Recebi, por email o seguinte questionamento:
"Conversando com um amigo sobre a predestinação, ele me disse que se ela for verdadeira, a morte de Jesus teria sido em vão. O que posso dizer a ele sobre isso?"
Esta é uma objeção comum à doutrina da predestinação. O que não significa que seja uma objeção válida ou que coloque em risco a doutrina que louva a soberania de Deus. Uma análise, mesmo que superficial, demonstra que essa objeção não tem consistência lógica nem fundamento bíblico. Senão vejamos.
Sob uma ótica puramente lógica, a objeção faz a eficácia da morte de Cristo depender da inexistência da predestinação. Vejamos o que é predestinação e expiação e depois analisemos se são auto-excludentes. Predestinação é o conselho eterno e imutável pelo qual Deus escolhe e conduz para a salvação um número fixo de pessoas, sem levar em conta a dignidade deles. E expiação é o ato realizado na história pelo qual todos os que foram predestinados para a vida eterna são comprados para Deus. Olhando essas definições nós vemos que predestinação e expiação são complementares, não contraditórias. Predestinação é o planejamento da salvação, a expiação é o provimento dos meios necessários à salvação e a chamada eficaz é a aplicação dessa salvação. Assim, vemos que as duas doutrinas não apenas são harmônicas como enfatizam o papel de cada membro da Trindade na realização da salvação.
Embora as leis da lógica não sejam violadas, uma verdade é estabelecida pela Escritura e duas doutrinas supostamente contraditórias devem ser mantidas se forem ensinadas no Livro de Deus. E a verdade incontestável é que tanto a predestinação como a morte vicária de Cristo são doutrinas enfatizadas nas escrituras. Isto deveria nos refrear de aceitar uma em detrimento de outra apenas porque, em nossa mente finita elas parecem se contradizer.
Mesmo assim, o caso é que nas escrituras o decreto da predestinação e a redenção pelo sangue de Cristo são pronunciados, muitas vezes, num só fôlego. Vejamos por exemplo Efésios 1:3-11. Paulo fala da predestinação, da morte de Cristo e de novo da predestinação sem intercalar sequer um ponto de final entre essas verdades. Veja:
"Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que (...) nos escolheu nele antes da fundação do mundo (...) nos predestinou para ele (...) no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados (...) predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade" (Ef 1:3-11)
O texto acima afirma que Deus "nos escolheu nele antes da fundação do mundo" e que "em amor nos predestinou para ele" segundo "o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade" e que "temos a redenção, pelos eu sangue, a remissão dos pecados". Ou seja, ao invés de anular ou tornar desnecessária a morte de Cristo, a predestinação converge para a morte de Cristo como a realização do "beneplácito que propusera em Cristo" na eternidade imemorável.
Veja ainda a seguinte passagem que diz que Deus "nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos, e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho" (2Tm 1:9-10). Veja a estreita relação entre a "determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos"(predestinação) e a manifestação da salvação por Cristo Jesus que "não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade" (expiação).
A predestinação não torna desnecessária a morte de Jesus, pois esta estava contida naquela. Pedro declarou que Jesus foi "entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus" (At 2:23), ou seja, a morte de Jesus era necessária para que o desígnio da predestinação fosse alcançado, por isso oravam reconhecendo que a morte de Jesus foi para cumrpir "tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram" (At 4:28). É porque a morte de Jesus estava contida no decreto da predestinação que João escreveu sobre o "Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo" (Ap 13:8).
Do exposto acima, e mais se poderia dizer, concluímos que o argumento de que a predestinação torna sem sentido a morte de Jesus é infundado e contrário ao claro ensinamento da escritura, tanto sobre a predestinação como sobre a expiação.
"Conversando com um amigo sobre a predestinação, ele me disse que se ela for verdadeira, a morte de Jesus teria sido em vão. O que posso dizer a ele sobre isso?"
Esta é uma objeção comum à doutrina da predestinação. O que não significa que seja uma objeção válida ou que coloque em risco a doutrina que louva a soberania de Deus. Uma análise, mesmo que superficial, demonstra que essa objeção não tem consistência lógica nem fundamento bíblico. Senão vejamos.
Sob uma ótica puramente lógica, a objeção faz a eficácia da morte de Cristo depender da inexistência da predestinação. Vejamos o que é predestinação e expiação e depois analisemos se são auto-excludentes. Predestinação é o conselho eterno e imutável pelo qual Deus escolhe e conduz para a salvação um número fixo de pessoas, sem levar em conta a dignidade deles. E expiação é o ato realizado na história pelo qual todos os que foram predestinados para a vida eterna são comprados para Deus. Olhando essas definições nós vemos que predestinação e expiação são complementares, não contraditórias. Predestinação é o planejamento da salvação, a expiação é o provimento dos meios necessários à salvação e a chamada eficaz é a aplicação dessa salvação. Assim, vemos que as duas doutrinas não apenas são harmônicas como enfatizam o papel de cada membro da Trindade na realização da salvação.
Embora as leis da lógica não sejam violadas, uma verdade é estabelecida pela Escritura e duas doutrinas supostamente contraditórias devem ser mantidas se forem ensinadas no Livro de Deus. E a verdade incontestável é que tanto a predestinação como a morte vicária de Cristo são doutrinas enfatizadas nas escrituras. Isto deveria nos refrear de aceitar uma em detrimento de outra apenas porque, em nossa mente finita elas parecem se contradizer.
Mesmo assim, o caso é que nas escrituras o decreto da predestinação e a redenção pelo sangue de Cristo são pronunciados, muitas vezes, num só fôlego. Vejamos por exemplo Efésios 1:3-11. Paulo fala da predestinação, da morte de Cristo e de novo da predestinação sem intercalar sequer um ponto de final entre essas verdades. Veja:
"Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que (...) nos escolheu nele antes da fundação do mundo (...) nos predestinou para ele (...) no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados (...) predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade" (Ef 1:3-11)
O texto acima afirma que Deus "nos escolheu nele antes da fundação do mundo" e que "em amor nos predestinou para ele" segundo "o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade" e que "temos a redenção, pelos eu sangue, a remissão dos pecados". Ou seja, ao invés de anular ou tornar desnecessária a morte de Cristo, a predestinação converge para a morte de Cristo como a realização do "beneplácito que propusera em Cristo" na eternidade imemorável.
Veja ainda a seguinte passagem que diz que Deus "nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos, e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho" (2Tm 1:9-10). Veja a estreita relação entre a "determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos"(predestinação) e a manifestação da salvação por Cristo Jesus que "não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade" (expiação).
A predestinação não torna desnecessária a morte de Jesus, pois esta estava contida naquela. Pedro declarou que Jesus foi "entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus" (At 2:23), ou seja, a morte de Jesus era necessária para que o desígnio da predestinação fosse alcançado, por isso oravam reconhecendo que a morte de Jesus foi para cumrpir "tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram" (At 4:28). É porque a morte de Jesus estava contida no decreto da predestinação que João escreveu sobre o "Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo" (Ap 13:8).
Do exposto acima, e mais se poderia dizer, concluímos que o argumento de que a predestinação torna sem sentido a morte de Jesus é infundado e contrário ao claro ensinamento da escritura, tanto sobre a predestinação como sobre a expiação.
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