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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

16 de fevereiro de 2012

O ÓLEO DE UNÇÃO - - TIRANDO O PODER DO SACRIFÍCIO DE JESUS CRISTO

Graças a Deus estou bem e de volta às minhas atividades normais. Gostaria de agradecer a todos aqueles que enviaram mensagens e estiveram orando por mim durante este período em que estive sendo tratado não apenas por médicos, mas pelos cuidados de nosso Pai que está nos céus.
Devo contar que não tive nenhuma visão sobrenatural, nem mesmo quando sob o forte efeito da anestesia… mas Deus falou comigo através do Espírito Santo que habita dentro de cada um que aceita a Jesus Cristo como seu único Senhor e Salvador. Tive alguns (poucos) momentos de profundo incômodo durante minha internação e a melhor coisa que eu poderia fazer era orar. Foi uma noite inteira sofrendo pelo incômodo de um colchão duro como madeira, cujo sono não conciliava e, na intenção de encontrar uma posição mais cômoda, meus cotovelos já estavam em carne viva… mas então lembrei que aquele momento de pouca mobilidade era passageiro, que em breve as coisas estariam resolvidas… e comecei a agradecer a Deus por poder ver que a solução de meu pequeno incômodo estava muito próxima. Pela primeira vez na vida eu confirmei que praguejar de nada adianta, e que melhor é depositar as esperanças e sofrimentos nas mãos do Senhor. Não pude deixar de pensar naquelas pessoas que estão definitivamente inválidas, com escaras no corpo… se uma noite me fez sofrer, imaginei uma vida inteira! Como eu poderia deixar de agradecer a Deus por minha condição ser apenas passageira? Como, depois disso, eu poderia esquecer e deixar de me preocupar com os inválidos?
Essa preocupação me fez pesquisar o assunto e hoje, quase 100% normal, arrumei uma forma de transcrever um pouco das revelações que me tive após a leitura de alguns trechos da Bíblia e que têm tudo a ver com o costume de usar “óleo de unção” para tudo: curar doentes, expulsar demônios… será que nós, crentes modernos, não estaríamos criando uma espécie de “água benta evangélica”? Estaríamos nos colocando nossa fé em um objeto ao invés de depositá-la n’Aquele que é o único realmente capaz de operar milagres através de Sua graça?
Não estou sendo o primeiro a tocar deste assunto e antes de qualquer coisa devo referenciar o estudo feito por Walter Andrade Campelo, feito com propriedade e base bíblica correta e aceitável.

UNÇÃO DE SANTIFICAÇÃO?


