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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

12 de junho de 2010

Você é bíblico? Sua igreja é bíblica?



Já ouvi muita gente se confundir com essa palavra. Tem gente que pensa que ser bíblico é citar passagens bíblicas em um programa de TV, na rádio, na Internet ou no púlpito da igreja. Ora, posso citar aqui dezenas de seitas que fazem o uso do texto bíblico.

Citar uma passagem da Bíblia, manuseá-la e realizar um sermão com base na Bíblia não faz desse ou daquele pastor, missionário, seja lá quem for, uma pessoa bíblica ou igreja bíblica. Mas, afinal de contas, o que é ser bíblico?
1- Ser bíblico em primeiro lugar é ser submisso à autoridade da Bíblia. 
Quando a Bíblia afirma que tal prática ou comportamento humano é pecado, submeto-se à declaração bíblica e obedeço. Pessoas que questionam passagens da Bíblia que reprovam atos pecaminosos da humanidade não são bíblicas.

Existem pessoas que, por se acharem tão “ungidas”, “sábias” ou “populares”, pensam que, por isso, detêm autoridade tal qual ou até maior que a Bíblia. Por isso, são insubmissos à autoridade da Bíblia. E gostam de ser chamados de “mente aberta”, enquanto quem fica submisso ao texto bíblico é taxado de “mente fechada”.
2- Ser bíblico é confiar na inerrância da Bíblia Sagrada. 
Uma pessoa bíblica é alguém que confia inteiramente que o que temos em nossas mãos hoje é a Palavra de Deus. Toda pessoa que duvida da autenticidade do texto sagrado não é uma pessoa bíblica.

Ser bíblico é confiar no texto sagrado, mesmo quando estiver diante de narrativas bíblicas que desafiam a razão humana.
3- Ser bíblico é ter a Bíblia como a única revelação divina escrita. 
Se alguém afirma ser bíblico e tem outros manuscritos como inspirados, esse alguém é um impostor. Todo cristão bíblico deve concordar que A Bíblia, sozinha, ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.

Se alguém prega ou escreve que Deus se revela independente da Bíblia ou sem precisar do respaldo bíblico, esse alguém não é bíblico. Toda manifestação sobrenatural e natural de Deus é respaldada pela Escritura (Am.3.7).

Todo o ministério humano de Jesus, a maior revelação de Deus, foi baseado no cumprimento da Escritura: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir” (Mt.5.17).

Lembre-se de que a expressão “Lei ou os Profetas” faz alusão à Bíblia, na qual a palavra “Lei” refere-se ao nosso Pentateuco, e “Profetas”, aos nossos 17 livros Proféticos na bíblia cristã.
4- Ser bíblico é ficar na dependência da Bíblia. 
Todo aquele que deseja ser bíblico tem que abrir mão do modernismo teológico e aceitar o que está escrito. Ficar na dependência da Bíblia é se limitar ao conteúdo que temos da revelação divina sem duvidar e sem questionar. É tomar a Escritura como única fonte de regra e prática.
5- Ser bíblico é ficar com a Bíblia.
Diante de opiniões filosóficas, modernas e questionamentos atuais a pessoa bíblica fica com a opinião da Bíblia. Ela está sempre pronta para responder aos questionamentos da vida com a Bíblia, e não com filosofia ou coisa parecida.
6- Ser bíblico não é ser legalista.
É muito comum hoje as pessoas que não são bíblicas taxarem de “legalistas” aqueles que querem se manter firmes em ser bíblicos. Isso ocorre porque a Bíblia no Novo Testamento faz uma severa reprovação ao assunto.

Entretanto, temos que ver que ser “bíblico” não é simplesmente pregar salvação pelas obras (Ef.2.8,9), que é o verdadeiro significado de legalista, mas enfatizar obras da salvação (Tg.2.14), que só tem quem é nascido de novo (1Jo.3.9).

Os bíblicos partem da seguinte premissa: “se somos salvos, somos nascidos de novo; se somos nascidos de novo, devemos nos comportar como tais”. Cristo condenava os legalistas não por causa da Lei divina, que não era ruim (Rm.7.12), mas por o negarem como Salvador e preferirem a autossalvação através das obras da Lei (Rm.10.1-4).

Mas não podemos esquecer que ser bíblico é ter tanto o Antigo e Novo Testamentos como Palavra de Deus: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2 Tm.3.16).


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