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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

16 de outubro de 2010

Boiando na “Lagoinha”




         Ontem, teve início, na Catedral Metodista de Terê, um congresso “evangélico” de Psicoterapia. Como a igreja fica bem perto do meu apartamento, resolvi dar uma olhada no evento. A fila de pessoas querendo se inscrever era quilométrica; mas, como eu sou bastante ousada, avancei até a mesa de inscrição, a fim de pedir informações. Uma linda jovem me achou com aparência de VIP e depressa me deu uma ficha de inscrição. Assim, em poucos minutos, após o pagamento de uma taxa de R$60,00, eu estava com um belo crachá no peito, uma pulseira de plástico verde, uma respeitável pasta negra contendo um bloco para anotações, uma caneta e um boletim informativo. Sinceramente, fiquei sem fôlego, diante de um evento tão bem organizado e tanto amor fraterno dominando o ambiente! (Esses pentecostais cultivam o amor fraterno de um modo muito especial!)
Sentei entre os muitos convidados e logo escutei alguém me chamando. Era uma irmã, que me conhecia de um congresso no CPR, convidando-me para sentar ao seu lado. Aceitei o convite e, logo em seguida, o congresso começou.
Escutou-se meia hora de barulho ensurdecedor, com uma bateria pesada e um gordo afro pulando, gritando e dançando, enquanto repetia, com voz rouca, mais de cem vezes, o mantra “Jesus é Rei!” Todos os presentes entraram na onda do balanço, palmas e gritos (menos eu). Em seguida, apareceu o pregador oficial do congresso - o Pr. Guerra, da Igreja da Lagoinha, em Belo Horizonte. Ele começou dizendo que tem visões e revelações e que, enquanto a orquestra estava tocando, ele havia visto uma legião de demônios, ali acampada (acredito!), a qual, depois de uma oração, havia se retirado, tendo sido substituída por uma legião de anjos, (não acredito), protegendo todos os presentes. (A coisa estava ficando deveras interessante!)
Ele pregou durante uma hora, com todos os presentes recebendo uma unção com a cabeça coberta por um pano branco. Depois, ele ordenou que estes fizessem uma dramatização saindo aos pares, em seguida, para rodear o prédio. Com exceção de um jovem, que estava com o pé engessado (cujo sobrenome é Berlim), fui a única a rejeitar a tal unção e a sair em procissão ao redor do prédio. Nova pregação de Psicoterapia (com 1% de Bíblia no meio), até que chegou a hora do almoço (12.30 horas). Vim para casa, comi um filé de frango com duas pêras, tomei um suco de laranja, descansei um pouco e, às 14,30 horas, estava de volta à “Lagoinha”, a fim de dar mais alguns mergulhos naquelas profundas águas de heresia, onde se pode comer uma boa salada de G12/Benny Hinn/Yonggi Cho...
Às 17 horas, houve outra pausa para o lanche. Eu trouxe três amigas para lanchar aqui em casa e ficamos conversando até 19,00, quando elas voltaram ao congresso, enquanto eu preferi ficar vendo as novelas da Globo, onde, realmente, se aprende muito mais.
Hoje de manhã, devo ir ao culto na PIBT, a fim de escutar uma boa pregação, como antídoto às heresias da “batalha espiritual” de ontem. À tarde, já restabelecida, pretendo enfrentar uma nova onda na “Lagoinha”, para aprender mais do evangelho emergente. Esse congresso deve perdurar quatro dias, devendo ser encerrado com as bênçãos da “Senhora Aparecida”, cujo espírito estará comandando as centenas de inocentes “evangélicos”, que estão se engajando no misticismo (católico/ocultista) entregue pelos pregadores pentecostais.


