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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

3 de março de 2017

Netflix lança série que escancara sexo, adultério e corrupção em templo evangélico


Uma das séries mais polêmicas do ano passado estreia no Brasil nesta sexta (3), na Netflix. A primeira temporada de Greenleaf chamou a atenção nos Estados Unidos ao expor escândalos de uma imponente igreja evangélica, com cenas de sexo e de lavagem de dinheiro dentro de um templo. O drama tem um elenco de respeito, com os vencedores do Emmy Keith David e Lynn Whitfield, e não poupa nenhum assunto controverso no meio evangélico, como pedofília, adultério, homossexualidade e abuso de poder.

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Greenleaf é uma das séries vitrines do canal da apresentadora Oprah Winfrey, um ícone da TV. A atração ganhou status de cult após ser lançada no Festival de Cinema de Tribeca, de 2016. Após a exibição dos dois primeiros episódios, ganhou elogios do público e da mídia especializada.

Com elenco predominantemente negro, como é comum nas produções da Oprah Winfrey Network, Greenleaf traz os bastidores de uma megaigreja na cidade de Memphis. A congregação chamada de Greenleaf World Ministries é encabeçada pelo bispo James Greenleaf (David) e tem como base doutrinária a Teologia da Prosperidade, que defende a riqueza na Terra como uma bênção de Deus.
Esse pensamento leva James a cometer deslizes e o coloca em situações complicadas quando surge uma ameaça de investigação nas contas da igreja (doações e dízimos), e ele se vê encurralado no meio de um jogo entre políticos e pastores. A trama remete a algo que o público vê frequentemente em noticiários, e Greenleaf mostra uma visão interna do maquinário.
Além dos problemas ministeriais, o bispo precisa lidar com desavenças familiares. O estopim das confusões ocorre após o funeral de uma de suas filhas, morta misteriosamente. A cerimônia contou com o retorno da filha do meio, Grace (Merle Dandridge), ex-pastora que estava distante da família havia 20 anos. A presença de Grace reacende mágoas e traz à tona os segredos obscuros dos seus parentes.

Qualidade na atuação
A primeira temporada de Greenleaf tem 13 episódios envolventes, com um show de atuação dos protagonistas. Keith David, por exemplo, convence como um religioso carismático e pai exemplar, escondendo atrás dessa imagem uma pessoa manipuladora.
Ao seu lado está Lynn Whitfield, que vive Lady Mae, a mulher do bispo Greenleaf. Ela guarda rancor de Grace, procura defender seus outros filhos acima de tudo e busca mais espaço na igreja do marido.
Até Oprah faz uma participação importante. Ela interpreta a irmã de Lady Mae, chamada Mavis McCready, uma confidente de Grace. Dona de uma casa de shows de blues, Mavis conhece todos os segredos da igreja e de seus integrantes. Por isso, acaba sendo um ponto chave da trama. Prestar atenção nas ações dela é a chave para compreender a história.
A segunda temporada de Greenleaf foi anunciada antes mesmo do início da primeira. Estreia nos Estados Unidos no próximo dia 15.

Original: http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/series/serie-escancara-sexo-adulterio-e-corrupcao-em-templo-evangelico-14296#ixzz4aHW71v8u 
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