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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

29 de janeiro de 2010

Porque não quero uma igreja de vencedores?


Antes de você ler este artigo, algumas ponderações merecem ser feitas. Inicialmente quero delimitar o presente artigo, pois o mesmo se diferencia na sua forma estrutural dos demais artigos que costumeiramente escrevo. A intenção deste é construir um texto-desabafo. Por esta razão optei em escrevê-lo na primeira pessoa do singular, pincelando experiências pessoais e linkando a uma reflexão pesarosamente crítica. Sei, portanto, que não serei bem visto por alguns companheiros de ministério que notoriamente são adeptos do que combaterei nas linhas que se seguem. Contudo, me uno neste artigo com intento de estimular os cristãos que informalmente encontro pela jornada cristã que igualmente a mim percebem que há algo de errado no rumo que a igreja brasileira está seguindo.


Torna-se imperativo e é oportunamente válido destacar com letras garrafais que o problema não é a Igreja, mas sim as igrejas. É verdadeiro postular que os fundamentos deixados por Cristo e subseqüentemente preservados pelos apóstolos não são ultrapassados e muito menos ineficazes para a igreja da atualidade. Entretanto, o que me deixa profundamente decepcionado é perceber que inúmeras igrejas estão edificando propositalmente outra Pedra Angular para a Igreja e assim intencionalmente desfocando a esperança cristã dos recônditos eclesiais. Gente esta, que de forma voluntária tentam banalizar a obra da cruz, se esquecendo que a maior vitória que nós podemos ter nesta vida já foi suficientemente conquista por Cristo no Gólgota, a nossa salvação. Deste modo, em defesa da Igreja, que tanto amo e sirvo, declaro: “não quero uma igreja de vencedores!”

A máxima busca por uma igreja de vencedores tem sido compartilhada pelas diversas denominações evangélicas, e das mais diversificadas linhas teológicas. E por mais distinto que seja o mundo evangelical, uma máxima me parece estar sendo comum, e não seria exagero afirmar que até se tornou um clichê do evangeliquês pós-moderno. Estou me referindo a tão aclamada vitória que é vivificada nas bocas dos líderes que a engordurando de positivismo afirmam: “você nasceu para vencer”, ou se apresenta no costumeiro: “hoje a sua vitória vai chegar”, ou então o clássico: “você não vai sair daqui sem sua vitória”. Estes se esquecem que a função básica da igreja é reconciliar o homem com Deus, sendo, portanto, fundamental que a Eclésia prime por modelar os neófitos ao caráter de Cristo, não viciá-los em vitória.

O meu constrangimento surge da intenção de descobrir as razões do porque e o que queremos tanto vencer. E mais instigante ainda, o que seria, então, vencer? Na tentativa de responder a tais questionamentos temos que “cavucar” um pouco mais nos calabouços das igrejas. Inicialmente acredito que uma das principais causas de encontrar algumas igrejas fanáticas por vitória e não mais encantada com a simplicidade das boas novas de Cristo Jesus se justifica pela secularizada literatura cristã sobre o tema liderança. Literatura esta que se caracteriza mais como auto-ajuda motivacional do que necessariamente bases cristãs para a liderança. Fica claro que o modelo de simplicidade, humildade e espiritualidade estampado na pessoa de Cristo não é mais o predileto das mega palestras. Portanto, este tipo de igreja de vencedores eu não quero!

Na “crista da onda” deste turbilhão de desconstrução bíblica acerca da liderança está o famoso e aclamado autor John Maxwell que axiomaticamente não escreve livros sobre o assunto liderança pensando em modelos de igrejas, mas sim em gestão empresarial. Desde antes de meus tempos de estudante de teologia até a presente era os livros de Maxwel ditam o que é um líder vitorioso. E posso afirmar com toda segurança de que não é este o modelo que deveríamos estar ministrando em nossas igrejas, pois não contempla a espiritualidade e nem a dependência em Deus, mas concentra-se na força de vontade e na determinação humana. Aqui, vencer é conseqüência da capacidade de influenciar pessoas. Portanto, este tipo de igreja de vencedores eu não quero!

Outro fator que tem colaborado substancialmente para que algumas igrejas evangélicas prefiram pregar vitória ao invés da mensagem do Carpinteiro Jesus se dá, pelo triste fato, de que as massas só estão buscando Cristo para resolver os seus problemas pessoais. Logo, fala-se tanto de vitória nos púlpitos, pois as pessoas estão tão preocupadas em como resolver as dificuldades causadas pelas más escolhas que intencionalmente fizeram ao longo da vida. Estes fanáticos por vitória não conseguem entender que estar na igreja é assumir uma nova identidade, é viver como peregrino nesta terra e é desejar ardentemente a pátria superior. Não podemos aceitar a liturgia dos cultos se tornarem completamente antropocêntrica, visando somente o homeopático alivio do homem nesta terra. Portanto, este tipo de igreja de vencedores eu não quero!
Caminhando quase que ainda na mesma linha de pensamento, é oportuno ponderar sobre as descristianizadas músicas do ramo gospel que insistem no tom do vencer. Encabeçando esta frenética busca pela vitória e embalada pelos melancólicos acordes podemos destacar a música de Jamily, intitulada: “conquistando o impossível”. Este é o tipo de música que representa com exatidão a vitória que o público evangélico está buscando: “Acredite é hora de vencer, essa força vem de dentro de você (...) nossos sonhos, a gente é quem constrói...”. De repente, quase que sem sentido, aparece a palavra Deus no meio da música, como que em um suspiro de consciência religiosa. No entanto, fica notória que a cantada proposta de vitória centraliza-se na iniciativa humana. Portanto, este tipo de igreja de vencedores eu não quero!
Os cultos dominicais, momento este que limitadamente resume a fé de muitos, ali mais uma destorcida razão de vitória nos solta aos olhos. Estou me referindo a tão desejada “numerolatria” – neurose e paixão obsessiva por crescimento numérico. Por motivo de profissão e ministério sempre convivo com pastores e líderes evangélicos e neste ciclo já me acostumei com a pergunta: “quantos membros tem sua igreja?”. Ao que parece é isto que determina hoje se uma igreja é vitoriosa e bem sucedida. Ensinaram-nos a mensurar a obra de Deus pela quantidade de simpatizantes. Portanto, os membros se tornam clientes e a igreja uma grande loja de conveniência, daí a relação está estabelecida, afague o cliente que ele voltará outras vezes, e quase sempre trará mais outro cliente-membro. Sendo assim, a igreja consegue reunir grande quantidade de pessoas não pelo poder de transformação do evangelho, mas sim pela capacidade de entreter e satisfazer. Portanto, este tipo de igreja de vencedores eu não quero!
Há ainda algo que me incomoda muito mais nesta busca por construir uma igreja de vencedores. Um insight que me vem a mente é que o princípio básico para que haja vencedores é que igualmente haja perdedores. E se, ao que parece como descrito nas linhas acima, a vitória se resume a conquistas humanas, os perdedores também nesta relação serão humanos. Tal alínea é antagônico ao apóstolo Paulo, que afirma: “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” – Efésios 6:12. Esta vitória que produz perdedores não é a maneira bíblica de vencer. Portanto, este tipo de igreja de vencedores eu não quero!
Por fim, não quero uma igreja de vencedores, pois estes insistem em ensinar que quem congrega nestas igrejas nunca fracassam a não ser que tenham dado brecha para o maligno ou por incapacidade de fé. O fracasso não é bom, disto tenho plena convicção. Contudo, não posso negligenciar o fator pedagógico presente no “não vencer”. O fracasso tem uma função didática de fundamental importância, pois prova o caráter e solidifica convicções. Gente que só sabe vencer não aprende a perder, daí quando este fatídico dia chega, os “vencedores” apelam (leia-se, abandonam a fé). Por isto o escritor de Eclesiastes afirmou: “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração.” – Eclesiastes 7:2.
Qualquer tipo de vencer que constrói seu júbilo sobre as cinzas dos outros não merece receber a coroa de vencedor. Qualquer vitória que não seja banhada pela pessoa de Jesus Cristo deve ser refugada pela cristandade. Qualquer sucesso que se centraliza na força humana não deve ocupar lugar na espiritualidade evangelical. Creio que todos querem ser vitoriosos, e a bem da verdade esta é uma atitude nobre. Entretanto, o que deve ser questionado é que tipos de vitória estão pregando em nossos púlpitos. Por fim, reafirmo que meu mais profundo anelo é vencer, em todos os aspectos da minha vida, mas não seguindo estes preceitos pregados pelas “igrejas vencedoras”.

