"O arcebispo da Suécia anuncia decisão da Igreja Luterana"
A Igreja Luterana da Suécia - a maior do país - deve começar a realizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo a partir do mês que vem.
Cerca de 70% dos 250 membros do sínodo da igreja votaram a favor da medida, tornando-a uma das primeiras grandes igrejas do mundo a permitir o casamento gay.
O governo da Suécia aprovou uma nova lei em maio garantindo a casais homossexuais os mesmos direitos concedidos a casais heterossexuais.
Cerca de três quartos dos suecos são membros da Igreja Luterana, apesar de o número de praticantes ser relativamente baixo.
A Igreja Luterana diz que a partir de novembro qualquer um de seus pastores poderá celebrar casamentos entre homossexuais.
Pastores individuais não serão "forçados" a celebrar os casamentos gays, mas poderão ser substituídos para as cerimônias caso se recusem.
Apoio
A igreja, que até 2000 estava sob o controle do Estado, apoiou a decisão do governo de legalizar os casamentos gays em maio.
Mas alguns líderes religiosos defenderam que as cerimônias da igreja e o termo matrimônio sejam reservados às uniões heterossexuais.
Outros se opuseram à nova lei argumentando que ela seria contrária às escrituras religiosas.
"De minha parte, acho que a decisão correta foi tomada, mas tenho empatia com os muitos que acreditam que isso foi longe demais", afirmou o arcebispo da Suécia, Anders Wejryd.
O principal grupo gay do país, a Federação Sueca dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros, elogiou a decisão da Igreja Luterana.
"Nós congratulamos a Igreja da Suécia por sua decisão. Os membros homossexuais e bissexuais da Igreja finalmente poderão se sentir um pouco mais acolhidos pela sociedade", afirmou o grupo num comunicado.
A Suécia foi um dos primeiros países a dar aos casais homossexuais direitos para "parcerias civis", em meados dos anos 1990, e a permitir que casais homossexuais adotassem crianças, a partir de 2002.
Com a lei aprovada em maio, a Suécia se tornou o quinto país europeu a reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo, depois da Holanda, da Bélgica, da Espanha e da Noruega.
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Colaboração: Patricia steikofp
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