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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

1 de setembro de 2012

Quem vai se afogar na “Lagoinha”?


         Hoje fui presenciar a abertura de um congresso de mulheres, na Catedral Metodista. Fui recebida com o maior carinho, por duas lindas irmãs na fé,  mas suportei apenas 10 minutos naquele templo e saí, pois o barulho era ensurdecedor e meus ouvidos começaram a reclamar.

         Os pentecas gritam o tempo inteiro que "Jesus é Deus", como se a Sua Divindade fosse um assunto banal, podendo ser gritado, enquanto os corpos rebolam ao som de um corinho que nada tem a ver com esta esplendorosa verdade bíblica. Saí de fininho e vim para casa, onde estava me esperando um livro de quase 1.500 pp. de John Gresham Machen, para ser lido, do qual pretendo traduzir alguns capítulos, na próxima semana, e cujo prólogo me deixou maravilhada! Vejamos abaixo o que escrevi, inspirada neste prólogo:

 

O que é a Divindade  Cristo?

 

         Temos falado sobre o grande mistério da Trindade e vimos que, segundo a Bíblia, há um só Deus em três Pessoas: o Pai, o Filho,  e o Espírito Santo.

         Existem passagens no Novo Testamento, onde as três Pessoas da Trindade são citadas no mesmo verso. Contudo, a mais importante e extensa porção encontrada da prova bíblica sobre a doutrina da Trindade, quer junto com outras menções ou então separada, é a que trata da Divindade de Jesus Cristo. Mas, antes que eu possa dizer uma palavra sequer sobre este assunto, preciso esclarecer o que significa exatamente a expressão "a divindade de Jesus Cristo". Tanto esta expressão como a declaração de que"Jesus é Deus", são frequentemente empregadas hoje em dia, muitas vezes significando algo exatamente oposto à fé cristã, conforme a  Bíblia ensina.

         Quando alguém afirma que crê na divindade de Cristo, ou crê que Jesus é Deus, o significado destas duas afirmações depende exclusivamente da pessoa, ou seja, se ela tem uma visão elevada ou rasteira sobre Jesus Cristo, pois, mesmo quando afirma que "Jesus é Deus", ela pode estar fazendo isso com uma visão distorcida da grandeza de Sua Pessoa ou do Seu Sacrifício Vicário e Ressurreição. Aqui, portanto, tem início a confusão.

         Quando um cristão bíblico escuta um incrédulo afirmando crer na Divindade de Cristo ou que Jesus é Deus, ele tende a atribuir ao incrédulo uma visão cristã. Mas, numa pessoa não regenerada, podemos entender que esta afirmação talvez tenha uma raiz pagã (ou ocultista) e não a verdadeira significação bíblica. Conforme a Bíblia, Jesus Cristo é o "criador e sustentador do universo" (Hebreus 1:1), separado da Sua criação por um enorme abismo e a única maneira de contornar esse golfo é colocar a cruz como ponte de ligação. Somente crendo no Seu Sacrifício Vicário e na Sua Ressurreição,  aceitando-os  pela fé, o abismo é desfeito. Esta maneira de pensar nunca faz parte da mente de uma pessoa incrédula, mesmo porque ela não o entende perfeitamente.

         Quando escuto a ingenuidade de alguns cristãos afirmando que ganharam algumas almas para Cristo, logo duvido dessas conversões, caso ele tenha esquecido de explicar o âmago do Evangelho, ou seja, que todo homem/mulher é um pecador perdido em seus delitos e que somente a aceitação desta verdade,  pela féna Morte Vicária e na Ressurreição de Cristo pode livrá-lo do abismo eterno.

         Estou cansada de ouvir pregadores explicando como é maravilhoso ter Cristo como Salvador, mas nunca esclarecendo que o pecador precisa estar sob a liderança do Espírito Santo, antes de declarar a sua féem Jesus. A aceitação de Cristo como Salvador somente para impressionar a igreja ou o pregador, ou sob o calor da emoção,  não me convence de uma legítima conversão. E quando o novo cristão vai para casa e nunca lê a Bíblia, achando que o pregador já falou tudo que era necessário para a sua conversão e crescimento na graça, eu fico muito triste.

         Hoje, no congresso da Metodista, quem vai fazer a palestra mais importante é uma pastora da "Lagoinha". Eu só imagino as barbaridades "teológicas" que serão ali entregues àquelas senhoras que lotam a igreja, após o pagamento da módica taxa de R$20,00 para escutar "heresias ostensivas". Eu deveria ir, a fim de conferir o ensino a ser entregue, mas tenho um culto programado em outra igreja - a do Nazareno - aberta, recentemente, nesta cidade. Infelizmente, cada igreja que se abre por aqui é pior do que a outra, em matéria de ensino bíblico. O assunto principal gira sobre dízimos, ofertas, sinais e maravilhas; sobre como o cristão é quase um deus, que tudo pode, e de como "Deus tem obrigação de dar tudo que ele exige, pois as palavras têm poder!".  

         Após escutar estas coisas, as raquíticas ovelhas ficam com as suas mentes calcinadas pelo engodo religioso, de tal modo que uma delas, há poucos dias,  me disse: "Sei que a pastora fulana prega muito heresia, mas eu gosto dela! A mulher se veste tão bem e tem uma voz tão linda que ninguém lhe resiste. E ainda sabe imitar o Leão de Judá".

         "Eu só confio no Senhor e na Sua Palavra Santa" deveria ser um hino cantado e obedecido por todos os cristãos... Em vez disso, a maioria prefere cantar corinhos melodramáticos do tipo: "Meu Lindo Jesus" e "Já Tenho Santidade"! Coisa assim eu não canto; pois, para mim, Jesus  Cristo  é o Santíssimo Criador de todas as Coisas e não, simplesmente, "meu lindo Jesus". Além disso, quem falou que eu, uma pecadora miserável, "já tenho santidade?" Ach Du, Mein Gott!

         Como tradutora do Comentário do Novo Testamento de John Wesley,  imagino como este santo iria sofrer, se pudesse ver a maneira como as igrejas (que adotam o seu nome) estão se distanciando da Verdade, enveredando pelos tortuosos caminhos da fé/prosperidade!!!

 

Mary Schultze, 01/09/2012 - www.marybiblia.com  

(Google) "maryonlybible

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