Charge de Maomé em forma de cachorro causou revolta dos seus seguidores. Autor é ameaçado de morte
Por Rodrigo Ribeiro Rodrigues
Redação O Galileu
"Fazemos isso como parte de um material de fundo para que o leitor possa ter ideia dos motivos que fazem o desenho de Vilks algo controverso. É uma apreciação jornalística normal, não há nenhuma provocação, só informação", afirmou Daniel Sandström, redator chefe do "Sydsvenskan", o outro jornal que publicou a charge nesta quarta.
O tablóide "Aftonbladet", que divulgou o desenho há três anos, não voltou a fazê-lo agora, considerando que tem valor informativo.
Três jornais suecos reproduziram nesta quarta-feira em suas edições de papel a charge de Maomé como um cachorro feita em 2007 pelo desenhista Lars Vilks, após a detenção na Irlanda e nos EUA de pessoas acusadas de planejar seu assassinato.
O diário "Dagens Nyheter" justificou sua decisão em um editorial, afirmando que uma ameaça contra Vilks é, por extensão, "uma ameaça a todos os suecos". O tablóide "Expressen" defendeu a iniciativa como uma tomada de postura a favor da liberdade de expressão.
O "Nerikes Allehanda", jornal da cidade sueca sulina de Örebro, publicou em 19 de agosto de 2007 o desenho de Vilks em um editorial no qual defendia a liberdade de expressão e criticava a recusa de dois centros culturais a autorizar uma exposição com caricaturas do profeta.
A difusão do desenho provocou protestos em vários países islâmicos. Vilks recebeu ameaças de morte por telefone, e, além disso, um grupo vinculado à rede terrorista Al-Qaeda ofereceu uma recompensa de US$ 100 mil para quem matasse o chargista.
Em janeiro, Vilks denunciou novas ameaças, depois que um homem tentou atacar com um machado Kurt Westergaard, um dos desenhistas do jornal dinamarquês "Jyllands-Posten", que também publicou charges de Maomé em 2005.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou uma mulher do estado da Pensilvânia de estar vinculada com um suposto plano para assassinar o chargista sueco.
Segundo os fiscais federais, Colleen LaRose, detida em outubro do ano passado, tinha mantido contatos com um grupo militante através da internet para realizar o assassinato.
Quatro homens e três mulheres muçulmanos foram detidos ontem na Irlanda após uma investigação conjunta das forças de segurança de vários países europeus e dos EUA.
Criador de polêmica charge de Maomé diz não temer ameaças
O desenhista sueco Lars Vilks, autor de uma charge que mostra Maomé como um cachorro, afirmou nesta quarta-feira que não sente medo após a detenção na Irlanda e nos Estados Unidos de pessoas acusadas de planejar seu assassinato e disse que não se arrepende de ter feito o desenho em 2007.
"Não tenho medo, já vivo há um tempo com isso, desde que a Al Qaeda me ameaçou em 2007", afirmou hoje Vilks em entrevista ao canal sueco "TV4".
O desenhista disse também que se tivesse que fazer o desenho de novo, o faria.
Vilks esclareceu que não tem nada contra o Islã ou os muçulmanos, mas reconheceu que existe um problema quando algo particular como a religião se torna público.
O desenhista sueco convidou o Islã a seguir o exemplo de religiões como o cristianismo, que aprendeu que em casos de ofensas é melhor "respirar e deixar de lado".
"Meu desenho foi feito dentro de um contexto artístico. Você ultrajar todas as religiões, mas não o Islã, é uma exceção, e isso constitui um problema", explicou.
Vilks admitiu que a publicação em setembro de 2005 de 12 charges de Maomé pelo diário dinamarquês "Jyllands-Posten", o que provocou um conflito com o mundo islâmico meses depois, foi uma inspiração para sua obra, e defendeu a publicação em massa desse tipo de ilustração.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou hoje uma mulher do estado da Pensilvânia de estar ligada a um suposto plano para assassinar o desenhista sueco.
Colleen LaRose foi detida em outubro, mas seu caso foi mantido em segredo. Ela tinha se relacionado com um grupo militante por meio da internet para cometer o assassinato.
Quatro homens e três mulheres muçulmanas foram detidos ontem na Irlanda dentro de uma investigação conjunta das forças de segurança de vários países europeus e da Inteligência americana.
O primeiro-ministro sueco, o conservador Fredrik Reinfeldt, disse nesta quarta que o ocorrido deveria ser levado "a sério" e pediu que o resultado da investigação especial fosse esperado para estudar possíveis medidas.
Reinfeldt ressaltou que a liberdade de expressão e a de culto são defendidas da mesma forma na Suécia.
A ministra da Justiça, Beatrice Ask, declarou que ainda era cedo demais para estudar um possível pedido de extradição dos detidos por parte das autoridades suecas.
Fonte: EFE
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