Depois de muito ler livros de “batalha espiritual”, eu estava começando a crer no óleo, principalmente diante dos textos altamente recomendado por esses autores, que se encontram em Êxodo 30:22-33 (o azeite da santa unção) e Êxodo 40:1-16 (o estabelecimento do tabernáculo):
“Assim santificarás estas coisas, para que sejam santíssimas; tudo o que tocar nela será santo. Também ungirás a Arão e seus filhos, e os santificará para me administrarem o sacerdócio.” (Êxodo 30:29-30)
“Então tomarás o azeite da unção e ungirás o tabernáculo, e tudo o que há nele; e o santificarás com todos os seus pertences, e será santo. Ungirás também o altar do holocausto, e todos os seus utensílios; e santificará o altar; e o altar será santíssimo. Então ungirás a pia e a sua base, e a santificarás. Farás chegar também a Arão e a seus filhos à porta da tenda da congregação; e os lavarás com água. E vestirás a Arão as vestes santas, e o ungirás, e o santificarás, para que me administre o sacerdócio. Também fará chegar a seus filhos e lhes vestirás as túnicas, e os ungirás como ungiste a seu pai, para que me administrem o sacerdócio, e a sua unção lhes será por sacerdócio perpétuo nas suas gerações.” (Êxodo 40:9-15)
Uma metodologia bastante correta… de acordo com a lei! E aí está o grande problema! A Bíblia não pode ter sua cronologia ignorada e todas essas recomendações de procedimentos para santificação encontram um ponto final diante desse importantíssimo texto:
“Porque tendo a lei sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a ele se chegam. Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado. Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados, porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados. Por isso, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste; Holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram. Então disse: Eis aqui venho (no princípio do livro está escrito de mim), para fazer, ó Deus, a tua vontade. Como acima diz: Sacrifício e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram (os quais se oferecem segundo a lei). Então disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro para estabelecer o segundo. Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez. E assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados; Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus, Daqui em diante esperando até que os seus inimigos sejam postos por escabelo de seus pés. Porque, com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados. E também o Espírito Santo no-lo testifica; porque depois de haver dito: Esta é a aliança que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seus corações e as escreverei em seus entendimentos; acrescenta: E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniqüidades. Ora, onde há remissão destes, já não mais oblação pelo pecado. Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa. Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu.” (Hebreus 10:1-23)
Que interessante! De acordo com o texto acima podemos concluir que:
  • O sacrifício de Cristo na cruz foi feito apenas uma única vez. Esse texto explica claramente que os sacrifícios do velho pacto (como, por exemplo, os relatados nos capítulos de 1 a 5 do livro de Levítico) não eram eficazes e muito menos agradavam a Deus (versos 6, 8 e 11)
  • Jesus Cristo é o grande sacerdote sobre a casa de Deus e, através de seu sacrifício único, nos santifica (versos 10 e 12-18), aperfeiçoando dessa forma as leis que deveriam ser cumpridas no Antigo Testamento.
Então, como posso eu depender de um tipo de óleo para santificar algo depois de conhecer essa verdade? Quem nos santifica é somente nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e isto está diretamente relacionado a outro fator importantíssimo, que faz parte do “legado” deixado por Ele. Vejam:
“E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado.” (João 7:37-39)
