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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

6 de abril de 2010

A JANTINHA DO SENHOR

Minha filha (Margarete) ensina Português na Alemanha e gosta de se divertir com a burrice nacional apresentada nas provas do ENEM. Ela me envia cada amostra, que me faz rir e, ao mesmo tempo, sentir grande dor no coração...

Esta foi uma das mais cruéis, em resposta à pergunta: "Qual a função do apóstrofo?"

Um "asno" respondeu: "Os apóstrofos são os amigos de Jesus que se juntaram naquela jantinha que Michelangelo fotografou".  É muita "inguinorança!"

Depressa me lembrei da história de um penteca, narrada em meu artigo de 23/06/2007:

"Certo dia, quando ele lia a I Samuel 6, sem entender bem o contexto do capítulo, teve uma inspiração, que deve ter vindo do reino abissal do engodo, ou seja, a idéia de fundar a sua própria igreja. Procurou, ali mesmo, descobrir um nome para a  futura 'casa de oração' e seus olhos caíram sobre a expressão 'Ratos de ouro'...  'É esse, é esse mesmo!'

Ele continuou um assíduo leitor do Velho Testamento e  dos 'teólogos da prosperidade', esperando que a 'Igreja Pentecostal Ratos de Ouro' lhe trouxesse muito lucro e o prestígio com o qual sonhava, desde os tempos de pedreiro".

Os estudantes saem das escolas secundárias tão iletrados como ali entraram. A moda, agora, é matar os colegas, atacar os professores, quebrar os móveis da  escola, tudo para encobrir a burrice. Alguns vão para um seminário, onde os professores entendem um pouco da Bíblia, porém nada do vernáculo. [No seminário onde estudei, a professora de Português não soube explicar ao aluno porque a palavra "advogado" não tinha um "e", quando o candidato ao ministério escreveu: "Jesus é nosso adevogado". Precisei pedir a palavra e explicar].

O resultado é que se forma uma porção de gente medíocre, parecida com o "asno" que escreveu sobre o "apóstrofo", como sendo os amigos da  "jantinha de Jesus".

Os pastores semi-analfabetos adoram exibir sua língua grande, criticando pessoas que realmente entendem da Bíblia e têm cultura geral.  [Um destes, na semana passada, me taxou de herege porque eu escrevo contra a teologia da prosperidade, a qual só dá lucro aos crocodilos pentecostais]. Os e-mails destes hinn-ocerontes e de alguns papistas ridículos caem diretamente na lixeira, onde só tenho o trabalho de deletar, sem ler coisa alguma, pois conheço essa corja.

O Pr. André Oliveira retrata bem essa turma de néscios, com uma canção apologética:

 

O Dom da língua grande... como evitar?

 

Não falando em demasia, / isto é, pelos cotovelos.

Não praticando escalpelo, / durante a noite ou o dia.

Lembrando-se que a tosquia / deixa a ovelha sem pêlo.

Não semeando heresia, / nem plantando pesadelo,

com aparência de zelo,/ - isso é mera alegoria!

No fundo não tem valia, / é como enxugar o gelo.

Não contando, o que seria  / só causa de atropelo.

E nada que arrepia  / de qualquer um o cabelo,

pois, fogo de artilharia / sempre acaba em desmantelo

Não  pensando em baixaria, / usando o seu cerebelo

como se fosse um modelo/ de perfeita sintonia,

evitando a anomalia, / e, também, o  desmazelo.

Não usando picardia, / fazendo disso um apelo.

Desenrolando o novelo, / o fio se distância

e, depois da correria, / como deter o camelo?

Não buscando a empatia / na base do engabelo,

pois até nosso cabelo / o grande Deus contaria.

Neste mundo existiria / alguém com maior desvelo?

 

Não foi à toa que adotei André em meu coração, no exato dia em que li esta canção. Somos dois poetas escrevendo para Jesus. Eventualmente, ele iria compor uma canção especialmente para mim, a qual tentarei recordar:

 

Foi tão bom sentar à tua mesa / e usufruir do teu almoço,

em paz, sem alvoroço, / e ter lembranças como sobremesa.

   Viajar em fotografia, / foi tão fácil de sonhar,

  Mary, que alegria... Poder te amar!

  Minha mãe, minha irmã, / NORDESTINA ALEMÃ,

 filha do Deus vivo, / a quem também eu sirvo...

 

Mary Schultze, 05/04/2010 – www.maryschultze.com

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