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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

14 de janeiro de 2013

A ESLAVEC do Malafaia: formando escravos da visão da prosperidade


Vi ontem, no Blog do Webevangelista, que saiu naRevista Veja São Paulo uma reportagem sobre a ESLAVEC (Escola de Líderes da Associação Vitória em Cristo), do pr. Silas Malafaia. Na reportagem, um jornalista se inscreveu na ESLAVEC para entender o que acontecia por lá.

E deu no que já sabíamos: alguns pastores que vão de coração puro, na ânsia de aprender mais de Deus (a teórica proposta do congresso) e muitos pastores, já conquistados pela diabólica Teologia da Prosperidade, que lá vão para aprender mais sobre como fazer crescer seus ministérios (não o número de almas a serem salvas, mas o número de templos, os percentuais de arrecadação e coisas do tipo), ou se "capacitarem" para poder pleitear um salário de até vinte e dois mil reais em igrejas como as do Malafaia, Edir Macedo ou dos Hernandes.

É interessante que um dos trunfos do Malafaia é apregoar que metade dos que participam são pagos integralmente por sua associação. Mas com que objetivo?

Em inglês, escravo é "slave". Não coincidentemente, quem participa da ESLAVEC, principalmente com todas as despesas pagas, se torna muito grato ao Malafaia, afinal é um pastor muito bondoso, que deu uma viagem e um curso ministerial de forma totalmente gratuita (para quem assiste e para o próprio Malafaia, afinal quem paga tudo são seus "parceiros" – a oferta de mil  do Murdock em troca de 3 bênçãos especiais arcará com 1,2 milhão que sobraram dessa despesa, conforme disse o próprio Malafaia no programa de ontem). Dessa forma, como não passar a "seguir" a visão do Silas Malafaia?

Nessa última edição, foram cerca de 3 mil pessoas que participaram gratuitamente, e mais de mil que participaram pagando. Segundo o jornalista da Revista Veja, sua inscrição custou R$ 700,00 (setecentos reais) por quatro dias de palestras. Meio caro, não é?

Só para termos uma noção de valores, daria uns R$ 175,00 por dia. Se compararmos com o preço de uma palestra com uma fera da administração (no caso, Idalberto Chiavenato, autor de vários livros), levaremos um susto ainda maior: uma palestra do Chiavenato em São Luis saiu por "módicos" R$ 159,00, ou seja, mais barato que a "ESLAVEC" do Silas Malafaia, e que não conta com gente tão gabaritada como o palestrante citado.

Assim, o que foi arrecado com o público pagante (mais de mil pessoas, ou seja, mais de setecentos mil reais), mais o que se arrecada mensalmente, deve ter pago boa parte do congresso gospel.

E se eu não estiver enganada a coisa é bem mais dramática do que parece, pois os que estão se tornando seguidores do Malafaia por irem gratuitamente no tal congresso o estão às custas de quem paga para estar lá, e às custas de gente que doa todo o mês para o pastor, pensando em salvar almas pelo planeta ou ajudar nas (poucas) obras sociais gigantemente anunciadas, mas seu rico dinheirinho está servindo, em parte, para criar um feudo gospel malafaiano.

Os três mil que foram gratuitamente são pastores e líderes jovens. É claro que, uma vez "fisgados", levarão também seus rebanhos para seguirem Silas Malafaia. E assim, se perpetuará o feudo gospel e as ofertas para seu ministério. Sim, dessa forma em 2014 o Malafaia conseguirá realizar um dos seus grandes sonhos: ter catedrais gospel em São Paulo, lugar onde o lucro dos dízimos e ofertas promete ser maior.

Eu não quero ser escrava do Malafaia ou de qualquer homem ou mulher. Quero ser, sempre, escrava de Cristo apenas.

Voltemos ao Evangelho puro e simples,
O $how tem que parar!


PUBLICADO POR ESTRANGEIRA

Veja aqui a reportagem

2 comentários:

  1. eu só acho que você tem bem mais coisas pra falar do que falar de alguém como o silas que está fazendo diferença no brasil!Por isso que muitas pessoas não aceitam a Cristo por exemplos como o seu que fala de alguém que tem a mesma fé que a sua!

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  2. Publique q o valor está incluso, hotel, alimentação, translado. O fato publicado apenas com 99% da realizadade se torna uma informação incorreta. Coerência na informação meu amigo. Abração

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