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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

12 de janeiro de 2010

Sobre as ondas evangélicas e pastorais

ondas


O que temos hoje é um crescimento do evangélico pragmático, aquele ramo evangelical que prega o evangelho utilitarista. Cresce o numero de evangélico, mas cada vez mais piora a sociedade.
Não existe um escândalo brasileiro onde não esteja um punhado de pastores envolvidos.
Depois do evangelho da prosperidade, todos os pregadores queriam ser igual aos americanos, os mesmos gestos, o mesmo tipo de roupa, a mesma arrogância, as mesmas decalrações, os mesmos chavões (sou filho do Rei, eu declaro, eu tomo posse). Em seguida veio o evangelho da cura interior, onde a pregação não era mais suficiente para curar a alma das pessoas, o novo nascimento não era suficiente para transformar e a cruz de Cristo ineficaz para cancelar os pecados, era preciso uma série de rituais com renuncias e renegações para que a pobre criatura convertida alcançasse a libertação de seu passado. Depois veio a batalha espiritual, onde se ensinava a absurda teologia da legalidade dada ao diabo para dominar a terra. O diabo era o senhor da terra e Deus tinha que pedir permissão para agir na terra. A saída era os crentes tirar os calçados, fazer declarações de domínio, etc. Depois veio o evangelho dos neo-apóstolos. Qualquer pastor que não estivesse contente com o "status" de pastor, poderia se auto-denominar apóstolo e esta onda se espalhou até perder a graça. Depois surgiu o evangelho dos proféticos, onde tudo era profético (louvor profético, igreja profética, dança profética, marcha profética, corte de cabelos profético, até "urinada" profética teve (e tem). Agora segundo a revista Veja, temos o evangelho da auto-ajuda, onde o sobrenatural é "motivar" as pessoas. A Bíblia em uma mão, Lair Ribeiro, Augusto Cury , James Hunter ou Shinyashinki na outra e com certeza, depois da reportagem, muitos pregadores correrão para os cursos de psicologia de auto-ajuda, comprarão livros de motivação pessoal e irão para frente de seus espelhos treinar novos gestos. Neste meio tempo o povo padece, enquanto os livros de exegeses, comentários bíblicos e boa teologia apodrecem. O trabalho demorado na análise de um texto bíblico é coisa do passado, agora temos todas as Bíblias comentadas, banalmente comentadas e o povo banalmente se assenta nos bancos das igrejas, mendigando uma pregação bíblica.
Foi-se a autenticidade e a originalidade, viva a medíocre mania de imitar e importar a última onda a surgir. Sim, porque até a próxima, adota-se a atual.

Só resta gritar, o grito dos moradores de Jerusalém, Hosanas – Salva-nos Senhor!!!!

Por: Rogério Nascimento

Via: Apologetica crista

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“Mais importante que ser evangélico é ser bíblico” - George Knight .