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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

6 de fevereiro de 2012

Jesus teve irmãos ?

Jesus teve irmãos?

De pronto, alguns dirão: “É claro que sim”; outros dirão: “É lógico que não”; e alguns, quem sabe, dirão: “Não tenho a menor ideia”. Hoje ouvi um estudo bíblico e o dirigente, que anuncia a palavra de Deus em rede nacional, afirmou categoricamente que Jesus era filho único de Maria. Como eu já havia estudado anteriormente, sabia que Jesus é, sim, filho unigênito de Deus, mas não de Maria. Pesquisando um pouco mais, achei este ótimo comentário do evangelista americano Gary Fischer.

De acordo com a Bíblia, Jesus teve quatro irmãos – Tiago, José, Simão e Judas – e também algumas irmãs (Mt. 12:46-50 e 13:55-56; Jo. 2:12 e 7:3-10; At. 1:14; 1 Co. 9:5; e Gl. 1:19). Por causa do mito de que Maria foi uma virgem perpétua, foi inventada a teoria de que esses irmãos de Jesus eram, de fato, apenas primos. Esta explicação é conveniente, mas contrária à evidência.

A palavra “irmão” é usada 346 vezes no Novo Testamento e nunca significa “primo”. Havia uma palavra para primo, usada em Cl. 4:10, mas não é a que foi empregada nos textos acima. É verdade que “irmão” é usado para a irmandade espiritual, mas, todas as vezes que esse termo é empregado no Novo Testamento para uma relação de família física, ele significa simplesmente irmão. Se irmão significasse primo, em Lc. 8:19-21 Jesus estaria dizendo que sua mãe e seus “primos” eram aqueles que ouvem a palavra e a cumprem.

Toda essa controvérsia é reflexo de uma tendência a dar a Maria uma honra indevida. Muitos pensam que Maria tinha e ainda tem uma influência especial sobre Jesus e que ela pode ser uma mediadora entre nós e Ele. Mas veja quantas vezes, na Bíblia, Jesus mostrou que Maria não tinha uma capacidade especial para persuadi-lo:
1. Quando foi dito a Jesus que sua mãe e irmãos o estavam procurando, ele respondeu que considerava como sua mãe e irmãos verdadeiros aqueles que obedecem a Deus (Mt. 12:46-50; Mc. 3:31-35; e Lc. 8:19-21).
2. Quando a mãe de Jesus sugeriu que a falta de vinho na festa de casamento em Caná seria uma boa hora para declarar-se o Messias, ele recusou sua sugestão dizendo: “Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora” (Jo. 2:4).
3. Quando uma mulher na multidão disse a Jesus “Bem-aventurada aquela que te concebeu e os seios que te amamentaram”, Jesus respondeu: “Antes bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam” (Lc. 11:27-28).

Paulo concluiu, em 1 Tm. 2:5, que há “um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus”.

Maria parece ter sido uma boa mulher, uma discípula fiel (At. 1:14). Mas não tinha nenhum poder especial para persuadir Jesus e não foi uma virgem perpétua (veja também Mt. 1:25 e Lc. 2:7). Jesus foi criado em uma família com mãe, irmãos e irmãs (Mc. 6:3).

Você pode estar pensando: “Ah, eu já sabia” e blá, blá, blá. Mas, se você parar as pessoas na rua, vai ver que muita gente não tem noção disso. Parece coisa boba, mas quantas vezes proferimos nossa fé de boca cheia e perecemos por falta de conhecimento da palavra. Para espalhar as boas novas, devemos estar preparados, e não apenas repetir o que ouvimos por aí. Afiar a espada é necessário!

Shalom!

Por Carla Stracke Pimentel

1 comentários:

  1. Excelente post!!

    De fato, Maria tem sua importância na história, mas não a ponto de ser glorificada. Ela era uma serva fiel a Deus e assim, como nós cristãos, foi usada como instrumento nas mãos do Pai.

    Que a nossa curiosidade e a nossa responsabilidade cristã nos leve a conhecer mais e mais a Palavra de Deus para que não haja interpretações equivocadas.

    A Paz!

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