Que Deus nos abençoe!

Fonte: Que post de Evangelho é esse?

Como se corrompe um ser.

Dedicado a Samuel Ferreira e outros falsos profetas desta nação que enganam nosso povo.


Esdras Gregório


Existiu um rapaz em que no tempo que começou a descobrir os prazeres do mundo, a religião invadiu o seu ser, incendiou a sua alma. Que felicidade! Agora a sua vida tinha um novo sentido e ele não mais precisava buscar nas efêmeras alegrias o consolo de viver num mundo tão contrario e invencível aos nossos desejos e planos de vida.


Entretanto saciando a sua alma, o seu corpo ficava vazio! E a sua carne pedia o seu tributo, queria ela também ser saciada. Daí que uma das primeiras coisas que “lhe ensinaram” era para que ele matasse a sua velha natureza e lutasse contra os desejos da sua carne. Que luta! Que agonia! Descobriu que dentro de si mesmo existia uma guerra que o impedia de ser completamente feliz.

Mas como sempre a religião tinha a solução, pois “lhe ensinaram” que era somente buscar as coisas do espírito para que as coisas do mundo perdessem o seu poder sobre ele. Foi então que ele descobriu um novo prazer: ensinar os preceitos da religião. Pois sendo a vida resumida na fuga da dor e na busca do prazer, ele agora substituía o prazer das coisas do mundo pelo prazer das coisas do espírito.

No entanto, de tempos em tempos, seus antigos grilhões vinham lhe ferroar a carne. Pois quanto mais ele lutava contra a carne, mais esta insatisfeita lhe afligia a alma. Na sua luta, seguia os ensinamentos da religião e se dedicava ao espiritual. Já não queria somente vencer carne, mas buscava no espiritual um prazer mundano, como aquele de que tinha se privado na carne.

E deste modo ele se fortalecia nas coisas do espírito. E quanto mais ele lutava e se dedicava mais se destacava e mais instruído e importante ficava no meio das pessoas da sua religião. E foi assim, contraditoriamente, intensificando suas tentações na mesma medida em que ia se aprofundando nos mistérios da religião. Tornando se cada vez mais forte na resistência dos venenos sofisticados que tentavam mortificar sua carne.

Um dia se viu sacerdote da religião e viu fugir de si mesmo toda pureza e simplicidade que tinha e que o levaram ao lugar e ao poder que agora possuía. Não via mais as coisas como antes, percebera que tudo que era atribuído a religião tinha a sua simples explicação nos acontecimentos desta vida. Só que agora não podia mais mudar as coisas, pois tinha construído um império, que lhe dava seu imenso prazer e sentido de existir.

Estando com a sua religiosidade satisfeita, bateu na porta o desejo da carne faminta em um momento onde ele não somente estava exausto de lutar como também não mais acreditava em quase tudo em que via. Ai então que desencadearam sobre ele uma espécie de desejo de satisfazer todos os desejos reprimidos ou mal satisfeitos de sua juventude.



Só que tudo isso lhe custava dinheiro, daí que não acreditando em mais nada, pois estava frustrado por seguir os ensinos da religião que não o livrara da carne, ele começou a ensinar para o povo aquilo que o povo de queria ouvir. E assim lhe trouxeram aos seus pés (literalmente) todo dinheiro que ele precisava não somente para manter seu império como também para satisfazer sua luxuria.


Fonte: Genizah

A Cruz que os pregadores modernos carregam - Paul Washer

Você é da igreja de Jesus?

Puerta al cielo


"[...]edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;"  (Mateus 16 : 18)

A palavra "igreja"(no grego, ekklesia) não foi inventada por Jesus, ela já era usada antes e significava apenas um ajuntamento de pessoas, um grupo.

Não era uma palavra "sagrada".

Quando Jesus fala em "minha igreja" ele apenas está falando de "meu grupo"(note que no evangelhos aparecem poucos lugares onde ele mesmo use esse termo).

O grupo de Jesus é um só, ainda que espalhado pelo mundo inteiro nos mais diversos grupos.

Uma igreja evangélica, por exemplo, é um grupo, mas nem todos que fazem parte dela(talvez até nenhum) é da igreja de Cristo.

Diante disso podem concluir que:

  • Mesmo uma pessoa que não se reúna regularmente em algum grupo que se denomine "evangélico" ou "cristão" ainda assim ela pode ser parte do grupo de Jesus.
  • Não há como alguém ser de Deus e não ser da igreja de Deus.
  • Desviado é apenas aquele que se afasta de Deus, não alguém que se afaste de um grupo ou então que decida não frequentar mais grupo algum.
  • Trocar de um grupo para outro não altera em nada o fato de eu estar no grupo de Cristo.
  • A igreja de Jesus nunca acabará, as igrejas podem acabar.
  • O mais importante não é "procurar a igreja evangélica mais próxima de sua casa" e sim procurar a Cristo e assim,automaticamente, se tornar parte de Sua igreja.

Você faz parte da igreja de Jesus ou só de uma igreja qualquer?


Fonte: Blog do Roberto Soares

Realidades Alternativas


Sou uma pessoa que gosta muito de ficção científica. Na verdade, sou um nerd, mesmo. Sei toda a cronologia de Star Trek, não admito que chamem Spock de “doutor”, pois no seriado antigo o tratamento dado era “senhor Spock”, sei a diferença entre vulcanos e romulanos, sei quem são os Maqui e sei que a maior ameaça à Federação não são os borgs, e sim o Dominion. Com certeza, papo de nerd.

Ultimamente setores da ciência, em especial a física, têm esbarrado nas fronteiras da ficção científica. Um exemplo: há teses defendendo a existência de realidades alternativas, ou seja, dimensões paralelas onde há uma cópia de tudo o que há em nossa realidade, mas com diferenças sutis. Então, caso isso se comprove (ainda está no campo da hipótese), há uma realidade em que há um Rodrigo magro; em outra, um Rodrigo flamenguista; talvez um Rodrigo bom em matemática; e por aí vai.

O Reino de Deus é uma boa aplicação do conceito de “realidade alternativa”. O Reino não é deste mundo, prega valores completamente diferentes dos daqui, há metas e alvos específicos, que só servem de zombaria e escárnio de acordo com os padrões vigentes. Ora, essa história de alguém abrir mão de tudo em nome de um Deus que não vê e resolve partir para a África, a Ásia, ou mesmo o Haiti pregando a Palavra desse mesmo Deus invisível só pode ser coisa de gente lunática. Ou de gente convicta.

Mas fico cá pensando se, à parte do Reino, não vivemos também uma terceira realidade alternativa, ou seja, é uma realidade alternativa à alternativa (espero não ter sido confuso…), mas que teima em se afirmar diferente da realidade palpável do mundo. Vivemos nessa terceira realidade através de uma religiosidade cada vez mais esquisita. Uma religiosidade que prega o ódio, a intolerância, o preconceito. Que considera a ganância um dom espiritual e a soberba, uma característica ministerial. Mas que também prega a tolerância irrestrita com tudo e com todos, aceitando as mais aberrantes posições e condutas, chamando o pecado de “erro”, “falha”, mas nunca por seu nome real. Uma religiosidade que avacalha com o catolicismo, mas lhe toma emprestado o culto aos santos e a estrutura eclesial hierarquizada. Que afirma que o terremoto no Haiti é fruto de macumba, esquecendo-se de dizer que não houve terremotos na Bahia, Estado brasileiro onde as religiões afro são fortes e bem conhecidas de todos. Uma religiosidade que afirma que Deus não sabia previamente dos acontecimentos do tsunami, mas que recusa-se a ser instrumento da presença de Deus nas vidas de gente que sofre tsunamis de miséria, rejeição e injustiça em nosso país. Uma religiosidade que olha com microscópio eletrônico cada palavra, ato ou pensamento seu para ver se corresponde aos seus próprios conceitos pré-concebidos, se esquecendo de agir com a misericórdia do Crucificado. Uma religiosidade que explode, com palavras, a instituição religiosa para, no momento seguinte, se aproveitar dela.