Esta semana, os católicos brasileiros estão celebrando festas às duas irmãzinhas - Nazinha e Cidinha - as quais são, respectivamente,  as padroeiras do Pará e do Brasil, dois ídolos marianos, que têm levado tanta gente para o seu reino de trevas espirituais. Aqui em Terê, o engodo, nestes últimos quatro dias, foi de outro tipo...
Ontem pedi ao irmão Ezequiel para me acompanhar a mais uma onda de barulho e pregação, no congresso da Igreja Metodista. No primeiro dia, quando eu disse ao pastor da igreja que havia traduzido o comentário bíblico do Novo Testamento, de John Wesley, o qual condenava o barulho nos cultos e também a petição de dízimos, ele contemporizou, com um sorriso: “Isso porque Wesley não era brasileiro!”
        Uma igreja que adota a “teologia” de Castellanos, Benny Hinn, Kenneth Hagin, Kenneth Copeland, Yongi Cho e outras aves de rapina do evangelho emergente está entrando numa gelada, em matéria de doutrina. Os seguidores desses homens vivem citando a palavra “mistério”, a fim de impressionar os tolos e, assim, poderem atrair milhares de almas indefesas para o seu reino dominionista. "Mistério" no Novo Testamento se refere exclusivamente ao que Paulo explica sobre a igreja, ou seja, que os gentios também herdariam a salvação em Cristo Jesus. Passou daí, é catolicismo/ocultismo. Quando estava sendo interrogado por Anás, o sumo sacerdote dos judeus, Jesus respondeu: “Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde os judeus sempre se ajuntam, e nada disse em oculto”.  (João 18:20)Aqui vemos, claramente, que o Senhor não era chegado ao "mistério".
Um dos “mistérios” mais acatados entre os pentecostais é o da glossolalia. Ontem, um irmão me escreveu contando que, mesmo sem jamais ter pretendido ser um “falador de línguas”, de repente, após um tiroteio ao lado de sua igreja, ele foi socorrer um ferido e começou a falar em língua estranha. Imagino que o seu gesto de  boa vontade (aliado à emoção e, talvez, ao medo) conduziu esse irmão à glossolalia, pois Satanás vive em busca de uma brecha para entrar na vida de um crente sincero. Isso porque os crentes nominais e relapsos já lhe pertencem e, por isso, ele costuma deixá-los em paz.
O “mistério” de falar em língua estranha não me impressiona, pois os mórmons costumam fazer isso; também os pais de santo... resumindo,  os pagãos, em geral. Portanto, a glossolalia é uma faca de dois gumes, da qual eu quero distância, a fim de não me ferir letalmente.
Irmãos, leiam a Bíblia, esqueçam as experiências e assim ficarão a salvo do engodo espiritual que tem grassado nas igrejas “avivadas” e pentecostais. Hoje mesmo, estou saindo de um congresso de quatro dias, numa igreja metodista, e fiquei chocada ao presenciar tantas heresias sendo ali pregadas e tantosmantras sendo ali cantados. O preletor principal (um psicoterapeuta), que veio da “Lagoinha” de Belo Horizonte, a fim de transmitir o engodo a mais de mil pessoas presentes no tal congresso, é bastante charmoso...
Fiz umas trovas e lhe entreguei ontem, quando ele estava pregando sobre Psicoterapia, em vez de pregar a Palavra de Deus. Quando ele disse que o crente medroso deve buscar um tratamento psicológico (alegando,  inclusive, que sua agenda está sempre lotada), além da ajuda de Deus, a fim de resolver o problema,  sem ter citado qualquer verso bíblico, para respaldar a sua afirmação, sugeri que ele lesse a 2 Timóteo 1:7, ao que ele respondeu: "Leia, irmã". (Parece que ele não sabe manusear a Bíblia, rapidamente, e ficou sem jeito de buscar a passagem).
A partir desse aparte, observei duas mulheres volumosas, vestidas de preto, coladas ao meu lado, como se eu pudesse ter uma possessão demoníaca,ou fosse perturbar aquele pregador de heresias. Logo criei mentalmente a sigla "WIB" “Women in Black”, ou seja “Mulheres em Preto", e fiquei rindo, discretamente, após um piscar de olhos para Ezequiel. Imaginem aqueles duas WIB me segurando fortemente e me expulsando daquele “recinto sagrado”... Seria bem divertido! Nem seria a primeira vez que me expulsariam daquela igreja “avivada”.
O engodo dos últimos dias está prevalecendo dentro da igreja evangélica e somente um bom conhecimento da Palavra de Deus pode dar um jeito nessa apostasia religiosa.  O Espírito Santo, autor da Bíblia, o Qual nos convence do pecado, da justiça e do juízo, poderá nos manter a salvo do engodo prevalecente nestes últimos dias. O que vai facilitar uma calorosa acolhida ao Anticristo é o seu poder de operar sinais e maravilhas, para os quais os crentes de hoje estão sendo paulatinamente preparados.


Mary Schultze, 10/10/10 - www.maryschultze.com

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