A afirmação que faço a seguir é bastante chocante, mas, baseado no texto acima, posso afirmar então que nenhum dos grandes personagens do Antigo Testamento teve uma experiência tão íntima com Deus quanto qualquer um que tenha nascido depois da glorificação de Jesus Cristo. Mesmo Moisés, que conheceu ao Senhor Face a Face (Êxodo 33:11Números 12:7-8Deuteronômio 34:10) não teve uma experiência conforme a descrita em Romanos 8:26-27.
Esse parágrafo é especulativo, mas eu penso que essa é a melhor explicação para o sangue nos umbrais de Êxodo 12, pois tal sinal se fez necessário para o reconhecimento de quem iria ser salvo ou não… afinal, ninguém ali tinha o Espírito Santo!
Os poucos personagens do Antigo Testamento que chegaram a ter um contato mais próximo com a experiência do Espírito Santo: ou foram escolhidos diretamente pelo próprio Deus, ou tiveram uma experiência momentânea ou então tiveram que ser ungidos para isto! Veja alguns dentre muitos exemplos:
  • Bezalel (escolhido por Deus) — Êxodo 31:2-3Êxodo 35:31.
  • Eldade e Medade (momento) — Números 11:26. O fato da maioria do povo não ter o Espírito de Deus é confirmado em Números 11:29.
  • Josué (ungido por imposição de mãos) – Deuteronômio 34:9.
  • Otniel (momento) — Juízes 3:9-11.
  • Sansão (vários momentos) — Juízes 13:25Juízes 14:6Juízes 14:19 e Juízes 15:14.
  • Saul (ungido) — I Samuel 10:1-7I Samuel 11:6. Esse, mesmo ungido, fez tanta besteira que o Espírito do Senhor acabou se retirando dele (I Samuel 16:14).
  • Davi (ungido) — I Samuel 16:13II Samuel 2:4.
Eu poderia fazer uma lista mais extensa que esta com mais personagens do Antigo Testamento que puderam ter uma “provinha” da presença do Espírito do Senhor, mas sugiro que leiam o estudo de Walter Andrade Campelo para compreender quem exatamente eram as pessoas ungidas naquela época, assim como as funções do óleo. Mas mesmo nestes exemplos podemos ver que o mesmo Espírito gerava capacidades bastante diversas entre si.
Se esses homens, apenas ao “esbarrar” com o Espírito, fizeram acontecer eventos incríveis, imagine agora o que podem fazer aqueles em quem o Espírito habita? Sim! Habitar é algo perene… é conviver a cada instante com Ele. Essa informação é confirmada através dos textos de João 14:15-17 e 26 (“… habita convosco, e estará em vós”); I Coríntios 3:16Efésios 2:22 e II Timóteo 1:14.
Acho que a maioria daqueles que está lendo este texto até aqui sabe muito bem o que deve fazer para receber o Espírito Santo, mas não me custa nada citar João 20:22Atos 1:8Atos 2:38Atos 8:15-17I Coríntios 6:19Gálatas 3:14… afinal, estes são métodos comprovados para “ganhar” este “presente” deixado para nós pelo próprio Jesus Cristo.
Um alerta! Há muita gente por aí pensando que está cheia do Espírito Santo e, na verdade, estão agindo exatamente contra o texto de Colossenses 2:8; esquecendo Romanos 8:4-11I Tessalonicenses 4:2-8I Timóteo 4:1-2 e Tiago 4:4-5; esperando e aceitando tudo o que está descrito em II Tessalonicenses 2:3-12… sequer se preocupando em aplicar I João 4:1-3 ou tentando observar o tipo de resultados da ação desse espírito dentro do previsto em Gálatas 5:19-23. Estes certamente não devem se agradar nem um pouco das coisas que tenho escrito nos últimos tempos. Não posso deixar de registrar que me entristeço ao encontrar tantos líderes agindo conforme I Timóteo 6:3-5II Timóteo 4:3-4 e se adequando cada vez mais às profecias de Isaías 56:8-12 e Ezequiel 34:1-10… são justamente esse líderes que mais gostam de usar as coisas “bentas” como, por exemplo, flores, lenços, água e, é claro, o óleo!
A única conclusão a qual posso chegar nesta primeira seção é:
UTILIZAR ÓLEO COM O OBJETIVO DE SANTIFICAR QUALQUER COISA
É NEGAR DIRETAMENTE O SACRIFÍCIO DE JESUS CRISTO NA CRUZ:
USE SUA ORAÇÃO E, COM MUITO CUIDADO, A IMPOSIÇÃO DE MÃOS.
Recomendo cuidado com a imposição de mãos baseado no texto de I Timóteo 5:22. Não saia por aí deixando que qualquer maluco coloque as mãos em sua cabeça… ainda mais se não souber verdadeiramente se o “vaso” tem rachaduras ou não!