Sim, parece enredo de ficção científica, mas é a realidade. O que me mantém em pé é saber que essa realidade vai esmaecer, até virar uma simples penumbra, quando vai eclodir a verdadeira realidade do Crucificado. Até lá, vamos continuar em nossa batalha, buscando mais pessoas para despertarem dessa realidade alternativa nefasta, oferecendo-lhes a pílula vermelha do sangue de Cristo, que nos liberta e nos abre os olhos.

Recebi por email, conferi, li e gostei.

Veio daqui.

Postado por Alan orenegado

Religião dominante no Haiti, vodu mistura elementos cristãos e crenças africanas


Religião foi oficializada pelo governo e é praticada nacionalmente. Rituais lembram a umbanda e o candomblé brasileiros.

Em meio à situação de catástrofe humanitária vivida pelos haitianos após o terremoto que devastou o país no dia 12 deste mês, o cônsul do Haiti em São Paulo foi pego numa declaração dizendo que toda aquela tragédia era culpa de uma 'maldição' feita 'pelos africanos que moram lá'. Tentando associar a 'maldição' à 'macumba', George Samuel Antoine quis dizer basicamente que o terremoto foi culpa do vodu – religião amplamente praticada pelos cidadãos do país.

No dia seguinte, o cônsul pediu desculpas pelos comentários – ele ainda disse que a 'desgraça de lá' estava sendo 'boa pra gente aqui'. Mas o "flagra", segundo analistas entrevistados pelo G1, mostra um preconceito que há muitos anos domina a elite ocidental de maneira geral: a visão de que o vodu é uma crença primitiva e de que seria responsável pelo atraso social e até econômico do Haiti.

Haitianas dançam em ritual de vodu em abril de 2004

Haitianas dançam em ritual de vodu em abril de 2004

A religião existe antes mesmo da criação do país. Uma versão amplamente aceita da história da independência do Haiti, em 1804, conta que a revolta dos negros teve origem em um ritual de vodu.

"O vodu é central na história haitiana e atinge a maior parte da população", explica o antropólogo e professor do programa de pós-graduação em antropologia social da UFRJ Federico Neiburg. Segundo ele, a religião foi construída nas Américas por escravos, como o candomblé no Brasil, e mistura elementos de cultos africanos com o cristianismo. Há entidades que são associadas com santos, e datas festivas católicas que são celebradas pelos praticantes do vodu. "Junto com o vodu, surge uma língua, que é o crioulo, que também é uma mistura."

Apesar de o vodu estar profundamente atrelado à tradição e aos valores nacionais, houve durante muitos anos uma perseguição aos seus praticantes no Haiti. "A elite haitiana que fez a revolução olhava mais para a França do que para a África. Esse olhar fez com que, durante quase um século, até o início do século XX, a elite haitiana tivesse uma relação paradoxal: rejeitavam o vodu, embora muitos integrantes conhecessem e até praticassem a religião. Eles colocavam a prática como a causa do atraso da nação. Isso começou a mudar na década de 1920 e 1930, no contexto da ocupação norte-americana do país. Essa ocupação (de 1915 a 1934) produziu na elite um sentimento nacionalista e uma volta do olhar para a África", explica o professor Neiburg.

O vodu ainda sofreria um outro revés, em 1940, quando houve uma campanha contra a prática no país. A religião só foi reconhecida oficialmente pelo Estado com a promulgação da Constituição de 1987, que também reconheceu o crioulo como um dos idiomas oficiais do país.

Iniciação e casamento com espíritos

Segundo a cientista social e doutoranda em antropologia Flávia Dalmaso, que esteve no país presenciando cerimônias de vodu, a iniciação é feita com dança, comida e incorporação de espíritos. Mas isso tudo depois que o iniciado passa uma semana no 'oufo', que é local do culto.

Homem pratica ritual em julho de 2000, no norte de Porto Príncipe

Homem pratica ritual em julho de 2000, no norte de Porto Príncipe

Os casamentos, que são realizados entre pessoas e espíritos, também são celebrados geralmente com dança e comida. Na cerimônia presenciada por Flávia, um homem se casou com um espírito que havia solicitado o matrimônio. "A pessoa que encarnou o espírito usou um vestido de cetim zul, que era a cor preferida da entidade, e o noivo estava de branco."

Flávia disse que as cerimônias variam, mas que geralmente quem realiza o matrimônio é um 'père' – pessoas que fizeram o seminário católico, mas não chegaram a ser padres. Eles se vestem como padres católicos, leem preces e jogam água benta. "É uma figura muito importante no vodu. Estão presentes na iniciação, nas novenas e realizam casamentos", explica ela.

Após se casar com um espírito, o praticante deve respeitar seu desejo e passar um dos dias da semana sozinho, sem sair com ninguém.

Cerimônias e possessão

As cerimônias de vodu haitiano têm música e dança. As mulheres geralmente usam lenços na cabeça e dançam descalças. De acordo com o antropólogo José Renato Baptista, que está terminando o doutorado sobre o vodu e ficou um ano e meio no Haiti, algumas danças são muito sensuais, valorizando o movimento dos ombros e dos quadris. "As cerimônias são marcadas pelo ritmo, é uma música forte, muito interessante, agitada, tocada normalmente por três ou mais tambores, mais ou menos como o nosso candomblé", explica ele.

Já a questão da possessão, segundo ele, "é um grande mistério". "É uma discussão profunda. Partimos do pressuposto de que aquela experiência se baseia numa verdade vivida por aquelas pessoas." A possessão ocorre em situações específicas e, segundo José Renato, é parte fundamental da religião à medida que é uma forma de contato privilegiado com as divindades.

O chefe religioso é o 'ougan' – o equivalente ao nosso pai de santo. O equivalente feminino ao ougan é o 'mambo'. São eles que percebem a presença das entidades – os 'loan'. Isso pode acontecer por cartas, ou por pessoas que passam por crises pessoais. "Essa relação com os loan pressupõe uma relação com ancestrais ou uma relação mítica. O pressuposto fundamental é servir a uma divindade. Muitas vezes esse loan é uma herança familiar, um ancestral que se manifesta, que vem para ajudar ou cuidar de seus parentes. A formação do vodu tem muito a ver com essa idéia do culto aos ancestrais", explica o antropólogo.

Sacrifício animal

Diferentemente das religiões de origem africana praticadas no Brasil, no vodu haitiano o sacrifício animal é realizado publicamente. O animal é morto, seu sangue é utilizado em determinadas ações rituais e depois a carne é preparada e servida como comida na cerimônia. O sacrifício é realizado como uma oferenda para as divindades.

O animal é sacrificado em homenagem às entidades. Depois, a carne é preparada e servida para os seguidores. Na foto, um sacrifício durante ritual em abril de 2003

O animal é sacrificado em homenagem às entidades. Depois, a carne é preparada e servida para os seguidores. Na foto, um sacrifício durante ritual em abril de 2003

Zumbis

A simbologia do zumbi é muito conhecida no Ocidente principalmente por terem sido imortalizados no cinema, em filmes como "The white zombies" (de Victor Halperin, 1932) e "A noite dos mortos vivos" (dirigido por George Romero, em 1968). O zumbi seria uma pessoa que ingere uma substância, tem uma morte aparente e, depois de enterrada, é tirada do túmulo e fica num estado letárgico sob os comandos de alguém.

Segundo José Renato, o zumbi é, antes de tudo, um escravo. "Existe todo um mito em torno das ideias de envenenamento, de utilização de magia no Haiti. Há um preconceito construído em torno disso. Eu vivi um ano e meio no país e nunca vi um zumbi. Muitas vezes, quando alguém fala de zumbi, pode ser uma pessoa abandonada pela família, há casos de pessoas que perdem a memória e essa pessoa pode ser apropriada como um empregado não remunerado. Há uma mística em torno da figura, mas eu não duvido que exista."

Segundo ele, no norte do país, nas plantações de cana, fala-se que a riqueza de certos fazendeiros advem de terem muitos zumbis trabalhando. "A ideia da mão-de-obra escrava tem muito a ver com isso, é preciso contextualizar", explica José Renato.

