O bispo Romualdo Panceiro afirma que os vídeos entregues ao Ministério Públicos e divulgados ontem pela Folha são coerentes com a sua crença. A resposta foi divulgada nesta terça-feira em um vídeo no blog do Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus.
Um dos vídeos entregues ao Ministério Público de São Paulo por um ex-voluntário da Igreja Universal revela a pregação combinada entre os bispos da cúpula da igreja para obter dízimos dos fiéis em meio à crise econômica de 2008.
"Eu não posso deixar de ler os versículos bíblicos por que as pessoas vão se sentir incomodadas e ler somente aqueles que elas se sintam agradadas. Daí, eu não estaria fazendo o trabalho dirigido por Deus", afirma Panceiro, considerado o segundo nome mais importante na igreja e apontado pelo líder Edir Macedo como o seu sucessor.
O bispo afirma que é coerente dizer às pessoas que "estão em dificuldade financeira que apelem para Deus".
Citando passagens bíblicas, o bispo pede para que os seus espectadores façam um teste com Deus. "Ele manda você fazer a prova. Está com problema financeiro: faça uma prova com Deus", diz o Panceiro.
No vídeo divulgado ontem, Panceiro orienta outros bispos a recorrerem a trechos da Bíblia nos quais se narra que o personagem bíblico Isaac, para escapar de uma grande fome, recebeu orientação divina para semear no solo ruim, e por isso foi agraciado.
Em resposta, Panceiro diz que o Brasil foi um dos países menos prejudicados pela crise econômica mundial por causa da "campanha de fé de Isaac".
O bispo diz que a oferta é a materialização da fé. E que ele pede dinheiro em suas reuniões, mas ninguém é obrigado a dar.
Assalto
A outra gravação entregue ao MP mostra o bispo Romualdo contando que um carro-forte que transportava R$ 52 mil arrecadados pela igreja entre os fiéis havia sido assaltado na Grande SP por um grupo de 15 homens armados. Ele atribui a autoria do crime a policiais e narrou que os pastores e bispos deveriam buscar contato com a criminalidade.
No vídeo publicado no blog, Panceiro diz "que há na instituição Polícia Militar pessoas excelentes (...), mas você que, como em todas as instituições, há pessoas que não tem um caráter bom".
"Eu não quis de maneira nenhum denegrir a instituição Polícia Militar porque o meu pai foi PM e eu fui militar também", afirma.
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