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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

20 de agosto de 2012

“Pegue o seu talão de cheques...”

 

         A especialidade dos pastores pentecostais  é fazer barulho, pois, assim, os ouvintes ficam hipnotizados e engolem todas as heresias que eles pregam... Sem falar na propaganda política dos partidos favoritos. Além do barulho, eles dançam, requebram, levantam os braços e transformam os salões de culto em bailes carnavalescos.

         Um desses "picts evangélicos", pregando em certa ocasião festiva, numa igreja assembleiana, disse esta frase: "Pastor pentecostal que não faz barulho está com defeito de fabricação". Outra pérola dele: "Por mais pentecostais que sejamos, o mais pentecostal foi João Batista". E explica: "Porque João pulou na barriga de Isabel, comprovando que seria o primeiro pentecostal". Seguindo ele, "O Batista foi também  o primeiro lançador de moda masculina, porque, em vez de usar o costumeiro tecido grosso, ele preferiu usar pêlo de camelo."  

         E foi por aí, espiritualizando e acrescentando sua  própria interpretação ao texto lido. Ele conta, como fato histórico, que "João atrapalhava tanto as aparições do Herodes, que o rei judeu resolveu mandar matá-lo"  (?)...  Ele fala sobre o elogio que Jesus faz a João, em Mateus 11, por causa de sua pregação. Ele diz que "O povo achava que Jesus era uma cobra", mas o Batista explicou: "Eis cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (João 1:29). Viram que interpretações geniais?

         Depois de escutar tantas pepitas, comecei a temer pela vida espiritual daquelas centenas de ouvintes, que ali estavam assimilando os erros do tal pregador. Ele disse, também, que "os crentes parados  (como eu, por exemplo) morrem de inveja, porque não têm o que os avivados têm".

         Outra comparação estranha que ele fez foi entre a "coruja da TV" e a "pomba do Espírito Santo". Sua especialidade foi mandar que as pessoas cheirassem o cangote de quem estava ao seu lado. Sei disso porque, quando assisti (uma única vez) a um culto em que ele pregava, vi como o meu irmão batista ficou vermelho, temendo ser obrigado a cheirar o meu cangote, com Chanel No. 5.

         Vez ou outra, esse "profeta" enrolava a língua, para convencer os tolos de que estava possuído do Espírito. Em seguida, ele contou como, durante um culto, seu braço ficou endurecido, ele achou que estava tendo um AVC, "tentou estender o braço e o auditório caiu todo sob o poder do Espírito". [Aqui ele copiou, vergonhosamente, o seu mestre, Benny Hinn].

         Sua linguagem é tão vulgar que a BLH parece erudita, quando comparada às expressões baratas que ele joga no ar, em lugar da ortodoxa linguagem bíblica. Mas Deus é tão Soberano que alguns se convertem em meio a essa balbúrdia; depois, começam a ler a Bíblia [um conselho que o "profeta" esqueceu de dar), crescendo na graça e no conhecimento de Cristo.

         O profeta janota afirmou que o seu corpo estava "arrepiado", começou a gritar e a exigir que todos gritassem, também, a fim de receber o Espírito Santo. No mesmo  instante, lembrei-me desta passagem de Romanos 14:17: "Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo". Aqui, não vejo a palavra "grito", mas alegria, uma alegria interior, que não deve ser extravasada, escandalizando os membros das igrejas "paradas", como a que eu frequento.

         No final, quando o "profeta" viu alguns crentes deixando a igreja, antes do término do culto, usou esta linguagem vulgaríssima: "Esses que estão saindo, certamente estão com diarréia". E começou a pedir dinheiro, muito dinheiro, para reformar um abrigo - na Amazônia - onde, certamente, os crentes do RJ não teriam como fiscalizar. E terminou com a promessa típica dos pregadores pentecas: "Quem mais semear, mais receberá de Deus, em troca de sua generosidade... Pegue o seu talão de cheques e use, sem preocupação".

    A verdade é que o "espirito", às vezes, costuma "plenificar" esses pregadores; pois, numa dessas noites, o pregador, caiu de bêbado, exatamente quando cheguei perto dele, para pedir explicação sobre a heresia mais tenebrosa daquela noite, e senti um tremendo cheiro de álcool em seu hálito!

         "Ach, du Mein Gott!" ... Cansei de tanta "pentecada".

 

Mary Schultze, 20/08/2012.

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