Fonte: G1

Examinar tudo e reter o que é bom

Diálogo entre um crente pentecostal

e um crente bíblico


Alguns sites (inclusive o de Sérgio Pavarini) têm declarado que falo mal até da minha igreja batista; outros afirmam que sou inimiga dos pentecostais... Talvez porque apelidei esses crentes de “pentecas”, para economizar meus dedos octogenários, pois costumo escrever um artigo por dia, quando não estou - como hoje - traduzindo ou adaptando algum texto importante, em geral lido na véspera.

Respondo - Não sou inimiga dos pentecostais. Critico, sim, os sinais e maravilhas e o seu falar em línguas, assim como comento os pequenos deslizes da igreja que frequento, quando esta começa a ser influenciada pelas novidades pentecostais, como, por exemplo, bater palmas, rebolar (por enquanto) suavemente, substituir os maravilhosos hinos sacros por alguns corinhos repletos de heresias e erros gramaticais. O que a maioria dos crentes ignora (porque nunca se dá ao trabalho de pesquisar, por preguiça ou falta de escolaridade) é que muitos desses corinhos são compostos por pessoas que tocam na igreja e nas boates americanas, ao mesmo tempo.

Penteca - Você acha que nenhum crente pentecostal é salvo?

Respondo - Creio que em qualquer denominação iremos encontrar gente salva e perdida. Dizer que nenhum crente pentecostal é salvo, porque ele não aceita a minha teologia tipicamente paulina de expor os falsos mestres, seria querer bancar o Espírito Santo e a tanto não chega a minha ousadia. Gosto de ler e seguir a 1 Tessalonicenses 5:21. Examino tudo e retenho o que é bom. Todo escritor, pastor ou professor da EBD é humano e pode errar tremendamente, quando se afasta um milímetro da Palavra de Deus. E ainda pode condenar milhares de inocentes (e também os preguiçosos) ao erro. Nossa responsabilidade é enorme, segundo Tiago 3:1, que nos adverte: “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo”

Penteca - Você é ou não é contra o falar em línguas?

Respondo - O que significa “falar em línguas?” Os pentecas dizem que se alguém não consegue falar em línguas é porque não foi batizado no Espírito Santo. A Bíblia ensina isto?

O que significa exatamente a palavra “língua” no Hebraico e no Grego? Num bom dicionário ela pode significar TUDO, menos uma língua desconhecida pelos homens (conforme os pentecas afirmam). Ela significa uma língua conhecida por um povo e desconhecida por outro. No Pentecoste, os apóstolos começaram a falar muitas línguas que eles não conheciam, mas que eram línguas faladas pelos judeus de outras nações, ali presentes; não as línguas “angelicais”. Para nós, brasileiros, o Inglês, o Alemão, o Espanhol, o Árabe, o Grego e o Hebraico são línguas faladas nos seus respectivos países. Elas podem ser desconhecidas, se não as estudamos particularmente. Contudo, não se pode dizer que sejam línguas estranhas no sentido espiritual.

Penteca - Você quer negar que Paulo falava línguas estranhas?

Respondo - Paulo era um poliglota e, tão culto que, em Atos 26:24, Festo lhe disse: “Paulo as muitas letras te fazem delirar!”. Quando ele declarou: “Dou graças a Deus porque falo mais línguas do que vós todos” (1 Coríntios 14:18), estava se referindo aos idiomas que ele falava, repudiando os blablablás dos coríntios. Corinto era uma igreja mista de judeus e gentios. As línguas são sinais e os judeus é que pediam sinais. Observe que Jonas pregou aos ninivitas (gentios) e eles se converteram. Por acaso Jonas falou com eles em língua estranha ou então fez algum milagre?

Penteca - Será que a confusão que Deus fez na Torre de Babel, pode estar sendo desfeita agora, com os crentes falando em outras línguas?

Respondo - Até poderia... Se os pentecas estivessem falando as línguas dos vários países. Contudo, eles só ficam engolindo vento, enrolando a língua e revirando os olhos, enquanto falam coisas sem nexo! Isso ajuda em alguma coisa? Os feiticeiros indígenas, os xamãs africanos e também os macumbeiros, ocidentais, (inclusive os católicos carismáticos...), são os que costumam falar coisas ininteligíveis; não os crentes bíblicos. Foi deles que os pentecas copiaram suas esquisitices...

Deus recebe nossas petições feitas com a ajuda do Espírito Santo (Romanos 8:26). Ora, os pentecas acham lindo atribuir suas esquisitices ao Espírito. Para mim, esta é a moderna blasfêmia contra o Espírito Santo.

Penteca - Mas, em Corinto, os crentes falavam em línguas. Vai negar?

Respondo - Claro que não. Você é que vai gastar o seu disco de vinil, arranhando-o desse modo. Falavam, sim. A Igreja de Corinto fora contaminada por mulheres duvidosas, que praticavam os oráculos de Delfos. Em vez de orar o “Pai Nosso”, conforme o Senhor Jesus havia ensinado aos Seus discípulos, os coríntios se achavam tão especiais que começaram a usar os blablablás dos pagãos e o engodo gnóstico; por isso, a imoralidade entrou na igreja. Infelizmente, a história hoje se repete. Os atuais escândalos entre os líderes eclesiásticos têm acontecido nos meios pentecostais ou em meio aos ditos “avivados”.

Penteca - Em Apocalipse 7:9-10, quando o Senhor Jesus será exaltado, lemos que “todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; e clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro”. Que línguas são essas?

Respondo: Está meridianamente claro que serão as línguas faladas por todas as pessoas do mundo, que creram no Senhor Jesus e, consequentemente, foram salvas e ali estarão diante dEle. Quando vemos, hoje em dia, um penteca falando o que ele chama “língua estranha”, temos certeza de que se trata de um engodo espiritual, de um caso de Parapsicologia ou de fingimento.

Há anos, em Copacabana, uma senhora assembleiana quis me ensinar a falar em línguas. Quando recusei, delicadamente, dizendo que era “pecadora demais para falar as línguas dos anjos”, ela contestou: “Que nada, irmã. Eu falo palavrão, brigo com meu marido (o qual era um Almirante), faço coisas de arrepiar e, mesmo assim, falo em línguas. Tudo é questão de prática”. Viu isto?

Penteca - Afirmar que uma denominação é falsa, como você costuma afirmar, é uma acusação grave. Você está dividindo o corpo de Cristo.

Respondo - A denominação pentecostal (mesmo dividida e tão subdividida) é hoje a maior do mundo, só perdendo para a Igreja do Papa. Esta é a primeira, porque tem mais de 16 séculos de existência e ficou arquimilionária em todas as moedas do planeta, apropriando-se indebitamente e recebendo donativos dos iludidos, que desejam comprar uma entrada no céu, através de indulgências e doações de caridade. Já a denominação pentecostal seguiu uma trilha parecida, pregando um falso evangelho e prometendo curas milagrosas e bens materiais.

Os cristãos modernos perderam a noção da verdadeira fé, a qual, conforme Hebreus 11.1 é “o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem”. Eles querem - como os judeus - ver sinais e maravilhas e querem ficar ricos, o que Paulo condena na 1 Timóteo 6:9-11: “Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão”. Por isso, acabam caindo no grave pecado da ambição. Tudo isso porque fogem da verdade bíblica e “um abismo chama outro abismo”, conforme o Salmo 42:7.

A melhor maneira de defender a Escritura é tentar explicá-la aos indoutos. Se a parte contrária se ofende, isso demonstra que ela não tem certeza daquilo em que crê; está apenas acomodada, ou então é orgulhosa, a ponto de se melindrar com as críticas.

Não ligo para as muitas pessoas que me criticam no Google, algumas usando até mesmo o humilde título de “servo”. Suas críticas não me atingem. Sou uma cearense teimosa. Já tenho a cabeça chata e mais uma ou cem pauladas sobre a mesma não farão diferença alguma. Costumo dizer: “Falem mal de mim, mas falem”, pois muita gente fica tão curiosa para ler minhas “heresias”, que depois me escreve, dizendo que antes me odiava, mas, depois que leu tantas dessas “heresias”, abandonou sua igreja penteca, foi para uma Igreja Batista Bíblica ou Casa de Oração e agora está feliz e realizada. Romanos oito, vinte e oito... Ó Glória!