UNÇÃO E ESPÍRITO SANTO

Ora, no Novo Testamento a palavra “unção” aparece apenas duas vezes: I João 2:20 e I João 2:27, sendo que em ambos os casos ela vem diretamente de Deus!
Já como verbo, devemos descartar a ação de Maria ao ungir os pés de Jesus Cristo, também chamada em Marcos 14:8 de “unção para sepultura”, cuja finalidade é meramente cosmética e aromática.
Da mesma forma se enquadra a recomendação de Mateus 6:17-18, cuja unção recomendada é pura e simplesmente estética. Mateus 6 versa bastante sobre a discrição de um verdadeiro servo ao fazer a obra: assim como devemos dar com a mão direita de forma que a esquerda não saiba (Mateus 6:3), no jejum não devemos aparentar o possível e real cansaço relativo à atividade, mas ungir a cabeça para que não pareça aos homens que se está jejuando (Mateus 6:17-18)! Ambas as recomendações visam extinguir a imagem “heróica” que muitos fazem questão absoluta de ostentar desde aquela época, esperando arrancar observações alheias como “viram o quanto ele doou?”, ou ainda “Ele é um santo! Vive de jejum!”… Deus, que vê em secreto, sabe ao que estou me referindo!
Já em Lucas 4:18Atos 4:26-27Atos 10:38II Coríntios 1:21-22 e Hebreus 1:9, podemos ver que a unção novamente veio diretamente de Deus! Nenhum homem unge nada nessas passagens e muito menos é feita referência a algum tipo de óleo real… ou será que eles fabricavam “óleo de alegria” naquela época e a receita se perdeu com o tempo?
Ora, fica claro que a unção a qual os versos acima estão se referindo é a ação do Espírito Santo! Ação esta que, tal qual no Antigo Testamento, causa resultados diversos (conforme podemos verificar em I Coríntios 12:4-12).
Então vão nos restar apenas duas passagens: Marcos 6:12-13 e Tiago 5:14-15. Vejam bem que em todo o Novo Testamento há apenas duas referências sobre unção com óleo… não seria esta quantidade ínfima para se estabelecer uma doutrina? Transcrevamos os textos para podermos analisá-los:
“E, saindo eles, pregavam que se arrependessem. E expulsavam demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam.” (Marcos 6:12-13)
“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor. E a oração de fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.” (Tiago 5:14-15)
A estes dois textos eu gostaria de acrescentar mais quatro outros:
“Tendo dito isto, cuspiu na terra, e com a saliva fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego. E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o Enviado). Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo.” (João 9:6-7)
“E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. E estavam todos unanimemente no alpendre de Salomão. Dos outros, porém, ninguém ousava ajuntar-se a eles; mas o povo tinha-os em grande estima. E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais. De sorte que transportavam os enfermos para as ruas, e os punham em leitos e em camilhas para que ao menos a sombra de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles. E até das cidades circunvizinhas concorria muita gente a Jerusalém, conduzindo enfermos e atormentados de espíritos imundos; os quais eram todos curados.” (Atos 5:12-16)
“E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias. De sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saiam.” (Atos 19:11-12)
“Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.” (I Pedro 4:10)
Ao contrário do batismo e da ceia, o óleo NÃO FOI DEIXADO COMO ORDENANÇA! Logo, não se deve tratá-lo como tal!
No livro de Marcos temos uma seqüência de ações independentes entre si: pregar, expulsar demônios, ungir enfermos com óleo e curar! Isso nos leva em uma primeira análise a descartar a expulsão de demônios com o auxílio do óleo… senão eles teriam necessariamente de pregar com óleo, o que não faria o menor sentido! Logo:
NÃO SE EXPULSA DEMÔNIO COM AUXÍLIO DE ÓLEO
EM LUGAR NENHUM DA BÍBLIA!
Continuando, nos resta o trecho final, onde “ungiam os enfermos” e “os curavam”.
Olhemos agora então para o texto do livro de Tiago, onde se afirma claramente que a oração de fé salvará o doente.
Isso me leva a refletir sobre as aplicações do óleo naquela época: já vimos que tal líquido era amplamente utilizado naquela época com vários objetivos. As passagens sobre a irmã de Lázaro ungindo os pés do Senhor e a unção pós-jejum nos mostram seu uso estético… e, para o que mais se usaria o óleo?
