O inquérito policial sobre a acusação de abuso sexual cometido pelo pastor Felipe Heiderich contra seu enteado, de 5 anos, concluiu que há indícios que provam o crime. Para a delegada Cristiana Bento, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, os relatos de três babás que trabalharam com a família, os laudos psicológicos e psiquiátricos da criança e o depoimento de Bianca Toledo, mãe da vítima, serviram de base para a definição das investigações. O caso agora segue para a Justiça.
— Efetivamente, ninguém viu o estupro. A prova que temos são relatos testemunhais. Trabalhamos apenas com indícios, e não com provas cabais — esclarece Cristiana, frisando que as informações do inquérito são sigilosas.
Como parte das investigações, a equipe de Cristiana analisou o celular e o computador de Felipe, mas não encontrou novas provas. O próprio acusado forneceu as senhas dos equipamentos. A delegada diz, portanto, que não é possível afirmar que há outras vítimas envolvidas:
— Se, por algum acaso, isso aconteceu, a vítima precisa comparecer à delegacia — diz Cristina, ressaltando que não houve conivência por parte de Bianca em relação ao crime: — Para nós, da polícia, isso está fora de cogitação. Ela não foi negligente.
Recolhida em casa, a pastora pediu respeito em sua página no Instagram. “Não quero mais falar sobre o ocorrido comigo e com minha família. Os que são espirituais apenas orem sem cessar porque é o que cabe a nós fazer. Vamos aguardar a justiça de Deus e dos homens”, escreveu.
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