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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

28 de dezembro de 2011

Confusões e troca de hostilidades fez parte da rotina em 2011 - O ano de quebra pau!

Por: Robson Morais - Redação Creio

    Valdemiro Santiago ataca Silas Malafaia, que retribui o gesto e sobra para Edir Macedo. O bispo da Iurd não deixa barato e parte para cima com seus "cantores edemoniados". R. R. Soares chega de fininho, pastor Márcio Valadão entra na briga e Caio Fábio confronta Marco Feliciano...    Parece uma narração de luta livre mas, acredite, não é. Os fatos acima são apenas alguns dos que marcaram (e mancharam) a liderança evangélica, de janeiro a dezembro de 2011. Compra de horário em TV, sensacionalismo, bancada evangélica, dízimo e até tatuagem foram motivo de muita discussão entre os pastores do Brasil.

      Não de hoje, desavenças entre Silas Malafaia e Edir Macedo dividem opiniões e comandam trocas de farpas repercutidas  em sites e jornais cristãos. Em 2011, tudo começou com o "fazer ou não uma tatuagem?". Para o líder da AD Vitória em Cristo (Avec) tudo normal, para o líder da Universal (Iurd) cada desenho é um pecado. Em seu portal de notícias, lançado logo após a perda de seu programa na Bandeirantes, fato que mais tarde mencionaremos, Silas criticou a postura do bispo e incluiu no pacote temas como aborto (defendido por Macedo) e o ataque a cantores evangélicos, chamados de "edemoniados" pelo dono da Record, em um programa especial na emissora. Este último episódio faria com que outros nomes entrassem na briga contra o líder da Iurd.

     Antes dos "edemoniados" e da briga direta com Macedo, o rival de Silas foi Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus (Impd). O motivo foi a saída do líder da Avec da Band, motivada por uma proposta financeira maior, oferecida por Santiago. Silas, que em janeiro havia defendido a cobertura jornalística de eventos do então amigo, manifestou a chateação em público. "É lamentável tudo isso" disse. O mesmo boicote quase sofre o missionário R. R. Soares que, depois de um acordo verbal já fechado, se viu obrigado a aumentar o cachê, que na época já superava os R$6mi, da emissora paulista para não perder seu horário. 

     Santiago, Soares e Macedo protagonizaram ainda outro episódio típico de ringue. A possível compra de um horário da Rede TV irritou o líder da Impd, que atacou R. R. e chamou de macumba os "atos" profético de Macedo. Sem rebate dos rivais, o caso acabou por isso mesmo. Ou não.

     Edir Macedo mudou o alvo, mas não a estratégia. No programa 'Domingo Espetacular' da Record, o bispo exigiu a preparação de um programa especial sobre o tema 'Cair no Espírito'. E mais, citou Ana Paula Valadão e outros cantores como "edemoniados". Mais um motivo de revolta e muito rebuliço nas lideranças evangélicas, que mobilizaram uma série de protestos contra o bispo da Iurd. No centenário da Assembleia de Deus, comemorado no estádio do Pacaembu (SP), o pastor Abner Ferreira rebateu os ataques feitos por Macedo à denominação. "O senhor tem o dever e quero que respeite a Igreja Pentecostal brasileira. Nós não temos culpa se o povo da sua igreja estão vindo para a AD. Pare de apelar e de pregar esta sua prosperidade burra" entoou em alto e bom som.

     Na Lagoinha, Igreja de Ana Paula e toda a família Valadão, a declaração de Macedo também não pegou bem, até o pastor Márcio entrou na briga, e reservou um momento do culto para sua réplica: "Eu não sei quantas vezes caí (no Espírito), mas quero cair mais, não há nada de demônio na minha vida", e completou: "E quem levanta a bandeira do aborto vai carregar nas mãos o sangue dessas crianças". Coincidência ou não, as declarações de Macedo surgiram ao mesmo tempo em que era anunciada na TV Globo, rival da Record, uma abertura significativa ao segmento evangélico, com o Troféu Promessas, do qual Ana Paula Valadão, Aline Barros e Bruna Karla foram algumas das premiadas.

     Fora do bolo, mas não menos ativo, se manteve em 2011 o pastor Caio Fábio. Sempre polêmico, seu último caso foi a condenação pelo esquema contra o PSDB, conhecido como Dossiê Cayman, de 1998. Antes da sentença, seu nome se envolveu em polêmicas e críticas a líderes e políticos, como Ricardo Gondim e Marco Feliciano.

    "(Ricardo) Gondim se prede na fé" foi umas das primeiras frases lançadas por Caio Fábio. Por declarações feitas logo após o Tsunami do Japão, em março deste ano, Ricardo Gondim chamou a atenção do rival que disparou: "É um cara bipolar, eu o conheci pregando, dançando e com o mesmo moralismo do Jimmy Swaggart". Daí em diante, seu alvo foi o ego dos demais pastores no Brasil, sem exceção, deixando sobrar um "sonso" exclusivo para o também deputado Marco Feliciano (PSC).

    Na época do insulto, Marco Feliciano, do movimento Tempo de Avivamento, foi acusado por Caio Fábio de mentir quando se intrometeu em uma briga direta entre os pastores Jabes de Alencar, da AD Bom Retiro, e Silas Malafaia. Feliciano respondeu de pronto: "É um ser triste e abandonado, vivendo num exílio de infelicidade". 

     Será que em 2012 teremos mais?

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