Hoje em dia temos as farmácias de manipulação, capazes de criar os medicamentos conforme minuciosas especificações médicas… e pude aprender uma importante lição ao observar seus produtos… não sei se vou me expressar nos termos corretos, mas todo o produto químico ativo (remédio) precisa de um “meio” para poder ser aplicado. O mundo moderno nos oferece diversas substâncias neutras passíveis de transportar o medicamento: creme, gel, água, gelatina… os princípios ativos são infundidos nesses materiais e vêm a se tornar os xampus, pomadas, etc.
Ora, sabemos claramente que naquela época a tecnologia não era algo tão admirável assim, certo? Ou será que vemos ainda hoje em dia alguém passando óleo na cabeça para ir a um culto ou a uma festa? É claro que não! As pessoas usam produtos perfumados e sem gordura…
Da mesma forma, podemos perceber que a maioria dos medicamentos se aperfeiçoou. Não se faz mais pasta de figos como se fazia em Isaías 38:21… muito menos se toma vinho para problemas estomacais, conforme recomendou Paulo em I Timóteo 5:23! Quem seria louco de passar óleo e vinho em uma ferida, conforme descrito em Isaías 1:6 ou Lucas 10:34? E olha que Lucas era médico…
Com o passar dos anos, o homem aprendeu a extrair as substâncias químicas mais importantes de cada produto para então fazer medicamentos mais eficazes e direcionados ao mal que se está combatendo.
Voltemos agora à partícula restante de Marcos 6:13 e vejamos os termos separadamente, primeiramente a partícula “os curavam”: será que Deus alguma vez já dependeu de algum método específico para curar alguém? Será que o criador dos céus e da terra precisa que sinalizemos com óleo para só então ele agir?
Acho que não… e cito os outros exemplos acima para provar que a graça soberana de Deus age dos meios mais insuspeitos e improváveis! Vejam só: cuspe com terra curando cegueira! Sombra e panos curando e expulsando demônios! Só mesmo a maravilhosa graça de Deus para realizar tais impossíveis!
Notem que os objetos citados por mim nunca foram, digamos assim, “preparados” espiritualmente: não imagino Pedro esticando as mãos para sua sombra e orando para que ela curasse àqueles por sobre quem passasse… muito menos Paulo benzia seus objetos de uso pessoal! Jesus então? Agiu num ato contínuo: abaixou, fez a laminha, passou no olho do cego e pronto… afinal Ele é Deus e faz o que quiser, na hora que quiser e do modo que quiser!!!
Então nos voltamos para os “cultuadores do óleo”, que o vêem como objeto sagrado e capaz de, por si só, operar milagres e expulsar demônios… quantas pessoas já não foram “ungidas” e nunca obtiveram resultado algum? E depois ou a culpa da falha recai sobre a “falta de fé” da pessoa ou então, pior ainda, a pessoa se sente enganada e perde a fé em Deus, por culpa desses supersticiosos cultuadores de amuletos…
Eu creio que as curas, tanto a citada em Marcos 6:13 quanto a de Tiago 5:14, são completamente independentes da unção com óleo… elas são fruto direto da ação divina! O óleo seria meramente a parte medicamentosa a ser cumprida. Mesmo hoje em dia vemos pessoas ingerindo os medicamentos atestadamente corretos para suas doenças e ainda assim não sendo curadas! Eu já vi isso acontecendo… e creio que muitos leitores também!
Logo, podemos concluir disso tudo:
MUITAS VEZES O REMÉDIO CORRETO NÃO CURA
MUITAS VEZES A ORAÇÃO NÃO CURA
… e isso ocorre conforme ocorreu com Paulo em II Coríntios 12:7-10. Ninguém sabe as intenções e motivos de Deus e nenhum homem é apto para julgá-lo! Nem sempre as coisas que nos parecem ruins estão fora da vontade de Deus. Vejamos os exemplos de Jó e aprendamos comRomanos 8:28. Não estou dizendo que é fácil… mas é o que nos diz a verdadeira e única palavra de Deus.
Finalmente podemos afirmar que:
O ÓLEO PODE SER USADO PARA CURAR TANTO QUANTO
CUSPE, LODO, UM PANO OU UMA SOMBRA!… OU NADA DISSO!
DEUS USA O QUE QUISER NA HORA QUE QUISER:
A GRAÇA NÃO PODE E NEM DEVE SER COLOCADA SOB UMA “FÓRMULA MÁGICA”!
Deus não costuma ficar se repetindo: não fez a vara de Moisés virar cobra duas vezes, não abriu o Mar Vermelho duas vezes, não derrubou as muralhas de Jericó duas vezes… Ele pode fazer tudo isso de novo a hora que quiser, mas não faz para que o homem não creia que há um método específico além da fé e do conhecimento da palavra… principalmente quando o assunto é a multiforme graça de Deus. Cabe a nós estarmos sensíveis ao mover do Espírito Santo.
Meu último apelo é para que fiquem atentos as profecias sobre os últimos tempos, descritas em Mateus 24:23-24II Tessalonicenses 2:9-10II Coríntios 11:14-15 e Apocalipse 13:3-4, 12-14… elas mostram claramente que não são bem os servos do Senhor que vão ficar fazendo sinais e prodígios no final dos tempos. Cuidado com os grandes milagres modernos!!!
… ou você acha que ainda não estamos vivendo os últimos dias?

