Simone de Moura , 31 anos, foi encontrada morta, seminua e acorrentada em uma cama com vários cadeados dentro de uma casa na região rural de São José do Rio Preto (SP) no domingo (12).
O lavrador chamou a polícia, que realizou uma perícia no local. Segundo a polícia, a vítima tinha contato com este homem de 64 anos. De acordo com informações dos vizinhos passadas para a investigação, a mulher frequentava o local para ensinar o homem a ler e escrever.De acordo com a polícia, um lavrador encontrou a vítima nessa situação na casa onde mora. Ainda segundo a polícia, ele divide a casa com um outro homem, de 64 anos, que está desaparecido.
A polícia também apreendeu uma marreta com vestígio de sangue, que pode ser a arma utilizada no crime. De acordo com a polícia, a vítima foi encontrada com ferimentos graves na cabeça. O homem está desaparecido e a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) está investigando o caso.
Uma tia de Simone, Aparecida Lopes, diz que todos ainda estão muito abalados. “Com o coração quebrado, a gente nem sabe como está respirando. É muita tristeza. Quando alguém está doente a gente até espera algum desfecho ruim e prepara o coração, mas em um caso como este o que nos choca são as circunstâncias do fato, o que torna a situação milesimamente mais dolorida”, diz.
Simone de Moura Facini Lopes tinha 31 anos. Ela era casada com César Lopes há 13 anos, com quem tinha um filho de 12. Simone era voluntária em uma igreja, dava aulas para crianças em um projeto religioso e também ajudava pessoas de fora. Ela morreu justamente em um lugar onde fazia serviço voluntário. A igreja onde ela era voluntária disse em nota que o trabalho que ela fazia onde foi morta não foi indicação da igreja (leia nota abaixo).
O caso
A vítima frequentava a chácara há cerca de quatro meses. Segundo a família, ela ensinava um homem de 64 anos a ler e a escrever. No domingo (12), dia em que foi morta, era dia de ensino religioso. Segundo os familiares, ela saiu de casa às 11h e no final da tarde ainda não tinha voltado. A família ficou preocupada e o marido foi até a chácara, mas o crime já tinha acontecido.
De acordo com o boletim de ocorrência, Simone estava seminua e foi amarrada com correntes que prendiam pés e mãos, todas fechadas com cadeados. A vítima ainda tinha ferimentos graves na cabeça. Uma marreta com marcas de sangue, possivelmente usada no crime, foi apreendida.
Segundo a polícia, outro homem, de 47 anos, frequentava o local e foi quem chegou primeiro na cena do crime e chamou a polícia. Ele entregou aos investigadores a marreta. Já o aposentado que recebia a ajuda de Simone não estava no local e continua desaparecido.
O delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) Fernando Tedde confirmou que os dois homens que moravam na chácara tinham passagens pela polícia por estupro. A perícia científica foi para o local junto com os primeiros policiais e coletou materiais que podem ajudar a identificar o autor do crime.
Nota da igreja onde Simone era voluntária
“A comunidade da Igreja está profundamente abalada com a morte da jovem Simone M. F. Lopes. Apesar de a Igreja local não manter oficialmente qualquer programa ou ministério de alfabetização de adultos, reconhece o bem praticado em todas as suas formas em favor dos menos favorecidos. Vê bondade no empenho de Simone em, voluntária e individualmente, auxiliar alguém na sua alfabetização.
A comunidade da Igreja e sua liderança estão prestando apoio emocional e espiritual à família enlutada. A Igreja colaborará com as autoridades naquilo que lhe for solicitado.”
(G1)
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