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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

29 de janeiro de 2011

“Mea Culpa!”


        Nestes 16 dias decorridos, após a tragédia, aqui em Terê, eu fui aos poucos adoecendo de tristeza e ansiedade, principalmente depois de ter visitado alguns flagelados no Pedrão, nosso Estádio Municipal.
        Já não posso me gloriar de que nunca fiquei doente, pois sinto dores musculares, no tórax,  tão fortes que mal consigo dormir. Elas aparecem quando eu respiro e como não consigo ser atendida por médico algum (todos ocupados com assuntos mais graves), vou suportando essas dores, que melhoram incrivelmente, quando estou trabalhando no computador, ou escrevendo manualmente alguma tradução de assuntos bíblicos. Ontem, enquanto via duas novelas, traduzi 5 pp. à mão sobre as catástrofes que têm acontecido mundialmente, prenunciando a chegada da Grande Tribulação, com o princípio das dores. Digitei hoje, mandei para o revisor. Amanhã devo colocar no meu site, pois eu mesma fiquei chocada com o que ali está exposto por um pastor americano bíblico...   
        A situação aqui em Terê continua péssima, pois o governo promete tudo ao povo, mas logo esquece suas promessas e os flagelados que suportem a sua via crucis. Aluguei meu apê 204 (moro no 303) a um casal que perdeu tudo na enchente e ficou feliz em conseguir um bom apartamento  de 50 metros quadrados, por R$600 com todas as taxas incluídas, o qual aluguei pelo mesmo preço de cinco anos atrás. Afinal, esses irmãos (assembleianos) atingidos pela adversidade, não têm culpa de o dentista ter-me dado um orçamento de $12.000 Reais, para trocar uma prótese (colocada em 2005) para 9 dentes superiores, a qual se quebrou, de tanto eu trincar os dentes, na aflição destes dias. Agora me lembrei de um cachorro policial que tínhamos em nossa casa, na Baixada Fluminense. Ele se chamava Sherlock e era muito levado... Quando eu ficava com raiva dele, trincava os dentes e foi assim que quebrei meu primeiro dente...
As Notícias que chegam sobre esta cidade são muito contraditórias e uma delas eu resumi abaixo:
Os municípios da região serrana do Rio atingidos pelas chuvas, que já causaram mais de 790 mortes, devem se preparar para enfrentar uma verdadeira "epidemia de problemas mentais". A perda de parentes e amigos vai deixar marcas que levarão meses, até anos para, cicatrizar. O alerta é da psicóloga Katrina Pereira, que trabalha no Hospital Pedro Ernesto, no Rio. Desde os primeiros dias da catástrofe, ela se transferiu para Nova Friburgo, onde está atuando como voluntária, no hospital de campanha da Marinha. Ela diz: “Nossa cidade vai sofrer com a saúde mental, durante muito tempo e vai precisar de um suporte. Os lutos patológicos vão ser grandes, porque muitas pessoas não conseguiram sequer enterrar seus familiares. Então, fica aquela esperança de que podem estar em algum hospital, que tenham sido socorridos. Outros conseguiram enterrar, mas foi de uma forma tão rápida que nem elaboraram ainda essa perda“...
Suponho que essa “doutora de malucos”, com nome de furacão americano, tenha razão. Se eu estivesse no meio da tormenta e tivesse escapado, também estaria mentalmente enferma, pois, só de ver o estado calamitoso de tantos flagelados, já não sou a mesma pessoa.A partir destes dias, vou me interessar pela tradução de apenas dois assuntos: “Experiência de Quase Morte” e “Flagelos Apocalípticos”, sendo que um texto versando sobre este último foi por mim traduzido ontem. Vou dar um refresco à Meretriz do Apocalipse 17-18. Vou deixar as Cartas de Paulo descansando em meu arquivo mental, e vou começar a me interessar quase somente pela leitura do Livro do Apocalipse.
Como podem ver, já mudei bastante, na avaliação dos assuntos apologéticos e na maneira de encarar a vida. Tenho pedido que o Senhor me leve depressa, pois me considero tremendamente culpada ao ver tanta gente jovem mutilada (fora os que morreram), enquanto eu, com 81 anos de idade, estou aqui, reclamando do preço de uma prótese, porque nunca sofri, realmente, em minha vida. Preciso ser uma pessoa mais espiritual (como nunca fui, mormente no tempo em que era católica romana), visto como agora sou nova criatura em Cristo (2 Coríntios 5:17).
Diante da imensurável Santidade do Altíssimo, eu me sinto pior do que o maior bandido deste país, pois ele nunca deve ter conhecido a Bíblia, como eu conheço e, mesmo assim, não consigo ser uma pessoa segundo o coração de Deus, como o profeta Davi... Que o Senhor tenha misericórdia desta filha ingrata,  perdoando a minha agressividade, vaidade, orgulho, egoísmo e consumismo, usando o Seu Santo Espírito para me transformar numa pessoa melhor. “Senhor, Tem misericórdia de mim, pecadora!

Mary Schultze, 28/01/2011 - www.maryschultze.com

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