LITERATURA CRISTÃ?! TENHA MUITO CUIDADO!

Minha busca pela santificação começou de uma forma bastante ordinária: eu li os livros da área de “batalha espiritual” no início de 2004. Não posso negar que tais obras me levaram a considerar mais seriamente a existência e a influência de um mundo espiritual ao meu redor… porém Deus aproveitou esse embalo e começou a lapidar minha vida: usando minha ânsia de conhecimento, Ele me trouxe a um estudo muito mais sério da própria Bíblia. Através disso eu tenho aprendido a verdade de Deus, que é muito mais chocante e impressionante que qualquer uma dessas obras cujo objetivo é alarmar o povo que “pensa ser de Deus” para a ação satânica nos dias de hoje. O único problema é que além de dar alguns “super poderes” ao demônio, estes autores (talvez não intencionalmente…) ensinam doutrinas que tenho descoberto ser contrárias ao texto bíblico dentro de seu contexto correto.
Vejamos, por exemplo, o que Rebecca Brown nos recomenda a partir da página 68 de seu livro, “Prepare-se Para a Guerra” (Editora Danprewan), sob o título “Permanecendo Inabalável Contra a Opressão Demoníaca”:
Eis aqui algumas coisas que você pode fazer para permanecer firme em meio à tempestade. Nós, que somos cristãos, devemos nos lembrar que é nossa a responsabilidade de ajudar essas pessoas suportarem suas cargas!
1. Unja sua casa.
O Senhor ensinou-me este princípio logo no início do nosso ministério. Elaine e eu suportamos, por meses, opressão interminável tanto de demônios como de espíritos humanos em projeção astral. De noite, tão logo adormecíamos, éramos arrancadas da cama e atiradas ao chão por espíritos invisíveis. Objetos apareciam e desapareciam de minha casa. Móveis e outros objetos eram arremessados no ar por forças invisíveis, e assim por diante. Exausta, uma noite eu clamei ao Senhor em desespero. "Pai, por favor, o que podemos fazer? Parece que a minha casa está escancarada para qualquer espírito maligno que queira entrar. Tu sabes como estes espíritos estão nos incomodando. Eu não posso suportar mais isto!"
Neste ponto o Espírito Santo encheu a minha mente com a narrativa do cordeiro pascal em Êxodo, capítulo 12. Então ele disse: “Desde a morte de Jesus, não há mais sacrifícios de sangue. Então, o que você diria que é o equivalente do sangue hoje?”
“O óleo?” eu perguntei.
“Está correto”.
Então o Senhor também recordou-me do trecho em Êxodo capítulo 40, onde ele havia instruído Moisés a usar o óleo da unção:
“E tomarás o óleo da unção e ingiras o tabernáculo, e tudo o que nele está, e o consagrarás com todos os seus pertences, e será santo.” Êxodo 40:9
Enquanto eu meditava nestas palavras, o Senhor mostrou-me que eu deveria pegar óleo e ungir a minha casa, e santificá-la a Ele. Assim, eu peguei o óleo que tinha à mão (óleo de cozinha) e coloquei um pouco sobre as molduras de todas as portas, sobre as próprias portas, e em cada janela, na lareira, e em todas as outras aberturas que davam acesso à casa. Tendo feito isso, pedi ao Senhor para fazer meu lar santo a Ele, e para selá-lo com um escudo do seu precioso sangue. Então, deixando as portas abertas, voltei para dentro da casa, fiquei parada de pé no meio, e pedi ao Senhor para limpá-la e pôr para fora todos os espíritos humanos. Então ordenei a todos os espíritos demoníacos, no nome de Jesus Cristo, que deixassem a minha casa para sempre. A mudança foi imediata e dramática. Minha casa foi selada e nenhum espírito humano ou demoníaco podia entrar deste momento em diante. (Nota: pedi ao Senhor para pôr os espíritos humanos para fora de minha casa, pois nós não temos, sobre espíritos humanos, a mesma autoridade que temos sobre os espíritos demoníacos).
Na primeira parte desse estudo creio que pude deixar bem claro que quem santifica as coisas é somente Jesus Cristo através de sua unção, a saber: o espírito Santo que habita em nós… logo essa doutrina apresentada acima somente serve para escravizar as pessoas a um costume da Velha Lei. E saibam que, após ler esse trecho, permaneci crendo nisso até a bem pouco tempo atrás! Não zombem de mim, pois eu desconhecia que estava sob forte influência da opressão rejudaizante moderna!
