Rev. Hernandes Dias Lopes
Não há casamento sem problemas. Todo casamento exige renúncia e
adaptação. Nenhum casamento sobrevive sem perdão e restauração.
Hoje falamos repetidamente que família é o nosso problema número um.
1) A família tem sido atacada vigorosamente pelas perigosas filosofias
pós-modernas. Os fundamentos têm sido destruídos (Salmo 11.3).
Estamos vivendo no meio da era pós-moderna, onde os valores absolutos
das Escrituras não estão sendo observados, mas repudiados.
2) O que temos hoje não é apenas um comportamento imoral, mas a perda
de critérios morais. Estamos enfrentando não apenas um colapso moral,
mas um colapso de significado. Não há absolutos.
3) Gene Edward Veith ainda afirma que, se não há absolutos, se a
verdade é relativa, então não pode existir estabilidade,
conseqüentemente, a vida perde o sentido.
4) O inevitável resultado do relativismo deste tempo é a falência dos
valores morais, a fraqueza da família e o aumento espantoso da
infidelidade conjugal. Valores relativos acompanham o relativismo da
verdade.
5) Em 1969, bem no meio da "revolução sexual", 68% dos americanos
acreditavam que relação sexual antes do casamento era errado. Em
1987, mesmo a despeito do surto da AIDS, somente 46% acreditavam que o
sexo antes do casamento era errado.
6) Em 1992, somente 33% rejeitavam o sexo premarital. 7 Infidelidade
conjugal tem sido uma marca da sociedade contemporânea. Segundo
algumas estimativas, 50 a 65% dos maridos e 45 a 55% das esposas têm
sido infiéis até os 40 anos.
8) Outros identificam que 26 a 70% das mulheres casadas e 33 a 75% dos
homens casados têm se envolvido em casos extraconjugais.
9) que têm sido não apenas comuns, mas altamente destrutivos.
10) Divórcio tem sido estimulado como solução. Comentaristas sociais
são notórios em afirmar que metade dos casamentos nos Estados Unidos
terminam em divórcio.
11) Contudo, divórcio não é uma sábia solução para casamentos em
crise, mas um sério agravante, um outro problema que na maioria das
vezes, traz profundo sofrimento e frustração.
A psicóloga Diane Medved, diz que os casais estão chegando à
conclusão que o divórcio é mais danoso do que enfrentar as crises
juntos.
12) As conseqüências e as seqüelas do divórcio são devastadoras a
curto, a médio e a longo prazo. Há muitos casais e filhos
arrebentados emocionalmente pelo divórcio. A presença de casamentos
em crise, casamentos quebrados e até mesmo do divórcio está
aumentando não apenas entre os não cristãos, mas também dentro das
comunidades evangélicas.
13) As pessoas divorciadas estão flutuando dentro das comunidades
evangélicas. Há, também, muitos líderes religiosos enfrentando
divórcio. Isso é uma realidade que não pode ser negada. Contudo, à
luz das Escrituras, o divórcio não é a solução divina para a crise
do casamento. Não é sensato fugir do problema em vez de enfrentá-lo.
De fato não existe casamento perfeito. Não há casamento sem
problemas. Todo casamento exige renúncia e adaptação. Nenhum
casamento sobrevive sem perdão e restauração. Muitas pessoas hoje
estão discutindo e procurando divorciar antes de entender o que as
Escrituras ensinam sobre casamento.
Casamento não é uma união experimental. A aliança conjugal não
termina quando as crises chegam. Só há duas cláusulas de exceção
para o divórcio nas Escrituras: a infidelidade conjugal (Mateus 19.9)
e o abandono (1 Coríntios 7.15). Divórcio por quaisquer outros
motivos e novo casamento constitui-se em adultério (Mateus 5.32).
Como, então, enfrentar crises no casamento sem pensar em desistir?
1) Reconhecendo que o casamento não é uma invenção humana, mas uma
instituição divina.
O casamento não é um expediente humano. O próprio Deus estabeleceu,
instituiu e ordenou desde o início da história humana.
14) Gênesis 2.18-24 revela que o casamento nasceu no coração de Deus
quando não havia ainda legisladores, nem leis, nem Estado, nem igreja.
Casamento é um dom de Deus para o homem e a mulher.