Penteca - Já estamos quase no final de nossa conversa, mas você ainda não explicou o que significa a palavra “seita”.

Respondo - Deus me deu o dom do discernimento. Quando eu era criança (criada num lar católico), costumava folhear o catecismo e, quando me deparava com as gravuras da chamada “Via Sacra”, caía em prantos, porque via os “homens maus batendo em Jesus e pregando-O na cruz”. Eu não sabia que Cristo ali estava sofrendo tanto por causa dos meus pecados, mas sentia uma aflição enorme. Isto já era um tênue sinal de discernimento, o qual Ele, no futuro, iria me conceder, pela leitura da Sua Palavra Santa.

Cresci, estudei, casei, envelheci e continuei amando o Senhor Jesus Cristo. Até que um dia (aos meus 48 anos), Ele “[me] tirou da potestade das trevas, e [me] transportou para o reino do Filho do seu amor; em quem [tenho] a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados” (Colossenses 1:13-14). Não foi através da pregação de pastor algum, mas da pregação “ao vivo” do Espírito Santo, em Sua Palavra Viva.

Paulo me ensinou que “um pouco de fermento leveda toda a massa”. Pois, o fermento das línguas, revelações e curas milagrosas já está transbordando nas igrejas. Talvez apenas uma em mil igrejas no Ocidente ainda não tenha sido contaminada por esse levedo, mas a tendência é que isso aconteça. A Bíblia prega apostasia e não reconstrução da fé cristã dos reformadores, nos tempos atuais. Se Cristo não Se apressar, de fato Ele não encontrará fé na Terra, mas apenas barulho, rebolado e gritaria nas igrejas que usam o Seu nome. Igreja que não prega a sã doutrina é seita.

Penteca - Acho que você gosta de impor suas ideias e discorda da maioria. Para mim, isto é orgulho espiritual.

Respondo - Pode até ser. Mas costumo imaginar minha posição diante do Tribunal de Cristo. (2 Coríntios 5:10). Ali, sem dúvida, vou receber muitos puxões de orelha, mas serei salva, mesmo que minha obra seja descoberta e provada pelo fogo (1 Coríntios 3:13), e talvez eu até receba um lindo sorriso de aprovação do Grande Juiz, por ter defendido o Seu Nome Santo, quando Ele estava “encadernado”...

Penteca - Não entendi...

Respondo - Jesus é a VERDADE e também o VERBO ENCARNADO. A Bíblia também é A VERDADE (João 17:17) e também, o VERBO (PALAVRA) ENCADERNADO. Ler e amar a PALAVRA (VERBO) pela qual seremos todos julgados (João 12:48), é amar JESUS CRISTO. Entendeu, ou preciso explicar em Português, Inglês, Alemão, Grego, Hebraico, etc.? Só mesmo nestas línguas (mesmo assim, usando um dicionário poliglota), porque nas “línguas estranhas” dos pentecas não terei como praticar esse feito hercúleo...

Penteca - Você ainda não me explicou claramente o que é discernimento e seita ...

Respondo - Discernimento é: a) - a capacidade de entender corretamente a Escritura Sagrada. b) - Ter discernimento é aceitar as críticas da maioria, pois a maioria não entende a Escritura, exatamente por falta de discernimento. E por causa dessa obtusidade fica nos criticando. Se a voz do povo fosse realmente a voz de Deus, tudo bem, mas esta premissa é falsa.

Seita é todo ramo da religião que tem um líder castrador em matéria de doutrina, o qual subtrai ou acrescenta algo à Palavra de Deus, a fim de respaldar suas exigências. Quem ensina falsa doutrina é membro de uma seita. Portanto, os líderes pentecas são membros de uma seita. Todo cristão que acata suas falsas doutrinas é membro de uma seita. Tudo que está escrito na Palavra, segundo Paulo, “para o nosso ensino foi escrito” (Romanos 15:4).

Penteca - O que significa desobedecer aos ensinos da Bíblia?

Vamos dar alguns exemplos de desobediência à Palavra de Deus e da consequente punição: a) Adão desobedeceu à proibição divina de comer do fruto da árvore do bem e do mal; por isso ele foi punido e ainda desgraçou toda a humanidade; b) Abraão se relacionou sexualmente com Agar, o que resultou em Ismael e na raça árabe. Veja o que o povo judeu (e muitos cristãos) tem sofrido nas mãos desses inimigos da paz, com os árabes querendo incendiar o mundo; c) Moisés feriu a rocha e por isso perdeu o direito de entrar na Terra da Promessa. d) Saul quis bancar o sacerdote e ofereceu sacrifício, em vez de esperar por Samuel. Também consultou uma cartomante, o que era proibido pela Lei. Por isso, ele foi duramente castigado; e) Davi contrariou a ordem divina, mandando fazer um recenseamento do seu povo (2 Samuel 24). O resultado foi a morte de 70 mil homens em Israel; f) Ananias e Safira mentiram a Pedro, sobre o valor exato da venda de sua propriedade, e caíram mortos aos seus pés (Atos 5:1-10). Nesse tempo, ainda vigorava a Lei da fé mais obras, que Pedro continuava a pregar. Depois, veio Paulo com a dispensação exclusiva da graça, pelo que devemos dar graças, pois, se a lei judaica ainda estivesse vigorando, já teríamos visto centenas de pregadores pentecas caindo mortos nos púlpitos, onde pregam tantas doutrinas mentirosas, destruindo a simplicidade do evangelho de Cristo.

Penteca - Você está querendo dizer que somente os crentes tradicionais agradam a Deus em seu método obsoleto de crer e adorar?

Respondo - Não existe meio obsoleto, nem correto ou incorreto de adoração. Deus vê o nosso coração. Prefiro adorá-Lo ajoelhada no silêncio do meu quarto. Mas, se você prefere adorá-Lo numa sinagoga penteca, sob um barulho ensurdecedor de centenas de decibéis, achando que Ele é surdo, tudo bem. Cheguei aos 80 anos com boa audição. Será que você e seus filhos (se Jesus não voltar logo) vão conseguir escutar direito, dentro de alguns anos, após terem frequentado uma sinagoga penteca, durante esse tempo? Tenho sérias dúvidas... Lembre-se que você é responsável pela saúde do seu corpo e dos seus filhos menores, pois esses corpos são “templos do Espírito Santo”! E perca mania de consultar psicanalistas para os seus filhos, quando tiver problemas com eles, em vez de criá-los na sã doutrina, pois, se o fizer, estará criando uma geração de incrédulos, dentro do seu lar.

Mary Schultze, 27/01/2010 - www.maryschultze.com

Excerto e adaptação do texto “Are Pentecostal Churches Cults”? - do Pr. Philip LaSpino



Eu examinei e retive o que "julguei" ser bom, e você?


Postado por Alan orenegado

A Pobreza na Perspectiva da Bílbia de Estudo Batalha Espiritual e Vitória Financeira

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O Pastor Altair Germano, teólogo assembleiano, fez uma análise do tema "pobreza" na perspectiva da Bílbia de Estudo Batalha Espiritual e Vitória Financeira. Pela seriedade do tema, indico aqui os links para a referida análise:

A pobreza na perspectiva da Bíblia Batalha espiritual e Vitória Financeira - Parte 1,Parte 2, Parte 3.


O wagner viu aqui

Eu postei, gostei e recomendo, afinal de contas quanto mais soubermos das heresias da prosperidade, mais estaremos preparados para combatê-la.

Postado por Alan orenegado

A bolha neo-pentecostal vai estourar


Por Renatho Iran:

Na década de 90, um grande volume de empresas migrou para os negócios na web e logo em seguida, muitas dessas pediram falência pela retração do mercado. No ano de 2008 aconteceu  algo parecido, onde o setor imobiliário desencadeou um profunda crise no mundo todo.

Analisando o mercado da fé capitalista neo-pentecostal instalada no Brasil, se pode afirmar então, que em alguns anos uma bolha evangélica poderia explodir e mudar o cenário religioso em território nacional, deflagrando o fim do  neo-pentecostalismo no país.

Antigamente o protestantismo tinha certa simpatia pelos movimentos sociais, mas isso foi mudando através dos anos e hoje a teologia da prosperidade segue uma política de direita de fazer inveja os políticos do DEM.

