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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

3 de setembro de 2009

A oração do Pai Nosso.

Por Nelinho (nelinhoegilmara@pibis.com.br)

Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. (Mateus 6:9-13)

Introdução:

Esta oração é recitada no cristianismo há milhares de anos. Cristão ortodoxos, católicos, protestantes, carismáticos, evangélicos; todas as ramificações do cristianismo se apegam à oração do Pai Nosso.

Qual o propósito de Jesus ao ensinar os apóstolos esta oração? Seria um modelo apenas ou há ensinamentos diferente nesta oração? Acredito que Jesus quis muito mais do que dar um modelo de oração. Não quero dizer que neste estudo o assunto esteja esgotado. O Espírito Santo de Deus que é quem nos ilumina pode nos fazer enxergar muitas outras coisas na oração do Pai Nosso. Mas quero compartilhar o que tenho aprendido neste tempo. Vejamos:

1. Portanto, vós orareis assim: Pai nosso...

Jesus começa a oração modelo chamando Deus de Pai. Pai não apenas dele mas dos que estavam presentes também: Pai nosso... Está no plural.

Chamar Deus de Pai era algo incomum para os apóstolos. Abraão foi amigo de Deus, Moisés foi íntimo de Deus, Davi homem segundo o coração de Deus, porém, nenhum desses grandes homens de Deus ousou chamar Deus de Pai. Com exceção de Isaías 63:16 e 64:8, não se lê em nenhuma das passagens do Antigo Testamento alguém chamando Deus de Pai.

Jesus está ensinando que daquele momento em diante os servos de Deus seriam filhos de Deus. Ser filho significa ter intimidade. Ser filho é mais que ser amigo.

Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome. (João 1:12)

2. Santificado seja o teu nome...

Santidade ao nome de Deus. Jesus está dizendo que o nome de Deus não é pra ser usado em vão. A questão aqui é bem profunda. O nome de Deus jamais deve ser usado de forma banal e desnecessária. Jargões do tipo: "Deus me livre!" "Se Deus quiser!" deve ser evitado.

O nome de Jesus também deve ser santificado. Fico triste quando leio frases do tipo "Jesus te ama" dentro de portas de banheiros públicos ou pichados em muros pela cidade.

3. Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu ...

Jesus está ensinando que o reino de Deus deve ser invocado pelos seus filhos. Reino é governo. Sermos governados por Deus é sinônimo de submissão à Sua vontade. Quando Jesus ora pedindo que o reino de Deus venha, Ele esta mostrando a importância de que a minha e sua vida sejam governadas por Ele. Deus sabe o que é melhor pra cada um de nós. Sua vontade é perfeita.

E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. (Rm 12:2)

4. O pão nosso de cada dia nos dá hoje.

O ensinamento aqui vai de encontro há um problema vivido por milhares de pessoas e dentre elas cristãos: A ansiedade. A ansiedade esta ligada ao corre e corre do dia, dos problemas diversos, dos sonhos frustrados, do medo da doença, do futuro incerto e tudo o mais. Pedir o pão nosso de cada dia é o mesmo que se preocupar apenas com o momento presente. Jesus está mostrando que nós não devemos estar preocupados (ansiosos) com nada fora de tempo.

Veja bem, isto não significa viver sem planejar o futuro ou viver sem projetos, mas sim, colocar tudo nas mãos de Deus. Ele conhece nosso futuro muito melhor do conhecemos nosso passado.

A ansiedade no coração deixa o homem abatido, mas uma boa palavra o alegra. (Pv 12:25)

Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. (1Pe 5:7)

5. E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.

Aqui está um dos ensinamentos mais importantes do cristianismo: Viver o perdão. Só podemos ter nossos pecados perdoados se também perdoarmos quem nos ofende. Jesus deixa claro que devemos perdoar. Ele diz: "Assim como nós perdoamos...". Isto é direto. Sem rodeios.

Se eu quero que meus pecados sejam perdoados, devo, primeiramente liberar perdão. Se não posso perdoar não devo me atrever a pedir que Deus perdoe meus pecados.

E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas. (Mt 11:25)

6. E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal.

Penso que Jesus está nos alertando para as dificuldades da vida. Pedir a Deus que sejamos livres do mal é buscar prevenção para os momentos difíceis. Existe momento que parece que não conseguiremos sobreviver. São fases que não podemos evitar, mas que podemos estar preparados para passar por ela. Não estaremos livres do dia mal, mas podemos passar por ele sem grandes feridas. Devemos pedir que Deus nos dê forças para superar (pular) os obstáculos, mas não podemos pensar que eles serão removidos. Depois de grandes lutas vêm grandes vitórias.

E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas. (Ef 6:13)

7. Porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre.

Jesus termina a oração modelo com expressões de louvor e adoração. "Porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre". Isso é uma lição pra nós. Deus deve ser louvado independente daquilo que recebemos Dele. Mesmo que Ele não nos dê mais nada de agora em diante, Ele deve ser louvado. Se estou feliz ou triste, doente ou não, devo exaltar o nome que está sobre todo o nome.

Jesus nos deu o exemplo. Devemos orar glorificando a Deus.

LOUVAREI ao SENHOR em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha boca. (Sl 34:1)

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