5 de junho de 2015
15 previsões sobre o futuro da religião no mundo
Um estudo do Pew Research Center, uma organização que conduz pesquisas independentes sobre diferentes temas e em escala global, procurou traçar um panorama sobre as religiões no mundo nos próximos cem anos.
Para tanto, “The Future of World Religions: Population Growth Projections” contou com a ajuda de especialistas para investigar projeções demográficas de grupos religiosos (como budistas, cristãos, hindus, judeus, muçulmanos, além de religiões associadas a costumes tribais e também os chamados de “não filiados”, que incluem ateus e agnósticos) a partir de suas distribuições geográficas, taxas de fertilidade e mortalidade e padrões migratórios.
Mas o Pew Research Center alerta: todas estimativas são baseadas em tendências atuais e levam em conta indivíduos se designam especificamente como parte de uma ou outra religião. “Agora, o que significa ser cristão, muçulmano ou judeu irá variar de pessoa para pessoa, de país para país e de década para década”.
E como estará o mundo da religião nas próximas décadas? Veja a seguir.
Em 2050
A quantidade de muçulmanos no mundo irá quase que se equiparar ao número de cristãos (2,8 bilhões contra 2,9 bilhões) e 10% de toda a população europeia seguirá está religião.
Juntos, muçulmanos e cristãos vão corresponder a 69% da população mundial.
Quatro em cada 10 cristãos do mundo vão viver na África subsaariana.
A única religião que não deve observar crescimento em seu número de fieis é o budismo. De acordo com a pesquisa, as baixas taxas de fertilidade em países como China, Japão e Tailândia serão as maiores causas desta estagnação.
Já entre os hindus, o número de seguidores deve crescer 34% até 2050, atingindo a marca de 1,4 bilhão de pessoas.
A quantidade de judeus deve crescer apenas 16% nas próximas décadas. A expectativa é que o número de seguidores desta religião seja de pouco mais de 16 milhões.
O número de pessoas sem filiação religiosa deve cair. Segundo a análise, 16% das pessoas do planeta hoje se descrevem como ateias, agnósticas ou dizem não se identificar com nenhuma religião. Em 35 anos, este grupo corresponderá a 13% da população mundial.
Esta população de não filiados estará majoritariamente concentrada em países com baixas taxas de fertilidade, como na Europa ocidental, América do Norte, China e Japão.
Nos EUA, por exemplo, este grupo crescerá dos atuais 16% para 26% em 2050. Já na Europa, estas pessoas vão corresponder a 23% da população de todo o continente.
É o cristianismo a religião que será a mais impactada pela perda de fieis. De acordo com a entidade, 40 milhões de pessoas se tornarão cristãs, mas 106 milhões de pessoas deixarão de seguir esta fé.
O grupo de não filiados ganhará 96 milhões de pessoas, enquanto que 36 milhões de indivíduos passarão a se designar como fiel de alguma religião;
Cinco países (França, Macedônia, Nova Zelândia, Bósnia-Herzegovina e Holanda) deixarão de ter os cristãos como maioria. Em 2050, a maioria das pessoas na França não terão uma religião específica e o mesmo acontecerá na Nova Zelândia e na Holanda. Já na Bósnia-Herzegovina e na Macedônia, a maior parte das pessoas será muçulmana.
O país com o maior número de cristãos será os Estados Unidos, seguido do Brasil e da Nigéria.
Islamismo e cristianismo vão empatar: 32% da população do mundo será muçulmana e 32% será cristã.
Os muçulmanos desbancarão os cristãos e se tornarão a maior religião do planeta. O islamismo estará presente na vida de 35% das pessoas.
Publicado em Exame
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