Enriquecer é o mandamento principal, eles alegam que deus quer prosperidade a todo custo na sua vida e para isso não economizam argumentos. Tem unção dos últimos dias, através de bíblia financeira de R$ 900,00 reaiscimento da prosperidadeágua benta de R$ 1000,00 reais e até dízimo de 30% especial no mês de dezembro. Tem unção para todo tipo e gosto do fiéis.

Há quem critique o Bispo Edir Macedo, entretanto pelo menos esse senhor investiu em uma rede de televisão, diminuindo o monopólio da informação e gerando empregos a custo de oferta dos fiéis, mas a comunicação ganhou uma concorrência.

O negócio se tornou tão lucrativo que em breve irão encomendar jatinhos por meio de licitação com a Embraer. Eles brigam por horário de televisão, compram aviões e até emissoras de filiadas de outras redes.

Essas igrejas neo-pentecostais estão com os dias contados, os blog apologéticos, agnósticos e ateus se convergem a cada dia na web, trocando vídeos sobre denúncias da alcatéia religiosa voraz instalada em território nacional.

O mesmo vídeo postando por um ateu é utilizado por blogueiros apologéticos conscientes da sua fé verdadeira.

De uma coisa todos devem saber, se os ateus tiverem errados e existir um deus, saiba que eles serão a primeira linha de frente para enfrentar o tal do anticristo, pois esse viria para implantar ums religião forçada.

E nesse caso um ateu não aceita nem de livre espontânea vontade, quanto mais algo imposto, entretanto um religioso é facilmente manipulado, a prova disso é a crença na tal de teologia prosperidade, que muitos aceitaram e não conseguem enxergam o engano que cometem quando ofertam sementes em troca de um acordo com o tal deus.

Mas essa bolha vai estourar, onde uma hora os evangélicos vão acordar desse sono profundo hipnótico da teologia da prosperidade que nada mais é do que a aplicação da lei da atração discutida no livro do segredo da Rhonda Byrne.

Fonte: Tela Crente

Igreja Mundial anuncia que Lula e Dilma Rousseff estarão na “Concentração de Fé”

Igreja Mundial anuncia que Lula e Dilma Rousseff estarão na


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará em São Bernardo pela primeira vez em 2010 no sábado, quando participará do Concentrações de Fé da Igreja Mundial do Poder de Deus, com o apóstolo Valdemiro Santiago, líder e fundador do templo. A atividade será na Praça Samuel Sabatini, em frente ao Paço, às 15h.

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), virtual candidata do Planalto à sucessão de Lula, deve participar do evento da igreja que possui 1.400 santuários espalhados pelo Brasil e que ganha notoriedade pela efetiva divulgação dos cultos pelos canais do grupo Bandeirantes. Será a primeira visita de Dilma ao Grande ABC neste ano.

Neste momento pré-eleitoral, o presidente proporcionará caráter político à atividade evangélica, comandada por Valdemiro, dissidente da Igreja Universal do Reino de Deus, o qual atrai milhares de pessoas em seus pronunciamentos públicos.

A presença de Lula no sábado já está sendo divulgada pelos pastores da igreja nos cultos.

Fonte: Diário do Grande ABC / Gospel+

Ex-governadora evangélica do RJ é alvo do Ministério Público

     Um terreno aceito para quitar débitos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias), em dezembro de 2006, sem avaliação oficial do estado, sustenta uma ação da 6ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania do Ministério Público contra a ex-governadora e atual prefeita de Campos, Rosinha Garotinho.

     De acordo com a denúncia, a negociação teria causado um prejuízo de 41 milhões de reais aos cofres públicos do estado. Rosinha foi procurada pelo G1, mas, segundo seu assessor, Franio Abreu, a ex-governadora estaria em um compromisso em Brasília e não poderia se pronunciar no momento.

     Segundo o teor da ação, o imóvel foi recebido em pagamento pelas dívidas como se valesse R$ 48.171.331,61. Porém, teria sido avaliado em R$ 7.146.166,79 por técnicos da atual gestão da procuradoria-geral do estado, que pediu a anulação da negociação.

     A denúncia do MP revela ainda que a avaliação do terreno teria sido feita pelas próprias empresas interessadas. Ou seja, os devedores de impostos.


Fonte: G1

Pastor Batista abre Igreja no meio de Campo de Golfe no Haiti


Todos os espaços de Porto Príncipe estão sendo utilizados para os desabrigados

As centenas de milhares de pessoas que ficaram desabrigadas em Porto Príncipe ocuparam praticamente todo o espaço aberto da capital do Haiti, inclusive os jardins do primeiro-ministro e o campo de golfe de Petionville Club.

O acampamento já começa a desenvolver seus pequenos negócios, como aconteceu quase desde o primeiro momento nessas aglomerações: enquanto alguém recarrega telefones celulares graças a um pequeno gerador (pois não há luz no campo), outra se atreve com um centro de estética do qual "faz propaganda" com um pedaço de papelão com os dizeres "Rachel Beauty Salon". Há inclusive um joalheiro.

Mas o mais notável do acampamento é o Culto Evangélico que cada tarde se celebra entre as barracas e lonas. O pastor Etienne Saint Cyre, da Igreja Batista "Compaixão de Cristo", montou uma estrutura de luz e som, trouxe a sua banda e cada tarde, antes do pôr-do-sol, ora com os fiéis.

Dezenas de pessoas oram e dançam, enquanto cai a noite, o acampamento ganha um ar espectral e só se ouvem as cordas dos violões e os louvores a Cristo.

O pastor não só celebra o culto, mas é um autêntico líder do acampamento. Assim o tratam tanto haitianos como americanos: o capitão Zabala explica que é ele quem organiza as distribuições de alimentos dos americanos.

Os sacos de arroz, o óleo e as comidas enlatadas da USAID (órgão de cooperação dos EUA) são distribuídos pelo pastor e um grupo de jovens que ele nomeou e equipados com crachá.

Os jovens formaram comitês de segurança e de limpeza que se distribuem por todo o acampamento. Aqui não há policiais nem funcionários do Governo; o grupo de desabrigados e seu pastor atuaram como se o Estado não existisse, coisa que é quase correta no Haiti destes dias.

Vamos orar pelo Pastor Etienne, para que possa com ajuda de Deus no meio daquela destruição pregar Jesus Cristo para o povo e arrebatar almas das garras de nosso inimigo.

Alegra nosso coração ver que Deus sempre tem um Servo DELE preparado para as mais diversas ocasiões, como diria um missionário; – a hora mais fácil para se Falar de Jesus é quando as coisas não estão bem.

Fica aqui nosso apoio ao Pastor Etienne; Que Deus possa usá-lo poderosamente no meio deste povo e fazê-lo um embaixador do Reino dos Céus no Haiti.

Fonte: Gospel Prime / EFE

Homem grávido? Transexual, gay e pai dará à luz um bebê

Nasceram os dois com um corpo feminino, mudaram ambos de sexo, casaram-se e agora um deles vai dar à luz em Fevereiro. Scott e Thomas Moore inauguram um novo tipo de família.

É  o segundo caso conhecido de um homem grávido. Scott, 30 anos, engravidou  com inseminação artificial e fará uma cesariana já no próximo mês.  O casal já escolheu o nome da criança: Miles.

Os dois vivem na California (onde o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi proibido em 2008), mas são legalmente casados  porque Scott nunca mudou o sexo na certidão de nascimento.

Este será o terceiro filho do casal. Os outros dois, com 10 e 12 anos, são de uma relação antiga de Thomas, com uma ex-companheira que já faleceu.

"Eu sei que muitas pessoas vão nos criticar, mas estou imensamente feliz e não tenho qualquer vergonha", disse Scott ao  "Daily Mail".

O primeiro caso de um homem grávido foi conhecido em 2008. O americano Thomas Beeatie deu à luz uma menina chamada Susan em Julho desse ano.


Fonte: Ionline

Postado por: Redação Ogalileo

28 de janeiro de 2010

E ela não ganhou o Grammy…


Marina de Oliveira, diretora artística e artista exclusiva da MK Music, foi uma das indicadas ao Grammy Latino 2009 e a única com a maior exposição na mídia secular. A filha de Yvelise e Arolde de Oliveira deu entrevista para o Bom Dia Rio e também foi entrevistada pelo Jornal Extra.

