A ERRÔNEA TEOLOGIA DA DUPLA ALIANÇA

        Mais e mais líderes evangélicos parecem estar seguindo a liderança de John Hagee [um emergente] em sua declaração de que os judeus não precisam aceitar o Senhor Jesus Cristo como Salvador e Senhor, porque já estão salvos. Hagee chega ao ponto de dizer que Jesus jamais afirmou que era o Messias (1).

        Outros líderes argumentam que os judeus têm sua própria relação com Deus através da Antiga Aliança e, desse modo, podem ser salvos observando as leis da Torah. (2). Esta visão é chamadaTeologia da Dupla Aliança e tem sido abraçada pela maior parte da comunidade “cristã” não evangélica. É também a visão da maioria dos católicos.

        Em 2002, a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos liberou um documento intitulado“Reflexão sobre Aliança e Missão”, no qual afirmava que “os judeus já habitam numa aliança salvadora com Deus”. (3)

        Esta tremenda pressão pluralista de hoje conduz à discussão do item se os judeus precisam ou não ser salvos por Jesus. Quando Larry King entrevistou Joel Osteen, pastor da maior igreja na América, ele perguntou se os judeus precisavam crer em Jesus, a fim de chegarem ao céu. Osteen respondeu: “Sou muito cuidadoso para dizer quem vai e quem não vai para o céu. Não sei”. (4).

O Exemplo da Escritura - Quem não sabe  o que Paulo quis dizer, quando escreveu que o Evangelho deveria ser pregado primeiro aos judeus, depois aos gentios? (Romanos 1:16). E quando ele declarou:“EM Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo): Que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração. Porque eu mesmo poderia desejar ser anátema de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne” (Romanos 9:1-3).

O Contra Ataque Evangélico - Em 1989, um grupo de teólogos evangélicos decidiu reagir contra a crescente ambivalência da importância de Jesus para os judeus. Este grupo editou a “Willowbank Declaration on Christian Gospel and the Jewish People”. Neste documento foi negado que “qualquer fé que não seja cristã bíblica possa chegar à vida eterna com Deus”. (5).

        Esta declaração foi repelida por líderes cristãos e judaicos, como sendo “politicamente incorreta”. Mesmo assim, ela estava biblicamente correta e isto é tudo que importa.

        Mais tarde, a World Evangelical Alliance decidiu tratar novamente deste assunto, num documento intitulado: “The Gospel and the Jewish People”. Era uma declaração bíblica expressando a verdade em amor, contendo o seguinte: (6)

        “Como cristãos evangélicos desejamos expressar a nossa genuína amizade e amor pelos judeus. Reconhecemos que, infelizmente, a história da igreja tem sido maculada com palavras e ações anti-semitas e que, quando os judeus estiveram em grave perigo, a igreja fez muito menos do que deveria ter feito [em seu favor].

* Declaramos o nosso compromisso de ser amoráveis e amistosos, colocando-nos contra essa injustiça, em nossa geração. Ao mesmo tempo, desejamos ser transparentes, ao afirmar que acreditamos que a mais amorosa e bíblica expressão da nossa amizade pelo povo judeu e por todos os que consideramos amigos, é compartilhar corretamente o amor de Deus na Pessoa de Jesus Cristo.

* Acreditamos que somente  através de Jesus Cristo todas as pessoas podem receber a vida eterna. Se Jesus não é o Messias do povo judeu, então Ele não pode ser o Salvador do mundo (Atos 4:12).

* Reconhecemos ser bom e correto, aos que são especialistas no conhecimento, na história e no talento, que usem estes dons para apresentar o Messias às pessoas e nisto se incluem os ministérios especialmente dirigidos aos judeus (1 Coríntios 9:20-22).

* Deploramos o uso do engodo e da coerção no evangelismo, rejeitando a errônea noção de que os judeus que se converteram a Cristo precisem esconder que são judeus (Romanos 11:1) [Paulo era judeu, converteu-se a Cristo e continuou afirmando que era um judeu da tribo de Benjamim].

* Desejamos esclarecer que, como cristãos evangélicos, não queremos ofender nossos amigos judeus com as declarações acima. Contudo, pelo nosso compromisso com as Escrituras, somos obrigamos a permanecer nestes princípios. E exatamente pelo nosso profundo respeito ao povo judeu é que procuramos compartilhar as boas novas de Jesus Cristo com ele, acreditando que a salvação só pode ser encontrada em Jesus - o Messias de Israel e o Salvador do mundo.” (7).

BIBLIOGRAFIA:

1. John Hagee, In Defense of Israel: The Bible's Mandate for Supporting the Jewish State (Lake Mary, Florida: Front Line Press, 2007), pp. 132, 136, and 143.
2. For an excellent summary of the origins of Dual Covenant Theology, see Joseph P. Gudel's article, "To the Jew First: A Biblical Analysis of the 'Two Covenant' Theory of the Atonement,"
   www.inplainsite.org/html/two_covenant.html. Accessed on May 1, 2008.
3. Stan Guthrie, "Why Evangelize the Jews?" in Christianity Today, March 25, 2008,
   http://www.christianitytoday.com/ct/2008/march/31.76.html. Accessed on April 15, 2008.
4. CNN Larry King Live, Interview with Joel Osteen,
   http://transcripts.cnn.com/TRANSCRIPTS/0506/20/lkl.01.html. Accessed on April 29, 2008.
5. "The Willowbank Declaration," www.lcje.net/willowbank.html.
   Accessed on May 1, 2008.
6. World Evangelical Alliance, "The Gospel and the Jewish People — An Evangelical Statement,"
   www.worldevangelicals.org/news/view.htm?id=1732. Accessed on April 28, 2008.
7. Americans signing this document included (among others), Dr. Mark Bailey, President of Dallas Theological Seminary; Joel Belz, founder of World Magazine; Chuck Colson, founder of Prison Fellowship; Stephen Strang, publisher ofCharisma Magazine; and Dr. Lon Allison, director of the Billy Graham Center at Wheaton College. There were many signatories from other areas of the world. A complete list can be found at the website quoted in note 6 above.

        Dr. David R.  Reagan - The Error of Embracing the Dual Theology.

        Traduzido por Mary Schultze - www.maryschultze.com