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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

26 de janeiro de 2011

Os Carismáticos e o Reino Milenial


        O anti-semitismo tem aumentado entre os carismáticos, os quais têm usado o Velho Testamento, buscando conhecer as maldições de Deus contra Israel. Enquanto isso, achando-se garantidos contra as mesmas, eles tomam posse das bênçãos que Deus derramará sobre Israel, na segunda dispensação judaica, como se tais bênçãos se destinassem, nos dias de hoje, à igreja. Eles negam as bênçãos que Deus destinou exclusivamente à nação de Israel, no futuro, crendo que a igreja é a Nova Israel, e até simpatizando com os seus inimigos, mesmo não sendo antagonistas dos indivíduos judeus.
        A Bíblia explica, com clareza, que a futura manifestação do Reino Milenial de Cristo está diretamente ligada a Israel, a nação escolhida, a qual desempenha um papel especial na profecia. O anjo Gabriel confirmou a grande importância de Israel, no futuro, quando anunciou: “Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus. E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai.  E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim”. (Lucas 1:30-33). O filho que Maria iria dar à luz seria o Messias prometido a Israel, nascido de uma virgem, conforme anunciado em Isaías 7:14: “Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel”.
            Sem dúvida, o Anticristo será um imitador de Cristo. Muitas vezes ele tem sido retratado com um gigante feio e mal humorado. Entretanto, o que poderá dificultar a sua identificação, é que, na verdade, ele se apresentará como um cavalheiro gentil, charmoso e elegante, a fim de encantar e enganar o mundo, que tanto valoriza as aparências. Ele se apresentará como um homem de paz, esbanjando amor fraternal e tudo que existe de melhor no caráter humano, da mesma maneira convincente, usada por Hitler e Stalin, e, hoje em dia, também usada pelos líderes carismáticos caçadores de ouro. O Anticristo vai tentar adaptar as profecias bíblicas a seu favor, afirmando ser o Messias e usando de um expediente que só mesmo os homens de alto QI poderiam usar. “O homem do pecado” vai convencer a maioria de que ele é, de fato, o homem escolhido por Deus para governar o mundo!
        Conquanto haja algumas pessoas que saberão quem ele na verdade é (como os satanistas que vão se alegrar com a sua vinda), a maioria vai ser enganada pela sua astúcia, acreditando que ele é, de fato, o Salvador do mundo. Muitos cristãos acomodados vão entrar na chamada “operação do erro”, conforme a 2 Tessalonicenses 2:10-11.  Os aprendizes de magia vão reconhecê-lo facilmente e também o Sumo Sacerdote do Templo de Seth  (um ramo dissidente da Primeira Igreja de Satanás, de Anton Lavey), o qual foi apresentado num show de Oprah Winfrey, em 1988.
        O engodo que envolve o Movimento Nova Era, o qual tem se infiltrado, sorrateiramente na igreja, através da literatura emergente e dos cânticos compostos por incrédulos (além da enorme aceitação das versões modernas da Bíblia), vai facilitar a aceitação do Anticristo, através do erro doutrinário. Adeptos de grupos como o Dominionismo e o Reconstrucionismo, os quais, aparentemente, não concordam com o Movimento Nova Era, já estão caindo na “operação do erro”,  por falta de orientação dos pastores, muitos deles se enroscando nos ardis de Satanás, por causa da confusão de suas mentes, com respeito à Segunda Vinda de Cristo e ao Reino Milenial.
        O estudo da profecia bíblica não deveria se restringir à área religiosa acadêmica, mas ser entregue, honestamente,  nas lições da igreja, a fim de produzir um despertamento espiritual entre os seus membros, para que aprendam a discernir o fim dos tempos. A bendita esperança, que poucos membros da igreja acalentam, parece estar adormecida nos corações da maioria. Os pastores deveriam estudar mais o assunto, através do Livro do Apocalipse e da 2 Tessalonicenses, em vez de se preocuparem tanto em construir templos suntuosos, os quais vão ruir, quando as pragas forem derramadas sobre o mundo pecaminoso.
Alguns pastores carismáticos se consideram “supercrentes” e tão acima do mal, que um deles até se gloriou, recentemente,  diante da congregação: “Pois é, muitos membros da PIBT morreram nas enchentes, mas aqui em nossa igreja, ninguém foi atingido, o que mostra que somos mais abençoados!” Este homem nunca leu Romanos 9:18-20, e deve conhecer apenas o Velho Testamento...       
        As enchentes que aconteceram na cidade de Teresópolis (RJ), em 11/01/2011, deixando centenas de mortos e feridos, e milhares de desabrigados, é apenas uma pequena amostra do que em breve poderá acontecer. Depois de uma enchente, maremoto ou  terremoto, qualquer cidade ou país fica desnorteado, com problemas quase insolúveis. Na hora da catástrofe, ninguém é melhor do que ninguém!
Muitos pastores modernos só se preocupam com o total de suas contas bancárias, muitos deles colecionando mansões e aviões a jato e até mesmo (nos USA), assentando-se em tronos de ouro maciço, à custa dos mantenedores dos seus gazofilácios, os quais acreditam, ingenuamente, que a entrega do Dízimo é uma obrigação do crente, no Novo Testamento.
A igreja precisa reconhecer que não é o Israel de Deus e, portanto, riqueza nenhuma lhe foi prometida por Cristo, a não ser a salvação dos crentes, pela fé no Seu sacrifício vicário, e que “as portas do inferno jamais prevalecerão contra ela”.
        Em João 18:33-36, lemos a resposta de Jesus,  quando indagado por Pilatos: “Tu és o Rei dos Judeus? Respondeu-lhe Jesus: Tu dizes isso de ti mesmo, ou disseram-to outros de mim? Pilatos respondeu: Porventura sou eu judeu? A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste? Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui”.
            Ora, se o reino de Cristo não é deste  mundo, pelo menos na atual dispensação da igreja, por que os carismáticos teimam em cantar tanta vitória, esbanjando uma suposta “espiritualidade”, como se já estivessem vivendo no Reino? Quando, na ocasião da Ascensão de Cristo, “aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?  E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder”. -(Atos 1:6-7). Jesus foi claro, ao responder que o reino de Israel seria restaurado. Ele não afirmou, de modo algum, que a igreja seria a herdeira definitiva de Israel, segundo afirmam os carismáticos.
        Que esses iludidos “supercrentes” se cuidem, pois, quando chegar a hora do Arrebatamento, eles estarão de tal modo tomados  de orgulho e ufanismo religioso que (se não tiverem verdadeiramente nascido de novo) não poderão subir, junto com os crentes de “segunda classe”, como nós, os batistas, por exemplo!

Mary Schultze, 24/01/2011 – www.maryschultze.com
Inspirado no texto The Kingdom of God, de Dave Hunt.

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