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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

3 de maio de 2013

Pastora Lanna Holder diz que fez “tudo que a igreja mandou fazer para deixar de ser lésbica, e não deu certo”; Confira



A pastora Lanna Holder, fundadora da igreja inclusiva Comunidade Cidade de Refúgio, e sua companheira, a cantora Rosania Rocha, concederam uma entrevista falando sobre seu histórico de polêmicas no meio evangélico.

Lanna, que se tornou um caso peculiar por ser, ao mesmo tempo, ex-lésbica e ex-hétero, afirmou que a conversão ao Evangelho a livrou do vício, mas não de sua orientação homossexual: “Fiz tudo o que a igreja mandou fazer para deixar de ser lésbica, não deu certo”, disse ao site Vírgula.

“Eu tinha 21 anos quando me converti à religião por achar que iria para o inferno por causa de minha orientação sexual. Eu usava drogas, era alcoólatra e quando me converti essa parte da minha vida deixou de existir. A religião funcionou como um processo de restauração na minha vida, mas a minha orientação sexual nunca foi alterada. Eu nunca vivenciei nenhum processo de cura, mesmo assim segui numa busca constante para deixar de ser lésbica. Eu pensava: ‘Deus me libertou das drogas e do alcoolismo e não consegue me libertar da homossexualidade?’”, revelou a pastora.

Lanna Holder também criticou as igrejas que pregam a teologia tradicional, que aponta a relação entre pessoas do mesmo sexo como pecado: “Na igreja, a homoafetividade é apresentada ou como uma possessão demoníaca ou como uma doença. Eu tentava lidar com as duas coisas. ‘Se é uma doença, Deus vai ter que curar e se eu estiver possessa de algum espírito maligno, Deus vai ter que me libertar’. Tentei por sete anos”, disse.

Para Lanna Holder, as demais igrejas não se tornam inclusivas por não saberem como lidar com o assunto: “Cheguei à conclusão de que a religião demoniza tudo o que ela não explica e não entende. A homossexualidade é uma questão muito cheia de ramificações e interpretações. A própria igreja não chega a um consenso sobre o que pensa a respeito. Enquanto tem uma parte que garante que é uma possessão demoníaca, outra parte tem certeza de que é uma doença. Por mais que no fundo a igreja saiba que a homossexualidade não é abominável, ela se recusa a corrigir um erro. É difícil voltar atrás e reconhecer que errou depois de milênios condenando os homossexuais. É mais fácil manter como está”, afimou.

Sua esposa, Rosania, afirma que depois de 20 anos nos Estados Unidos, sendo altamente reconhecida no meio evangélico, passou a ser evitada pelas pessoas próximas quando revelou o caso extraconjugal com a pastora Lanna Holder. Na época, ambas eram casadas com pastores, e já tinham filhos.

“Quando tudo aconteceu, tudo mudou. Eu entrava no banheiro para passar um batom, e as mesmas pessoas que se diziam minhas amigas, saíam imediatamente. Se tivéssemos nos apaixonado por outros homens e cometido adultério do mesmo jeito, a reação teria sido completamente diferente. Passaríamos por um período de disciplina e nossos ‘amigos’ continuariam por perto. Como me apaixonei por uma mulher, subi ao púlpito e pedi perdão por ser quem eu era, mas nunca mais consegui me encaixar na igreja. Me usavam para pregar sobre pecado e aquilo acabou se tornando um circo”, desabafou Rosania.

Segundo ela, a convivência com o ex-marido é pontual mas amistosa, e seu filho, atualmente com 15 anos, também se relaciona bem com Lanna: “De toda essa história, a coisa mais legal é a nossa relação com nossos filhos. Somos uma família incrível, agimos de maneira muito natural. Meu filho ama a Lanna e adora conversar com ela. Aliás, ele conta mais coisas pra ela do que pra mim. Não tem como uma pessoa afirmar que uma família constituída por gays não é coisa de Deus. Somos uma família feliz que vive em harmonia”

Segundo Lanna, a Cidade de Refúgio atualmente tem 500 membros, e é uma igreja que não se diferencia em nada das demais, exceto pela aceitação à homossexualidade: “Se alguém entrar aqui sem saber que é uma igreja inclusiva vai achar que é uma igreja evangélica como qualquer outra. Sexo é só depois do casamento, temos dízimos e ofertas, louvamos a palavra de Deus… A Bíblia do gay é a mesma do hetero, a única diferença é que interpretamos diferente a questão da homossexualidade. Não somos ativistas gays, mas acreditamos na inclusão”, discursou.

