Nossos olhos e ouvidos sofrem, diariamente, com três tipos de contrabando: o sonoro, o visual e o mental. Estes nos são impingidos pela sociedade moderna.
Contrabando sonoro - Quando não é o rádio ou o aparelho do vizinho, tocando música rock ou funk, são as brocas na rua, os carros de propaganda eleitoral dos candidatos (que irão empobrecer mais ainda este país de políticos corruptos) e os ajuntamentos neopentecostais, à noite. Perto do meu apê, fica a Catedral da Paz (metodista), onde, geralmente, os pentecas fazem tanto barulho que ela deveria ser chamada "Catedral do Barulho". Já fui "convidada" a sair de um culto da mesma, como "persona non grata", porque a liderança havia lido o meu artigo condenando o dízimo e se tornou inimiga. O que esses analfabetos do verdadeiro Metodismo desconhecem é que eu traduzi o "Comentário do Novo Testamento" de John Wesley (1.200 pp.) e conheço bem a teologia do (suposto) fundador da denominação, a qual nada tem a ver com a de Benny Hinn e dos dois Kenneths (Hagin e Copeland), que eles pregam, ostensivamente, em sua "sinagoga" metodista.
Outra "sinagoga" penteca de onde quase fui expulsa foi a "Colheita", que adota uma gama de heresias, inclusive as de Rick Joyner, um vidente esquizofrênico, autor do livro "The Final Quest", no qual ele afirma ter escalado a Montanha da Espiritualidade, em companhia do Anjo da Sabedoria. Ele garante que esteve no Terceiro Céu, onde se encontrou com Jesus (só se for o outro), com Quem teve um amplo diálogo. Segundo ele, Paulo e os autores do Novo Testamento estavam lotados no "Primeiro Céu", por onde ele passou, rapidamente, acompanhado do tal anjo, rumo ao Terceiro Céu.
Viram que sujeito mentiroso? A mentira é o condimento teológico dos líderes pentecas, pois suas visões e alucinações são fruto do "pai da mentira". Eles exigem ofertas e dízimos dobrados, ensinando o falso evangelho, vomitando falsas profecias e operando falsos sinais e maravilhas. Spurgeon conta a respeito de um jovem que foi visitar o filósofo Sócrates, a fim de aprender oratória. Ao ser apresentado ao filósofo, ele falou tanto que Sócrates exigiu pagamento dobrado. "Por que o senhor está me cobrando o dobro?" indagou o jovem. Sócrates respondeu: "Porque preciso lhe ensinar duas coisas: a primeira, como segurar a língua e a segunda, como falar". [Sócrates bem poderia ensinar esses jacarés espirituais do neopentecostalismo a manterem suas línguas coladas à abóbada palatina.]
Se os "pastores" pentecas pregassem a filosofia de Sócrates estariam, pelo menos, transmitindo um pouco de cultura aos membros de suas congregações, embora pregando uma filosofia pagã. Pois, muito pior é pregar o falso evangelho, o qual corrompe a mente do cristão, deixando-o encurralado no erro, às vezes até para sempre, se Deus não tiver misericórdia do pobre iludido. Infelizmente, os crentes que frequentam uma "sinagoga" penteca (ou uma igreja "avivada") cometem o pecado da ambição, pois vão ali em busca de bens materiais e de experiências espirituais, porém nunca de uma conversão ou adoração genuína ao Senhor.
Contrabando visual - ultimamente, ele tem chegado através da minissaia, mostrando mulheres gordas e feias, que desejam andar na moda, exibindo pernas tortas e joelhos encardidos, achando que estão chamando a atenção dos homens para a sua "elegância". Até as primeiras damas pastorais já começam a aderir à nova moda, pois seus maridos são tão bem remunerados que elas precisam gastar um pouco do bolo eclesiástico.
Quando estávamos visitando a Europa, em 1967, e a minissaia acabara de ser inventada (em Londres), meu marido falou que, em geral, a moda é criada por um determinado estilista gay e como esta classe odeia as mulheres, ele vai criando modas ridículas, a fim de que suas "inimigas maiores" sejam ridicularizadas. [Há quem diga que Mary Quant era "sapatão". Será verdade?] Um exemplo contrário é a moda chanel, criada por Coco Chanel, a qual deixa a mulher exibindo uma perfeita elegância feminina.
Contrabando mental - É o tipo imposto por certos pastores aos membros de suas congregações, pregando, elogiando e aconselhando a leitura de livros escritos por autores emergentes, os quais têm por objetivo facilitar a aceitação do misticismo católico, agora renomeado de Espiritualidade Contemplativa (ou de Mercado), através da qual os cristãos poderão aceitar, mais facilmente, a instalação de uma religião mundial.
Um dos meus filhos mais inteligentes e criativos, o paulista Antônio, leu o artigo de anteontem, sobre "Espiritualidade de Mercado", e comentou:
"Muitos cristãos sinceros, no afã de conterem aquilo que o universo todo não pode conter, deixam o único livro sobre Deus, digno de total aceitação, e se embrenham numa quiçaça teológica sem fim, devorando livros e mais livros áridos e até questionáveis. Muitos se perdem no caminho, entretidos pelo brilho fugaz ... e por fim, ao longe, ouvem o doce canto da sereia e correm ao fatídico encontro, despedaçando-se nos rochedos das heresias. Conheci um cristão assim, rapaz sério e piedoso, o qual, de tanto ler e estudar teologia moderna, acabou aos pés de Rick Warren e de sua igreja com propósito. Conforme escreveu Goethe, 'A árvore do conhecimento é cinza; verde é a árvore da vida'".
Este "filho", que antes era pentecostal, desistiu das enganações deste desvio religioso e foi congregar numa Casa de Oração (seguidora da teologia do Irmão John Nelson Darby), onde se encontra feliz, em completa paz com a sua consciência cristã.
Recebi da Mary Schultze via e-mail, 04/03/2010 - www.maryschultze.com
Ps: Antes que meu e- mail e o os comentários ofensivos comecem a chegar, quero esclarecer que os editores do Blog (Eu e o Alan) somos "pentecostais". Mais esse tipo de leitura é sempre valido, leia e retenha o que for bom!
Essa teoria de que gays odeiam mulheres e inventam modas para ridicularizá-las é um dos meus indicadores de ignorância preferidos.
ResponderExcluirO texto é um festival de idéias vazias, baseadas no "meu marido disse que...". Uma metralhadora de intolerância e ressentimentos disparando para todos os lados.
Ótimo esse trecho: "mulheres gordas e feias, que desejam andar na moda, exibindo pernas tortas e joelhos encardidos". Um exemplo muito fino de genuíno respeito e amor às mulheres.
Nem preciso comentar a total ignorância da autora em relação aos "pentecas".
Enfim, não adianta citar Sócrates ou Goethe... Se as idéias são ruins, continuarão ruins.