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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

5 de setembro de 2009

Depressão e Fé


“Fé gera vida? Depressão, fracasso,
adversidade são provas de falta de fé?”
Primeiro é preciso distinguir entre fonte de poder e meio ou instrumento de poder. Um manancial abundante pode ser aproveitado diferentemente, com um copo, um balde, um caminhão tanque, uma usina geradora de luz e energia!
Deus é a fonte de todo bem (Tg 1.17). Deus é “espírito infinito, eterno e imutável em seu ser sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade”. Deus é a fonte infinita, incomensurável e inexaurível de todo bem. A nossa fé capta, viabiliza e
comunica variáveis porções desse poder.
Segundo, nem sempre o sofrimento, a depressão, a adversidade são provas de falta de fé. Exemplos bíblicos: Jó, José, Moisés, Davi, Jeremias, entre outros, eram homens de fé, mas sofreram respectivamente: traição (duas vezes), escravidão, prisão (José); quarenta anos de peregrinação e a proibição divina de entrar em Canaã (Moisés); calamidades familiares, traição, derrotas em combates, terrível sentimento de culpa (Davi); acusação de traição, desprezo nacional, prisão a pão e água (Jeremias).
Os mártires citados em Hebreus 11 e os mártires cristãos eram homens e mulheres de fé. Foi num contexto de grandes provações que o apóstolo Paulo declarou: “Somos mais que
vencedores,por meio daquele que nos amou” (Rm 8.37).
Terceiro, Jesus Cristo deixou claro que a fé pode variar de tamanho. Num dado contexto ele lembrou aos apóstolos que eram homens de “pequena fé” (Mt 8.26). Segundo o registro de Marcos, nem fé eles tinham (Mc 4.40). Noutro contexto Jesus declarou que se os seus discípulos tivessem fé do tamanho de uma pequena semente, poderiam remover montanhas e nada lhes seria impossível (Mt 17.20). Quer dizer que, no conceito de Jesus, os seus discípulos não tinham fé nem do tamanho de um “grão de mostarda”! Sua fé era menor que uma diminuta semente! – E a nossa?
Aplicações:
1. Na crise (depressão, desânimo, fracasso, derrota, perda, luto, adversidade, calamidade, ruína), intensifiquemos o uso dos meios de graça: A Palavra de Deus, a comunhão com os irmãos (igreja), o digno uso dos sacramentos, a prática das boas obras, a oração.
2. Roguemos a Deus que nos dê a sua bênção, seja esta um sim, seja um não (Jó: “Embora ele [Deus] me mate, ainda assim esperarei nele”: Jó 13.15, NVI);
Paulo, apóstolo, aprendeu a gloriar-se nas fraquezas quando Deus não retirou o espinho de sua carne mas lhe garantiu a suficiência de sua graça: 2Co 12.7-10;
Jesus, depois de pedir que, se possível, ficasse livre do amargo cálice que lhe cabia beber, mesmo antes do não do Pai, disse: “Não se faça a minha vontade, e sim a tua”: Lc 22.42.)
3. Roguemos a Deus que aumente a nossa fé, como os discípulos pediram a Jesus. Reconhecendo a dificuldade de perdoar indefinidamente o ofensor arrependido, os apóstolos lhe pediram: “Senhor: Aumenta-nos a fé” (Lc 17.5).
O puritano Obadiah Sedgwick (1595-1652), que sofreu vários períodos de dolorosa depressão, escreveu preciosos conselhos para os deprimidos. Encerro estas breves considerações registrando este seu pensamento:
“Nada se enfraquece onde a fé se fortalece”


Escrito por  Rev. Odayr Olivetti

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