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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

2 de julho de 2012

POVO DE MEMÓRIA CURTA...



Memória, eita coisa difícil e traiçoeira. Encontramos muita resistência para assimilar aquilo que realmente vale a pena ser guardado. Geralmente nossa memória não é usada como deveria. Prova disso são eventos históricos marcantes para a humanidade. Quem lembra algo relevante, acontecido há alguns anos? Se lembrarmos de 1 ou 2 coisas, vai ser muito. 

Mas possivelmente você terá facilidade em relembrar fatos trágicos. Alguma palavra que te feriu, algum acontecimento político polêmico, algum acidente que sofreu; alguém que faleceu em seu âmbito familiar... 


Dificilmente relembramos coisas boas. O que Deus já fez na sua vida - o quanto já foi livrado do mal – das inúmeras vezes que a provisão divina veio em seu favor... Isso é retratado facilmente quando vamos orar. Temos pedidos bem definidos para apresentar, mas os motivos de gratidão (normalmente generalizados) são difíceis de lembrar! 

No texto de Êxodo 32, Israel traz esse retrato triste em sua história. Deus havia libertando-os da escravidão no Egito. Após anos de sofrimento e escravidão, Deus manifestou sua misericórdia e amor – e com uma mão forte e maravilhosa – libertou seu povo de forma espetacular! 

Que coisa incrível! Que milagres e maravilhas sensacionais! Como esquecer tamanho poder e amor manifestado por Deus! 

Mas facilmente foi esquecido. Não se lembravam mais. O que Deus havia feito, na primeira necessidade, já havia sido esquecido. Apenas reclamavam. 

Por isso, em dado momento, Deus falou através de Isaías: 

“Lembrem-se das coisas passadas, das coisas muito antigas! Eu sou Deus, e não há nenhum outro; eu sou Deus, e não há nenhum como eu. Desde o início faço conhecido o fim, desde tempos remotos, o que ainda virá. Digo: Meu propósito ficará de pé, e farei tudo o que me agrada”. Isaías 46:9-11 

As lamúrias começaram a dar lugar a blasfêmias. Deus era o culpado. No Egito, embora escravos; tinham suas necessidades básicas saciadas. O padrão mudou. Deus agora passou de libertador a castigador. 

Mais a frente, num momento de ausência de Moisés (que estava com Deus recebendo os Mandamentos), a memória fraca dá lugar a ingratidão. 

Em suas cabeças Deus havia se esquecido deles e Moisés possivelmente estava morto. Não houve hesitação. Rapidamente “arranjaram” outro deus. 

Fiquei pensando comigo mesmo... E não somos todos assim? Não agimos com ingratidão e deslealdade? Não nos esquecemos de forma fácil de tudo o que Deus já fez por nós? Sim. Agimos da mesma forma. 

Se não fosse os apelos de Moisés – revela o texto – o povo seria exterminado. Deus estava inconformado. Como pode? Que gente é essa? Como puderam me dar as costas depois de tudo que fiz por eles? 



- MEMÓRIA CURTA E VISÃO LIMITADA: 

Temos uma memória curta e uma visão pequena. Não basta apenas Deus já ter operado o que operou. É preciso que Ele continue fazendo aquilo que eu quero continuamente. Não conseguimos olhar as situações da vida e ver que Deus age através das mais variadas circunstâncias. 

Era isso que acontecia aqui. Israel não conseguia enxergar além das circunstancias. Não conseguia vislumbrar além do que seus olhos naturais enxergavam. O relato dos espiões próximos à terra de Canaã é um retrato fiel disso. Uma visão limitada pelo tamanho dos gigantes, seguido por uma memória curta diante do que Deus já havia feito até ali. 





- MEMÓRIA CURTA E CORAÇÃO INGRATO: 

Israel rara vezes esboçou sinceramente sua gratidão a Deus. Não havia um coração feliz pelo cuidado de Deus. Havia sempre um sentimento de insatisfação. Nada era suficiente. 

A preocupação com Moisés e seu aparente sumiço (junto com Deus) não foi maior do que seu desejo ávido de esquecer aquilo que Deus já fizera. Rapidamente já providenciaram pra si outro líder e outro deus (Arão e o bezerro de Ouro). 

Não é fantástica a capacidade do homem em ser ingrato diante daquilo que Deus já fizera? Não é assustador o fato de terem desistido tão rapidamente de Moisés e já arrumado outro conselheiro. Pois é. Comparações a parte, fazemos o mesmo. Nossa gratidão não é tão grande quanto nossas “necessidades”. 

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Se tem algo que dói no “coração de Deus” é ingratidão. É ver como temos uma memória fraca para lembrar e relembrar aquilo que Ele já tem feito por nós. 

Deus espera que, no mínimo, sua gratidão o leva à Adoração. Exalte a Deus pelo que Ele é. Demonstre a Ele sua felicidade em servi-lo ainda que, neste momento, Ele não esteja realizando o que você pediu. Lembre-se do que Ele já fez por você. Lembre-se de como Deus o ama é tem sido fiel a sua vida. 



Que Deus assim nos abençoe.

Pr. Marcello Matias.


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