Sobre a polêmica mais atual em torno da homossexualidade, envolvendo o pastor Marco Feliciano, Rosania Rocha afirmou: “A única coisa que temos a dizer ao Feliciano é: ‘cresça’! Ele é uma pessoa narcisista e tudo o que ele faz é para ganhar holofotes. Infelizmente ele está conseguindo isso da pior maneira possível”.

Por Tiago Chagas, para o Gospel+

1 comentários:

  1. Lanna afirma que tentou “para se libertar”: “quebra de maldição, cura interior, desligamento de alma, quebra de vínculo” (palavras dela mesma). Pergunto: onde alguém na Bíblia se converteu mediante essas coisas? Não há menção ao “método bíblico de conversão”: arrependimento. Ela não diz essa palavra nenhuma vez! A outra diz que pediu perdão “por ser quem era”, mas continuou na mesma vidinha: deixou “o barco correr”, deixou-se “ser levada” (suas próprias palavras). Mais uma vez: não há sinal de arrependimento. Mas sim de ensinos heréticos:
    “Sexo é só depois do casamento” – será que elas fizeram assim, só depois do “casamento”? E quem fez esse “casamento”? Como é o casamento que Deus abençoa? “Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á à sua mulher” (Mt 19:5). Quem é homem e quem é mulher aqui? Chega, né?
    “Temos dízimos e ofertas” – claro, tinha que explorar o povo. Nesse quesito, até gay é idiota de sustentar sacerdotes, quando a Bíblia ensina que todos somos sacerdotes, e que o dízimo é prática dos judeus, que Jesus já aboliu.
    “falando que homossexualidade era coisa do demônio, que os gays iam para o inferno” – e isso é mentira? Vamos então rasgar a Bíblia, pois está escrito que “...os injustos não herdarão o reino de Deus ... nem os efeminados, nem os sodomitas ...herdarão o reino de Deus.” (I Co 6:9-10); e “a lei [no sentido de punição] não é feita para o justo, mas para ... os sodomitas ... e para tudo que for contrário à sã doutrina” (I Timóteo 10-11). E também Rm 1:22-32...
    Nós não odiamos os homossexuais, como eles querem fazer a sociedade crer. Não odiamos os católicos, os idólatras, os umbandistas, os budistas, os ateus. Pelo contrário, acho que nós é que somos odiados, como os judeus sempre foram, por não abrir mão de suas/nossas convicções. Por dizer não ao relativismo moral e ético.
    Se Deus ama a todos, nós também devemos amá-los, como Ele nos amou, porque Ele nos amou primeiro, quando nós ainda éramos pecadores.
    Se eles quiserem ser acolhidos, serão acolhidos, sem discriminação. Mas terão que fazer como a mulher adúltera: “não peques mais”. Nós os amamos, mas não concordamos com as suas práticas. Não somos obrigados a isso – ainda.
    Paulo em I Coríntios 6:9-11 diz explicitamente que alguns de nós fomos ladrões, avarentos etc., e inclusive homossexuais... mas fomos lavados, purificados e santificados no Sangue de Jesus. Fomos – mas não somos mais!
    Deus dá uma segunda chance a quem quer mudar. Ou seja, há esperança, mas para quem quer. Quem não quiser continue como está (Ap 22:11).Ele conhece o coração. Digamos que a mulher adúltera não tivesse se arrependido. Ele não lhe teria dito que não pecasse mais. Teria proferido a sentença que deu às cidades impenitentes (Mt 11:16-24). A deixaria entregue ao pecado, para sua própria condenação (cf. Rm 1:32).
    É o que acontece, infelizmente, com essas duas mulheres, que um dia conheceram a graça salvadora, mas preferiram retornar ao espojadouro (II Pe 2:22).
    A elas, tristemente, está reservado o juízo, cf. Hb 10:29.
    Abraços
    Georges (http://doa-a-quem-doer.blogspot.com.br/)

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