cristo cósmico", o qual já está sendo entregue à cristandade, embalado num colorido papel de presente, comprado no shopping da "Madona Apostasia".

          Antes eram os pentecas que pregavam o falso evangelho, contaminando os crentes e incrédulos com as falsas doutrinas dos autores duvidosos. Infelizmente, porém,  a coisa foi piorando e, hoje em dia,  até mesmo a Convenção Batista do Sul  já se deixou influenciar pelo brilho enganoso da Igreja Emergente e começou a publicar e incentivar a leitura de obras espiritualmente nocivas.

Não vai passar muito tempo, até que os líderes das igrejas batistas estejam lendo e recomendando (conforme escrevi num artigo recente) os livros de escritores heréticos, como Helen Schucman, autora do livro "A Course in Miracles"  (Um Curso em Milagres), a qual escutava uma "voz interior", afirmando ser Jesus Cristo. Depois, "The Revelation"  (A Revelação), de Bárbara Marx Hubbard, a fim de aperfeiçoar o grau de  "espiritualidade" dos batistas. Talvez, quem sabe, a Convenção recomende, também, as obras de Neale Donald  Walsch, um espiritualista, que ficou famoso com as suas "Conversas com Deus"!  Isso porque, depois de Rick Warren (o homem dos Propósitos) de R. Paul Stevens (o homem da Espiritualidade de Mercado), o quaker Richard Foster (o guru da Espiritualidade Moderna, na Celebração da Disciplina),  já está aparecendo como o autor preferido de muitos pastores batistas e presbiterianos. E por não concordarem com as  heresias emergentes, alguns cristãos fundamentalistas têm se tornado vítimas de disciplina, e até de exclusão, por parte dos forrageiros modernos, que precisam acompanhar o andamento da fila ... rumo às profundezas infernais!

Bendito seja Deus, que me conserva "hilária", uma qualidade que me foi atribuída por um pastor liberal, entre os mais badalados "forrageiros"  do RJ.

 

Recebi da autora Mary Schultze via e-mail, 15/03/2010 – www.maryschultze.com

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