Por Fabrício de Oliveira
Fui fazer uma visita para uma família que gosto muito esses dias. Fazia tempo que não ia lá. Embora não nos vejamos com frequência, o que nos liga é muito maior que as atividades que nos cercam e facilitam a distância. Foi muito bom ter ido.
Num determinado momento, um comentário surgiu em nossa conversa. Um deles disse sobre a mudança de valores de alguns pastores. Ele me dizia de como parte dos pastores estão preocupados cada vez menos com as pessoas e muito mais com fama, dinheiro, poder e sucesso.
Sabe de uma coisa? eu concordo com ele, essa é uma realidade. Mas como tenho aprendido que toda história tem pelo menos dois lados, quero acrescentar algo a esse comentário. É importante destacar que o interesse principal, pelo menos deveria ser, de qualquer pastor é o bem-estar de suas ovelhas, mesmo que isso custe o seu próprio bem-estar. Se a vida desse pastor está focada nos seus próprios interesses e usa todos os meios para alcançá-los, posso adjetivá-lo como ruim; isso mesmo, um pastor ruim.
Mas, como disse que toda história tem pelo menos dois lados, faço então o meu adendo ao comentário do meu precioso amigo: As ovelhas também são. Assim como parte dos pastores, e temo que seja a maioria, são ruins, as ovelhas, grande parte delas, também o são.
As pessoas que enchem os templos não estão muito preocupadas com a vida dos seus pastores, porque a vida deles lhe servem de alicerce e muitas vezes de consolo. Além do fato de que as pessoas estão mais interessadas em desenvolverem sua espiritualidade e não sua vida espiritual. Porque há diferença, pode apostar.
As pessoas não gostam de dar satisfação das suas vidas. Vivemos na era do “cada um corre atrás do seu” e ter um pastor de verdade atrapalha. As pessoas, não quero generalizar, querem desenvolver sua espiritualidade do seu jeito. Querem ir para um templo, cantar algumas músicas, ouvir uma bela palestra que lhe seja agradável aos ouvidos, porque senão procuram um outro lugar onde se “adaptem melhor” e seguem suas vidas do “cada um corre atrás do seu”. Até preferem que os pastores tenham outros focos que não seja as suas vidas. Dessa forma, eles são pastores só aos domingos e só aos domingos elas são ovelhas.
Portanto, entramos num dilema muito conhecido e divulgado por uma fabricante de biscoitos: “Os pastores são ruins porque as ovelhas são ruins?, ou as ovelhas são ruins porque os pastores são ruins?” Acho que uma coisa acabou levando a outra.
Pastores são ruins? As ovelhas também.
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