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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

24 de janeiro de 2011

Rude Cruz


Tremendamente preocupada com o avanço da apostasia, principalmente dentro das igrejas ditas “avivadas”, e desejando “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Judas 3), fico atenta às pessoas com quem me relaciono na Internet, muitas delas apresentando teorias estranhas, sem qualquer respaldo bíblico. Infelizmente, são poucos os que se detêm na rude cruz de Cristo, preferindo  pregar um evangelho triunfalista, quase açucarado, o qual satisfaz o EGO dos ouvintes.
               A Bíblia torna meridianamente claro que a cruz de Cristo é o coração da mensagem para os incrédulos e também para os nascidos de novo, pois nela encontramos refúgio aos desatinos deste mundo perverso e vencemos as obras da carne e do diabo. Cristo ordenou que tomássemos a nossa cruz e O seguíssemos. Esta não é uma opção, mas uma obrigação.
               Na cruz, existe mais profundidade em sabedoria do que em todas as bibliotecas do mundo. O Apóstolo Paulo diz, na 1 Coríntios 2:2: “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado”.Isto caracterizou a pregação e estilo de vida do maior apóstolo de Cristo e sua pregação transtornou o mundo pagão de sua época (Atos 17:6). Ele também diz: “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus”. (1 Coríntios 1:18).
               Um dos maiores problemas hoje observado, nos púlpitos cristãos, é a mania de reinterpretar a Palavra de Deus, a fim de modernizá-la, adaptando-a ao contexto atual. Um dos maiores responsáveis por esse desvio é o Pr. Rick Warren, através da sua Igreja Saddleback, com milhares de membros, e dos seus livros “Com Propósito”, vendidos aos milhões, no mundo inteiro. Ocupando um  alto cargo dentro da UNESCO, Warren revitaliza o seu famoso “Plano Global”, tentando reunir todas as religiões em uma única religião mundial, a qual, obviamente, será a religião da Nova Era, ou seja, a do Anticristo.
               A união das religiões do mundo até pode trazer a (falsa) paz mundial, mas nunca a vida eterna, pois esta somente é conseguida através de uma PESSOA (Jesus Cristo) e não de uma religião criada por homens pecadores e corruptos. Somente obedecendo as palavras de Jesus Cristo, pelas quais seremos todos julgados (João 12:48), é que poderemos viver, eternamente, na beleza de Sua augusta presença. Somente o Evangelho de Cristo tem o poder de transformar o homem que O aceita (Romanos 1:16), por ter sido assinado com o sangue mais precioso do universo.
               Certa vez, um homem que fora condenado à morte por causa dos seus hediondos crimes, recebeu esta notícia: “Você está livre porque outro homem vai morrer em seu lugar”. Este criminoso chamado Barrabás fora substituído pelo Homem mais santo que já existiu no mundo - o Senhor Jesus Cristo. Barrabás seria o primeiro homem a dizer, literalmente: “Jesus morreu por mim”. Contudo, Barrabás não foi salvo da morte eterna, porque não reconheceu a divindade de Cristo. É provável que ele tenha voltado à sua pregressa vida criminosa, visto como não se tornou uma “nova criatura”, nem se conscientizou da inocência de Cristo, como o ladrão que foi crucificado ao Seu lado.
               Conheço pessoas que, após escutarem o Evangelho, respondem: “Ainda sou jovem. A senhora já é idosa e pode viver somente para Deus. Mas, ainda é cedo para eu entregar minha vida a Cristo e  frequentar uma igreja... Preciso aproveitar o tempo, a fim fazer tudo que eu gosto, antes de pensar em me tornar um crente”. Perigosa ilusão! E se a morte chegar mais depressa do que a tempestade, 11/01, em Teresópolis, matando cerca de 1.000 pessoas?
               Em Hebreus 10:30-31, lemos: “Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo”. E mais: “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram” (Hebreus 2:3). Finalmente temos uma garantia: “E [Cristo] livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão” (Hebreus 2:15). Não é trincando os dentes (como eu fiz ontem à noite, quando encarava um problema), que podemos vencer a tentação. Somos mais que vencedores, quando deixamos morrer o nosso EGO, o qual, infelizmente, está  sendo tão exaltado pelos psicólogos seculares e, até mesmo, pelos chamados “psicólogos cristãos”.
               Em Romanos 6:11, lemos: “Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor”. Somente quando estamos mortos em Cristo é que podemos experimentar a Sua vida em nós (Gálatas 2:20). A vida que Ele nos dá está embasada na Sua Ressurreição e só ressuscita quem antes morreu. Jamais poderemos experimentar a alegria da plenitude do Espírito Santo, sem que, antes,  tenhamos morrido voluntariamente para o nosso EGO.
               Ao contrário das pregações triunfalistas, tão comuns, hoje em dia, nas igrejas “avivadas”, com as pessoas pulando, rebolando e acreditando que toda aquela efusão é fruto do Espírito, devemos obedecer ao mandado de Habacuque 2:20: “O Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra”, pois o Espírito de Deus é manso, suave e discreto, tendo vindo ao mundo para glorificar o Nome de Cristo e não para ser usado e abusado pelos cristãos vazios do conhecimento bíblico....
               Cristo padeceu e morreu na cruz para nos livrar da morte eterna e nos deixou a celebração da Ceia para que recordássemos o Seu sacrifício. Não praticamos a teologia da transubstanciação, nem a daconsubstanciação, mas apenas a teologia da “memória”, pois Ele disse para tomarmos o pão e o cálice com estas palavras: “Fazei isto em memória de mim” (1 Coríntios 11:24-c).            
Quando meditamos sobre o maior evento de todos os tempos, em todo o universo, o qual aconteceu na  rude cruz do Calvário, seguido do sepultamento e ressurreição de Cristo, sentimos uma enorme gratidão por tão grande amor, ali demonstrado por nós. Nesse momento, a rude cruz de madeira (na qual foi pregado o mais santo de todos os homens do mundo - Jesus Cristo) se transforma em brilhante coroa de ouro e pedras preciosas, pela qual Ele trocará a rude cruz de todos os que amam a Sua vinda.

Dave Hunt - "The Preaching of the Cross"
Traduzido e adaptado por Mary Schultze, em 23/01/2011.

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