15) Deus não apenas criou o casamento, mas também o abençoou
(Gênesis 1.28). Qualquer esforço de atentar contra os princípios
estabelecidos para o casamento conspira contra Deus, que o instituiu.
Por isso, Ele odeia o divórcio (Malaquias 2.14).
2) Reconhecendo a natureza do casamento
Quando Jesus foi questionado pelos fariseus sobre o divórcio (Mateus
19.3-4), Ele não o discutiu antes de falar sobre a natureza do
casamento, de acordo com os princípios estabelecidos na própria
criação (Mateus 19.4-8).
De acordo com o padrão absoluto de Deus, estabelecido na criação, o
casamento em primeiro lugar é HETEROSSEXUAL (Gênesis 1.27). União
homossexual é abominação para Deus (Levítico 18.22; Romanos
1.24-28).
Em segundo lugar, o casamento é MONOGÂMICO (Gênesis 2.24).
Em terceiro lugar, o casamento é MONOSSOMÁTICO (Gênesis 2.24). João
Calvino disse que a união do casamento é mais sagrada e mais profunda
do que a união que liga os filhos aos pais. Nada senão a morte pode
separá-los.
16) Em quarto lugar, o casamento é INDISSOLÚVEL (1 Coríntios 7.3).
Jesus afirmou que marido e mulher não são mais dois, mas uma só
carne e o que Deus uniu o homem não pode separar (Mateus 19.6).
Divórcio, portanto, é uma rebelião contra Deus e os seus
princípios.
17) Em quinto lugar, o casamento não é compulsório. O celibato é um
dom de Deus, não uma imposição (I Coríntios 7.32-35). Embora a
razão do casamento seja para resolver o problema da solidão, Deus
chamou alguns para serem uma exceção à sua própria norma (Gênesis
2.18,24; Mateus 19.11-12; 1 Coríntios 7.7).18
3 Reconhecendo que em Deus podemos superar as crises do casamento se
azedar o coração
Jesus disse para os fariseus que o divórcio nunca foi uma ordenança
divina, mas uma permissão, e isso, por causa da dureza dos corações
(Mateus 19.7-8). O divórcio ocorre porque os corações estão
endurecidos. Dureza de coração é a indisposição de obedecer a
Palavra de Deus. É a indisposição de perdoar, restaurar e recomeçar
o relacionamento conjugal de acordo com os princípios de Deus. De
acordo com Jesus, o divórcio jamais é compulsório, onde existe
espaço para o perdão. Divórcio é conseqüência do pecado, não uma
expressão da vontade de Deus. Perdão e restauração são melhores que
o divórcio. Divórcio não é compulsório nem em caso de adultério.
Restauração é sempre o melhor. Concluindo, ressaltamos que a igreja
precisa dar ênfase à famílias fortes. Casamentos estáveis resultam
em famílias, igrejas e sociedade saudáveis.
19) A solução para o casamento e para a família não está nos
modelos falidos da sociedade pós-moderna, mas na eterna e infalível
Palavra de Deus. O mesmo Deus que instituiu o casamento tem a solução
para os casamentos em crise. Somente Deus pode curar relações
quebradas, trazendo esperança onde os sonhos já morreram; trazendo
vida, onde as sombras da morte já escurecem os horizontes; trazendo
cura e restauração, onde as feridas estão cada vez mais doloridas. O
grande desafio para a igreja e a sociedade contemporânea é retornar
para Deus e obedecer aos seus mandamentos. O mesmo Deus que criou o
casamento tem solução para ele. Deus é o criador, sustentador e
restaurador do casamento. Quando ele reina no casamento, o divórcio
não tem espaço.
Fonte: Revista Lar Cristão.
Rev. Hernandes Dias Lopes
Colaboração amigo Carlos Canto
0 comentários:
Postar um comentário
Comenta! Elogia! Critica! É tudo para o Reino!
Considere apenas:
(1) Discordar não é problema. É solução, pois redunda em aprendizado! Contudo, com modos.
(2) A única coisa que eu não aceito é vir com a teologia do “não toque no ungido”, que isto é conversa para vendilhão dormir... Faça como os irmãos de Beréia e vá ver se o que lhe foi dito está na Palavra Deus!
(3)NÃO nos obrigamos a publicar comentários ANÔNIMOS.
(5) NÃO publicamos PALAVRÕES.
“Mais importante que ser evangélico é ser bíblico” - George Knight .