Agora, ao revisar estas palavras, eu vejo que essa mulher então não devia confiar muito no sacrifício de Cristo na cruz e no poder que herdamos d’Ele ao aceitá-lo como Senhor e Salvador de nossas vidas. Ao ver as atitudes que tomou, percebo que ela desconhece o texto de Hebreus 10:1-23… nada de símbolos, nada de amuletos, só a santificação obtida através do sacrifício definitivo de Jesus Cristo! Quem precisa de símbolos certamente não crê no poder infinito e invisível de Deus!
Não segui em frente na revisão… mas percebi que esta autora se utiliza de muitos “rituais”, paralelos e equivalentes a algumas ações ocultistas. Passei então considerar as lições aprendidas nesse livro dignas de reavaliação total e, por enquanto, tirei os livros dessa autora de minha estante, deixando-os na gaveta onde estão Rick Warren e Ana Méndez
Outro autor, ao qual (errônea e infelizmente) fiz recente referência positiva, também incentiva o uso do óleo de unção e afirma em seus livros que os satanistas temem sua utilização (somente de feito exatamente conforme Deuteronômio 30:22-25) por ser uma espécie de “isolante” para o poder que flui através de seus “portais”… comecei a achar que essa referência deve ter sido uma espécie de “piada” que os satanistas armaram para que ele acreditasse e divulgasse nos meios evangélicos. Eles devem morrer de rir quando os crentes começassem a passar “óleo de unção” em tudo que é lugar e gente…
Volto a repetir: além da ceia e do batismo, Jesus Cristo não ordenou nada além da fé, do louvor e do estudo da palavra! Nem mesmo mencionou o óleo como objeto de efeito no mundo espiritual! A Bíblia não incentiva a utilização de amuletos em parte alguma, principalmente porque estes serviriam apenas para desviar a fé de seu único objeto direto: Deus!
Aí começo a me lembrar das histórias absurdas que se ouvem no meio evangélico: gente que alugou um helicóptero para ungir sua cidade, outros alugaram avião para ungir o país, outros ainda vão ungir o sambódromo (para que naquele local aja uma transformação e se torne um local de adoração ao Senhor)… e quem faz isso não é qualquer “irmãozinho” não: são bispos, “apóstolos” e “apóstolas”!!!
Meu Deus! Se a própria Bíblia está dizendo que em hipótese alguma deixará de se cumprir, como podem essas pessoas famosas agir em total discordância com a palavra de Deus? Como podem haver tantos líderes levando um rebanho tão imenso para um caminho afastado da verdade perfeita de Deus, fazendo com que creiam em meras fábulas profanas?
Amados, não apresento este estudo como objeto de destruição… espero que sirva somente para edificação daqueles que buscam a verdade através da única e perfeita palavra de Deus. Não viso auferir lucros através destes textos, porém o Senhor tem me incomodado para que eu inicie a preparação de palestras. Não sei que igreja seria capaz de convidar um homem e sua equipe se souber que vão ser derrubados, diante de estudos 100% bíblicos, tradições como o dízimo ou modernidades como “os propósitos”? Admito que já cheguei a imaginar meu ministério acontecendo nas praças… e, se está for a vontade confirmada de Deus para minha vida, não posso fazer nada além de cumprir!
Como sempre, me coloco à disposição de críticas, refutações (com base bíblica!) e comentários. Por favor, sua observação pode ajudar em minha edificação pessoal! Sou um simples homem e, ao contrário do Papa e de muitos pastores, admito ser passível de erros: nunca vou e nem posso me envergonhar de ser corrigido pela palavra de Deus!
Orem por mim e por meu pleno restabelecimento, pois ainda não estou completamente cicatrizado.
“Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos venho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebeste, seja anátema.” (Gálatas 1:6-9)
Que Deus nos abençoe a todos.

