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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

1 de fevereiro de 2012

O NAVIO COSTA CONCÓRDIA E NOSSOS NAUFRÁGIOS PESSOAIS






Há poucas semanas atrás, assistimos com espanto os relatos nos jornais televisivos, sobre a notícia do naufrágio do grande e pomposo navio Costa Concórdia.
Foi de certa forma chocante, o fato de um navio como este, com todos os recursos mais modernos da tecnologia, colidir contra uma rocha, causando assim grandes danos em seu casco, vindo, em decorrência disso, afundar.
Mas o que mais me impressionou, além da tragédia em si, que graças a Deus não vitimou  um grande número de pessoas, foi a atitude do comandante do navio.
Segundo as informações obtidas pela mídia, o comandante, logo após a colisão, evadiu-se da embarcação, em um bote salva vidas, demonstrando, assim, total descaso para com as vidas ainda à bordo do navio.
Ainda conforme o noticiado, foi apurado pelas autoridades, que a colisão sobredita, teve como causa uma manobra irresponsável e extremamente arriscada do comandante desertor.
A frase que marcou o evento, foi àquela proferida pelo capitão da Guarda Costeira, que ao constatar o abandono do navio por seu responsável, e a situação periclitante das vítimas, disse ao comandante Francesco Schettino em tom ameaçador: “Vá a bordo”! Exigindo que ele retornasse, e assumisse sua responsabilidade, e ajudasse as vítimas que ali estavam, o que, infelizmente, não ocorreu.
Esse tipo de comportamento chama a atenção, principalmente porque contraria a postura que Deus tem conosco.
Na Bíblia, nós vemos um Deus que  sempre nos faz enfrentar as nossas responsabilidades, as nossas fraquezas, e os nossos problemas.
Outro dia comecei a reler o livro “A Cabana”, e logo no início, vemos o bilhete que Deus havia deixado para o personagem principal, o qual dizia: “ Mackenzie, algum tempo já se passou. Eu estou com saudades de você. Eu estarei na cabana no próximo final de semana se você quiser passar algum tempo junto. Assinado, Papa.”
Deus chama  o personagem Mackenzie para um encontro, justamente no lugar em que ele jamais gostaria de ir. Um lugar que lhe traz  dor e sofrimento profundos. Lugar que mudou sua vida para sempre. Quem leu o livro sabe do que estou falando.
Mas é justamente isso que Deus faz. 
Foi o que aconteceu com Moisés. 
Ao constatar que os egípcios estavam maltratando o povo judeu, Moisés, quando presenciou uma  cena de violência, contra seu povo, matou um egípcio. E a culpa que sentiu foi tão grande, que ele simplesmente fugiu. Fugiu para o deserto.
Quarenta anos mais tarde, quando Deus o comissiona para ser o libertador de Israel, Deus o manda voltar justamente para o Egito, para aquele lugar da onde ele havia fugido. Deus quer que ele enfrente a situação. Que supere seus traumas e temores.
Jacó também foi exemplo do mesmo tipo de situação.
Quando era mais novo, em uma ação um tanto ardilosa, comprou a primogenitura de seu irmão com um prato de lentilha. Mais tarde, enganou seu pai, que era cego, e obteve a bênção que pertencia ao filho mais velho.
Mas Deus faz Jacó sofrer as consequências dos seus atos, e posteriormente, enfrentar seu irmão, seu passado, e seus medos.
Deus nos leva até o ponto da nossa dor, ou do nosso pecado, e nos confronta ali, para nos curar, e nos libertar de todo o jugo da culpa, da depressão e do sofrimento.
Deus nos chama para ‘ir à bordo’. Para não fugir. Para encarar nossos problemas de frente. Para assumirmos as nossas responsabilidades.
Por isso, fica aqui o incentivo, para não agirmos como o capitão do navio Costa Concórdia, e encararmos de frente nossos naufrágios pessoais, pois Deus está conosco, e quer fazer de nós pessoas de caráter, que não tem do que se envergonhar.
Não tenha medo. Vá à bordo, em nome de Jesus.
Deus te abençoe.

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