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Foto: Jornal Extra

Mas acontece que Marina não levou o Grammy para a sua mansão na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Nem André Valadão, nem Jozyanne e nem Régis Danese. Quem faturou o prêmio desta vez foram os meninos do Oficina G3.

Pelo menos foi MK Music, não? Vovó Yvelise de Oliveira ficou tão feliz… Mas, na cara de pau, não deixou de dizer que torcia pela filha. Não é pra menos, não é mesmo minha gente?

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Botox existe, tá Tia?

Mãe é tudo igual… A filha pode estar velha, toda enrugada feito um maracujá de gaveta e com um pé de avestruz em cada olho, que a mãe a acha linda! A filha pode estar toda inchada, com um penteado de Elvira e com uma voz de taquara rachada, que a mãe a acha linda também.

Pelo menos não tivemos Aline Barros ganhando Grammy Latino mais uma vez. Até porque aquela ali precisa alugar um flat só para guardar seus troféus. E também não tivemos nenhum jabazinho, como foi o caso de Marina. Mas a loira pôde voltar feliz com uma medalha… Pelo menos assim a sua filha caçula, Letícia, vai poder brincar com ela dizendo que foi campeã em alguma modalidade de esporte no colégio.

Via Limão

O Wagner viu, riu e indicou.

Eu postei e ri [foi mal] rsrsrsr

Postado por Alan orenegado

O Encontro das águas

O DVD “Tua Visão” do Diante do Trono já está à venda em todo o Brasil, e isso não é novidade alguma. Porém, o projeto audiovisual traz algo inédito em toda a história das gravações do DT: a participação especial de artistas de outras gravadoras.


Apesar de ser exaustivo, o DVD conta com excelência do início ao fim. Não é nenhuma novidade que o Diante do Trono conta com o belíssimo trabalho da Quartel Design e do profissional Thiago Espindola, entre outros.

O ápice do DVD certamente é a faixa “O Encontro das Águas”, onde Ana Paula Valadão divide o palco e os telões com Fernanda Brum e Nívea Soares – todas inspiradas em “Caminho das Índias” quando o assunto era maquiagem.

A música melódica com o microfone mais alto somente para Ana Paula Valadão não é lá aquelas coisas todas, não… Não é o que imaginávamos, mas para os fãs foi um êxtase. Até porque para eles pouco importa o que cantam, mas sim quem são; “Diva”, “Linda”, “Maravilhosa”, “Fofa”, “Canta Muito” etc.

Se você ainda não viu ou gostaria de babar seu monitor novamente, assista ao vídeo da faixa “O Encontro das Águas” das três mocinhas elegantes: cobra, jacaré e elefante.

Ok, vou deixar a interpretação das três mocinhas por conta de vocês!

O Wagner viu aqui, eu postei e ri. [foi mal] rsrsrsr

Postado por Alan orenegado

Não toqueis no ungido do Senhor

“E chegou a uns currais de ovelhas no caminho, onde estava uma caverna; e entrou nela Saul, a cobrir seus pés; e Davi e os seus homens estavam nos fundos da caverna. Então os homens de Davi lhe disseram: Eis aqui o dia, do qual o SENHOR te diz: Eis que te dou o teu inimigo nas tuas mãos, e far-lhe-ás como te parecer bem aos teus olhos. E levantou-se Davi, e mansamente cortou a orla do manto de Saul. Sucedeu, porém, que depois o coração doeu a Davi, por ter cortado a orla do manto de Saul. E disse aos seus homens: O SENHOR me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do SENHOR, estendendo eu a minha mão contra ele; pois é o ungido do SENHOR. E com estas palavras Davi conteve os seus homens, e não lhes permitiu que se levantassem contra Saul; e Saul se levantou da caverna, e prosseguiu o seu caminho. Depois também Davi se levantou, e saiu da caverna, e gritou por detrás de Saul, dizendo: Rei, meu senhor! E, olhando Saul para trás, Davi se inclinou com o rosto em terra, e se prostrou. E disse Davi a Saul: Por que dás tu ouvidos às palavras dos homens que dizem: Eis que Davi procura o teu mal? Eis que este dia os teus olhos viram, que o SENHOR hoje te pôs em minhas mãos nesta caverna, e alguns disseram que te matasse; porém a minha mão te poupou; porque disse: Não estenderei a minha mão contra o meu senhor, pois é o ungido do SENHOR. Olha, pois, meu pai, vê aqui a orla do teu manto na minha mão; porque cortando-te eu a orla do manto, não te matei. Sabe, pois, e vê que não há na minha mão nem mal nem rebeldia alguma, e não pequei contra ti; porém tu andas à caça da minha vida, para ma tirares. Julgue o SENHOR entre mim e ti, e vingue-me o SENHOR de ti; porém a minha mão não será contra ti.” – 1 Samuel 24.3-12

“Não toqueis no ungido do Senhor”. Essa é a resposta de nove entre dez crentes que crêem em tudo o que lhe pregam sem serem bereianos, quando confrontados com críticas ou acusações contra pastores, apóstolos (?) e demais líderes eclesiásticos. Não importa se as provas do crime são claras, para esses crentes não nos cabe julgar nem analisar o que a liderança da igreja faz de errado: cabe aos crentes, segundo essa falsa doutrina, agir como Davi em relação à Saul: simplesmente não fazer nada, e esperar que Deus resolva o negócio e faça a justiça. E enquanto nada se faz, esses líderes criminosos continuam roubando, matando e destruindo o rebanho de crentes em suas mãos, e trazendo escândalo para o Evangelho, afastando de vez os não-crentes do afã de conhecerem a Verdade de Cristo.

Mas enfim, Davi realmente disse em várias passagens de 1 Samuel que não se deve tocar no ungido do Senhor. E aí?

Em primeiro lugar, temos que deixar bem claro sobre qual ungido Davi se referia. Ele se referia a Saul, atual rei de Israel, porém já destronado por Deus, que havia ungido Davi em seu lugar. Portanto, a primeira coisa que temos que ter em mente é que não se tratava de qualquer ungido, mas de Saul.

Em segundo lugar, temos que entender essa unção que Saul recebeu. Em 1 Samuel 8, lemos que o povo queria um rei no lugar dos antigos juízes que governavam Israel. Deus não tinha esse desejo, pois o querer um rei era um desejo do povo de que Deus já não reinasse mais sobre eles. Porém Deus resolveu satisfazer Israel, e escolheu Saul como rei.

Em 1 Samuel 10, lemos o profeta Samuel indo ungir Saul como rei:

“Então tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e beijou-o, e disse: Porventura não te ungiu o SENHOR por capitão sobre a sua herança? Apartando-te hoje de mim, acharás dois homens junto ao sepulcro de Raquel, no termo de Benjamim, em Zelza, os quais te dirão: Acharam-se as jumentas que foste buscar, e eis que já o teu pai deixou o negócio das jumentas, e anda aflito por causa de vós, dizendo: Que farei eu por meu filho? E quando dali passares mais adiante, e chegares ao carvalho de Tabor, ali te encontrarão três homens, que vão subindo a Deus a Betel; um levando três cabritos, o outro três bolos de pão e o outro um odre de vinho. E te perguntarão como estás, e te darão dois pães, que tomarás das suas mãos. Então chegarás ao outeiro de Deus, onde está a guarnição dos filisteus; e há de ser que, entrando ali na cidade, encontrarás um grupo de profetas que descem do alto, e trazem diante de si saltérios, e tambores, e flautas, e harpas; e eles estarão profetizando. E o Espírito do SENHOR se apoderará de ti, e profetizarás com eles, e tornar-te-ás um outro homem. E há de ser que, quando estes sinais te vierem, faze o que achar a tua mão, porque Deus é contigo. Tu, porém, descerás antes de mim a Gilgal, e eis que eu descerei a ti, para sacrificar holocaustos, e para oferecer ofertas pacíficas; ali sete dias esperarás, até que eu venha a ti, e te declare o que hás de fazer. Sucedeu, pois, que, virando ele as costas para partir de Samuel, Deus lhe mudou o coração em outro; e todos aqueles sinais aconteceram naquele mesmo dia.” – 1 Samuel 10.1-9