Teophilo Noturno

2 comentários:

  1. Esse ótimo texto deveria ser enviado para essas pessoas que andam por ai tomando banho ou banhando alguém com óleo e se achando ungidos.

    Luís

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  2. 1 - achei o artigo muito comprido, recomendo que procure ser mais sucinto.

    2 - sinceramente, fico ofendido com o desprezo pelo uso do óleo. Digo ainda mais: é um pensamento materialista o pensamento da oposição ao seu uso, assim como é materialista achar que o óleo em si é a fonte da cura.

    Ora, o oléo tem muita base bíblia, tem no velho testamento como lei, e no novo como recomendação SIM. Não é "muito pouco para formar uma verdade bíblica", uma afirmação não precisa ser repetida dez vezes para virar doutrina, e vice-versa. Esse mecanismo de busca do que é doutrina ou não é falacioso.

    Porém quer queira quer não há referencia ao óleo e seu uso no novo testamento. O objeto ser material não muda o fato de que Deus o consagrou para isso, e portanto não cabe a você retirar essa consagração sem base bíblica.

    Sim, Deus pode usar o que quiser, lama, até mesmo, porém nunca instruiu que se usasse lama.

    O oleo em si não precisa ter poder. Quem tem é Deus, mas a honra dos métodos Dele é importante. Lembre-se do rei que aconselhado por Eliseu ficou com preguiça de levar o uso de um ato fisico (atirar flechas) a sério.

    O óleo tem relativamente pouco poder medicinal em si mesmo, mas se Deus assim o quiser, tem muito.

    Porém, o óleo tem um valor simbólico, e seu simbolo deve ser honrado. O óleo é santo e pergumado, e portanto nos lembra do espírito santo.

    Quando eu estive doente certa vez Deus mandou ungir-me com óleo se bem me lembro. Já houve outras ocasiões.
    Que bom que você não disse que o Senhor falou a você, e que você crê ser o espírito santo mas basendo-se no seu entendimento e não em revelação. Porque eu tb tenho o apoio de revelação dita a uma pessoa em quem confio de que Deus a mandou ungir pessoas certa vez.

    Assim o sendo, tanto a experiencia, quanto a bíblia apóiam o uso, e apenas um raciocinio incomodado com o uso de objetos materiais (que Deus pode porém usar, como o pão e vinho da santa ceia, batismo em aguas, capa de discipulo, ou mesmo arca da aliança ou serpente de bronze) para achar que não pode, pelo que vi.

    Não estou nem mesmo mandando você ungir com óleo, mas estou criticando sua critica.
    Que Deus te abençoe.

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