24 de outubro de 2009
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O seu pastor é ético?
O portal Elnet formulou uma pesquisa cujo título era: “O seu pastor é ético?” 5008 pessoas participaram da pesquisa que trouxe o seguinte resultado:
Não tenho como avaliar – 4.4 %
Sim, em todas as atividades da igreja – 22.3 %
Sim, em apenas algumas atividades da igreja – 34.1 %
Não, ele é completamente antiético – 1.7 %
Não, porque ele transparece falta de ética em algumas atividades – 37.6 %
O resultado desta pesquisa deixou-me angustiado, até porque, parte-se pelo pressuposto que pastores que conduzem o rebanho de Cristo deveriam ser honestos, no entanto o que percebemos é que alguns destes líderes são considerados pelo povo de Deus como pessoas sem nenhuma ética.
Há pouco tempo, ouvi a história de um crente que ao ser reprovado no exame de uma auto-escola, recebeu a proposta por parte do examinador de pagar por fora R$ 50, 00, a fim de que o exame fosse refeito. Tal “irmão” sem titubeios prontamente aceitou, dizendo ser aquilo a uma grande benção de Deus, afinal de contas o que importa é não perder.
Diante deste triste relato sou obrigado a lhe perguntar: Será que os fins justificam os meios? Será que devemos dar um “jeitinho” em tudo para atingirmos os nossos objetivos? Será que sempre tenho que ganhar alguma coisa? Ora, claro que não. Entretanto, essa sociedade encontra-se tão adoecida, que práticas como esta, se entranharam em nossos hábitos e costumes, fazendo-nos achar que não existe nenhum mal em subornar alguém. Junta-se a isso o fato de que as relações interpessoais são egoístas, manipuladores e utilitárias. Na verdade, parece que vivemos debaixo de uma síndrome, onde o que é importa é prevalecer sobre o outro, independente de que pra isso precisemos atropelar conceitos, princípios e vidas.
Ora, neste tupiniquim país, percebe-se a olhos vistos que o número daqueles que se consideram evangélicos é a cada dia mais elevado. Entretanto, sou obrigado a confessar que boa parte destes que freqüentam ou dirigem os nossos cultos não tiveram uma genuína experiência de conversão. Na verdade, tais pessoas, movidas por um misticismo exacerbado, além de uma fé fundamentada no hedonismo, procuram em Deus as bênçãos que tanto necessitam, pregando um Cristo serviçal onde o que interessa é satisfazer suas necessidades pessoais.
Infelizmente em alguns lugares deste imenso país ser crente virou moda. Isto porque, artistas, modelos e jogadores de futebol, além de socialites e emergentes, descobriram na fé cristã um tipo de amuleto pelo qual podem ser protegidos da inveja e do mal. Infelizmente, disciplina, oração e santidade não fazem parte da práxis de vida de muitos, aliás, para estes, Deus não passa de um galardoador, ou interventor, o qual mediante as orações determinantes submete-se a vontade de seus filhos atendendo todos os seus “decretos” instantaneamente.
Como afirma J.I Packer, a igreja necessita urgentemente recuperar a visão correta da vocação pastoral. Além disso é também indispensável que entendamos que Cristo fez dos pastores guias espirituais, homens qualificados por Ele, capazes de conduzir o rebanho sedento de pastores-pastores, que, com amor e compaixão, consagraram seu tempo para ouvir o clamor de almas cansadas, aflitas, ovelhas que estão em busca de orientação espiritual e transformação.
Pense nisso!
Renato Vargens
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