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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

10 de junho de 2010

Magno Malta é acusado de imoral e indecente, senador rebate

Magno Malta rebate acusações de que teria atacado a Igreja Católica

Por Carlos Lima

Magno Malta é acusado de imoral e indecente, senador rebateO senador Magno Malta (PR-ES) afirmou, em discurso nesta terça-feira (8), que não atacou a Igreja Católica "em nenhum momento" em seu trabalho como presidente da CPI da Pedofilia e voltou a enaltecer a coragem do papa Bento XVI por ter admitido a existência de casos de abusos de menores por parte de religiosos católicos.
Magno Malta informou ter visitado o arcebispo de Vitória, Dom Luiz Vilela, para falar sobre a natureza do seu trabalho como membro e presidente da CPI da Pedofilia. Osenador lamentou que alguns padres estejam dizendo que ele tem atacado a Igreja Católica. Disse ter recebido informações de que no seu estado, o Espírito Santo, padres chegaram a recomendaram a seus fiéis que não votassem mais em seu nome, porque ele estaria atacando a Igreja.

- A CPI não tem poupado ninguém, seja juiz, deputado, padre, médico, rico ou pobre. O fato de termos prendido um deputado do Pará não significa que a instituição Assembléia Legislativa esteja sendo atacada - sustentou.

Em aparte a 
Magno Malta, o senador José Nery (PSOL-PA) comunicou que a juíza Maria Alfaia Fonseca condenou nesta terça-feria (8), a 21 anos de prisão, o ex-deputado estadual do Pará Luiz Afonso Sefer, por abusar sexualmente de uma criança de 9 anos. Sefer foi um dos ouvidos pela CPI da Pedofilia, no ano passado, em Belém.

Também em apartes, vários
 senadores afiançaram que nunca ouviram Magno Malta atacar a Igreja Católica em seus discursos. Valter Pereira (PMDB-MS) ponderou que, se houve padres pedindo dentro da Igreja que os fiéis não votassem no senador capixaba, eles cometeram crime eleitoral.
Imoral e indecente

O deputado federal Givaldo Carimbão (PSB-AL), decidiu romper o silêncio corporativo que marca a relação entre os políticos. Na sessão na Câmara Federal ele não mediu os termos para acusar seu colega de Parlamento, o
 senador baiano eleito pelo ES, Magno Malta (PR), cantor gospel e pastor da Igreja Universal.

O alagoano acusou o
 senador de agir de modo arbitrário e abusivo na condução da CPI da Pedofilia, visando lucros políticos para sua reeleição.

Ao citar o caso ocorrido na cidade de Arapiraca em Alagoas, onde um padre foi preso
 acusado de abusar sexualmente de menores de idade, o deputado citou a ilegalidade e arbitráriedade da prisão dos religiosos.

Segundo o deputado, a condução do caso pelo
 senador foi um verdadeiro show de pirotecnia, mal disfarçado de CPI da Pedofilia.

"Afirmo que o ocorrido em Arapiraca não foi apenas um espetáculo deprimente, mas um ato irresponsável,
 imoral, indecente e inconsequente conduzido pelosenador Magno Malta", disse em discurso proferido na Câmara.

O deputado que é de família tradicionalmente católica em Alagoas, completa dizendo que parabeniza a criação da CPI da Pedofilia, que tem todo o seu apoio. "Não comungo, jamais, com esse crime. Porém, um crime não dá o direito a se cometerem atos arbitrários."

Carimbão disse que o
 senador infringi, constantemente, o regimento interno do Senado, que determina em seu artigo 180, que as comissões da Casa precisam contar com a presença, no mínimo, da maioria de seus membros.

Em todas as audiências Magno tem ido só. Só ele aparece na TV, afinal, é esse o objetivo, não fazer justiça.

O deputado vai além: O artigo 148 & 1º, determina que a CPI poderá tomar depoimento de testemunhas ou autoridades desde que estejam presentes o presidente e o relator da CPI.

Por fim, o artigo 147 reza que estando ausente o relator, a qualquer ato do inquérito, o presidente poderá designar um substituto para a ocasião, mantida a mesma representação partidária.

Mas isso não interessa a 
Magno Malta. Ele não quer dividir os holofotes com ningúem. (Leia pronunciamento na íntegra no final da matéria)

O sentimento do parlamentar alagoano é o mesmo de religiosos capixabas. Padres de Nova Venécia a Cachoeiro no ES tem incluído em seus sermões críticas ao uso eleitoreiro e oportunista do tema pedofilia, com críticas diretas ao
 senador, cantor gospel e membro da Igreja Universal.

"Os padres não estão usando meias palavras para tentar banir do cenário político o
senador gospel", afirmou um deputado do ES, que disse ter sido distribuída uma carta assinada por bispos com recomendações expressas contra o senador.



Com informações da Agência Senado / Agência Congress
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