E Saul ficou cheio do Espírito Santo, e em 1 Samuel 11.15 finalmente Saul é proclamado rei. Porém a unção que Saul recebeu era apenas para reinar, não para ser sacerdote ou líder espiritual do povo. Essa função era para algumas pessoas específicas, como o profeta Samuel. Não cabia a Saul as funções sacerdotais, sendo esse um dos pecados que o fez perder o reinado em Israel:

“E os filisteus se ajuntaram para pelejar contra Israel, trinta mil carros, e seis mil cavaleiros, e povo em multidão como a areia que está à beira do mar; e subiram, e se acamparam em Micmás, ao oriente de Bete-Aven. Vendo, pois, os homens de Israel que estavam em apuros (porque o povo estava angustiado), o povo se escondeu pelas cavernas, e pelos espinhais, e pelos penhascos, e pelas fortificações, e pelas covas. E alguns dos hebreus passaram o Jordão para a terra de Gade e Gileade; e, estando Saul ainda em Gilgal, todo o povo ia atrás dele tremendo. E esperou Saul sete dias, até ao tempo que Samuel determinara; não vindo, porém, Samuel a Gilgal, o povo se dispersava dele. Então disse Saul: Trazei-me aqui um holocausto, e ofertas pacíficas. E ofereceu o holocausto. E sucedeu que, acabando ele de oferecer o holocausto, eis que Samuel chegou; e Saul lhe saiu ao encontro, para o saudar. Então disse Samuel: Que fizeste? Disse Saul: Porquanto via que o povo se espalhava de mim, e tu não vinhas nos dias aprazados, e os filisteus já se tinham ajuntado em Micmás, eu disse: Agora descerão os filisteus sobre mim a Gilgal, e ainda à face do SENHOR não orei; e constrangi-me, e ofereci holocausto. Então disse Samuel a Saul: Procedeste nesciamente, e não guardaste o mandamento que o SENHOR teu Deus te ordenou; porque agora o SENHOR teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre; porém agora não subsistirá o teu reino; já tem buscado o SENHOR para si um homem segundo o seu coração, e já lhe tem ordenado o SENHOR, que seja capitão sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o SENHOR te ordenou.” - 1 Samuel 13.5-14

O outro pecado de Saul ocorreu em 1 Samuel 15, quando desobedeceu à ordem do Senhor ao não destruir o melhor do rebanho dos amalequitas, com a desculpa de que usaria o rebanho como sacrifício, onde Samuel disse que é melhor obedecer do que sacrificar.

Assim, em 1 Samel 16 lemos o Espírito do Senhor deixando Saul e passando a habitar Davi, o novo rei ungido:

“Disse mais Samuel a Jessé: Acabaram-se os moços? E disse: Ainda falta o menor, que está apascentando as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Manda chamá-lo, porquanto não nos assentaremos até que ele venha aqui. Então mandou chamá-lo e fê-lo entrar (e era ruivo e formoso de semblante e de boa presença); e disse o SENHOR: Levanta-te, e unge-o, porque é este mesmo. Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi; então Samuel se levantou, e voltou a Ramá. E o Espírito do SENHOR se retirou de Saul, e atormentava-o um espírito mau da parte do SENHOR.” - 1 Samuel 16.11-14.

Ou seja, Saul deixou de ter o Espírito Santo, mas continuou sendo rei de Israel por vários anos. Nesses anos, o Espírito Santo estava com o novo ungido, Davi, que porém ainda não havia sido reconhecido rei pelo povo. Dessa forma, Davi servia ao rei Saul e foi perseguido por seus exércitos, e aí chegamos à passagem que abriu esse artigo, quando Davi teve real chance de aniquilar Saul, mas não o fez por considerá-lo ungido do Senhor.

Realmente, o que impediu Davi de se levantar contra Saul não foi o poder do Espírito Santo no antigo rei, pois este já o tinha deixado e Saul não passava de um endemoniado. Porém, mesmo endemoniado, Saul continuava sendo rei, e em razão desse título que Davi o poupou. Uma vez ungido rei, sempre rei. Deus tirou Saul do reinado, porém isso só se concretizou com sua morte, não havendo rebelião para que isso acontecesse e Davi tomasse o poder em seu lugar. A unção de rei permaneceu com Saul por toda a sua vida, mas o Espírito de Deus não.

Entendido tudo isso, vamos agora analisar a doutrina do “não toqueis no ungido” nos dias de hoje. Por que ela não é válida?

Como visto, a unção a qual Davi se referia dizia respeito ao direito de reinar sobre Israel, não sobre possuir funções eclesiásticas. As funções de governo do Estado e eclesiásticas eram bem divididas naquele tempo, embora Israel fosse um Estado teocrático. Portanto, a não ser que algum líder de igreja seja também rei nomeado por Deus (olha eu dando idéia para novos títulos, que Deus me perdoe) em sua localidade, nenhum líder religioso atual se enquadra nesse quesito.

Sobre como devemos agir em relação ao líderes religiosos e qualquer cristão, a Bíblia é bastante clara:

“E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Beréia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.” - Atos 17.10-11

“Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; Isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo.” - 1 Coríntios 5.9-13

Chega desse engano do “não toqueis no ungido do Senhor”, engano esse que tem transformado a igreja em covil de salteadores. O rebanho tem que aprender a buscar na Palavra se o que seus líderes pregam é verdade ou não, tem que aprender a raciocionar, a analisar, a meditar dia e noite na Palavra, mas é isso mesmo que os lobos em pele de cordeiro não querem que aconteça, e por isso acorrentam suas ovelhas em falsas doutrinas que visam cegar e conformar o rebanho à sua própria vontade, não à de Deus. Deus nos enviou Cristo para que fôssemos libertos, mas onde há liberdade se nem ao menos podemos criticar um líder eclesiástico por seus falsos ensinos ou sua má conduta, com a desculpa que de o fulano é “ungido”? O Apóstolo (de verdade) Paulo era bem ungido, disso não há dúvidas, mas nem por isso ficou chateado ao ser confrontado pelo povo de Beréia em seus ensinamentos. Por que os apóstolos (?) e líderes dos dias de hoje ficam melindrados, e até amedrontam suas ovelhas com a promessa de inferno para o “pecado de rebeldia” que seria se levantar contra um “ungido” do Senhor? E por que as ovelhas, que também têm unção (já que recebem o Espírito Santo desde sua conversão), ao contrário dos líderes religiosos, podem e são fortemente exortadas (se seu dízimo for baixo, claro) quando encontradas em erro?

Isso é estelionato gospel, e dos bons. Graças à essa mentira (a própósito, quem é o pai da mentira mesmo?) vemos igrejas destruídas por pertencerem (a palavra é essa mesma) a líderes criminosos, que adulteram as Escrituras a seu bel-prazer e agem como se a justiça de Deus e dos homens não valesse para eles. Enquanto isso, às ovelhas cabe apenas se conformar, “Deus quer assim”, “quem faz a justiça é Ele”, “só nos cabe orar”.

Povo de Deus, vamos abrir os olhos!!! Temos que orar, a justiça é de Deus, mas Ele usa homens e mulheres para que Sua justiça seja feita nessa terra!!! Se Lutero pensasse assim, ainda hoje estaríamos comprando indulgências (se bem que essa prática perniciosa continua ocorrendo nos dias de hoje, na forma de lenços suados, rosa ungida, sabonete ungido, etc)!!! Como povo de Deus, temos que ser carvalhos de justiça principalmente em nosso meio, tirando os lobos que querem devorar nossas ovelhas!!! Se não o fizermos, não sobrará ovelha nenhuma no final da história, pois todas serão enganadas…

O “não toqueis no ungido do Senhor” é uma desculpa muito da mal feita para líderes que têm algo a esconder. Quando um líder pregar isso para você, fique ainda mais atento, pois quem está na luz não tem medo de ser julgado, afinal nada se encontrará que o desabone; ao contrário, quem está em trevas não quer que o candeeiro seja colocado em cima da mesa e ilumine o ambiente, pois isso trará à luz toda a podridão escondida em nome de Deus.

Publicado em Ser estrangeira

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Postado por Alan orenegado que anda na luz para ser julgado sempre.