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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

19 de fevereiro de 2010

Edir Macedo, Padre Fábio e Russel Sheed no barquinho, no mar da Galiléia


Por Leonardo Gonçalves

Os cruzeiros religiosos estão na moda. Ou é isso, ou então era eu que morava na lua e não via essas coisas acontecendo aqui no nosso planeta.

Faz alguns dias que Jonara me informou sobre um cruzeiro gospel, organizado pelo mega-bispo e dono da Igreja (sic) Universal, Edir Macedo, com a presença de várias vozes ungidas e extravagantes. A promessa era de apresentações de grandes nomes da musica gospel, o que justificaria o preço exorbitante do boleto de viagem.

Uma semana depois, soube de outro cruzeiro (este católico). A bordo, ninguém menos que ele, o padre galã que tem deixado as irmãzinhas com as emoções afloradas, Fábio de Melo. Segundo o que entendi, o cruzeiro era um tipo de um pré-carnaval, uma “micareta católica” por assim dizer. O consumo de álcool foi liberado, desde que com moderação. Depois da farra, para ficar de bem com Deus, os tripulantes podiam rezar o terço com a atriz Myriam Rios. Aleluia!

Ontem foi o portal OGalileo que publicou a notícia de um cruzeiro teológico. À bordo, grandes nomes da teologia brasileira, como Russel Sheed e Luiz Sayão. No louvor, André Paganelli com seu sax,Rayssa e Ravel cantando sertanejo gospel e Ministério Nova Jerusalém com muito mantra extravagante. [clique aqui e leia a notícia completa]

Sinceramente? Eu não iria a um cruzeiro pelo momento, tanto por razoes financeiras, como por questão de prioridade, mas também não posso condenar ninguém por gastar seu dinheiro como bem entender. Choca-me, no entanto, o fato do nome de Jesus estar sendo usado para promover este tipo de turismo. Chamadas como: “Venha participar deste maravilhoso cruzeiro evangélico, onde a unção de Deus se fará presente de maneira poderosa”, me causam indignação e repulsa. Penso que estes merchandisings com o nome do Senhor e seu evangelho são ultrajantes, e não deveriam jamais ser usados.

Mas o cruzeiro não faria sucesso se não houvesse quem pague (e caro!) por três dias na companhia do seu ungidão favorito. O palhaço só faz sucesso por conta da platéia, e assim, enquanto milhões de pessoas morrem de fome todos os dias, a cristandade passeia pela orla do país em navios luxuosos, totalmente alheios aos dramas sociais dos seus contemporâneos.

E
você, amigo leitor, o que pensa de tudo isso?
***
Postou Leonardo Gonçalves, no Púlpito Cristão


Comentário renegado:


Para completar o que meu estimado companheiro blogueiro Leonardo disse, eu vou expressar minha opinião:


O oposto ao amor não é o ódio e sim a indiferença.

Você pode amar uma pessoa e odiar outra, mas a partir do momento que sua indiferença aumenta, você começa a desprezar todos os seres humanos a sua volta.


Quando o ódio está a tona, você pensa na pessoa, inventa subterfúgios para tentar massacrá-la, mas se importa com o estado dela, mesmo que deseje vê-la sofrendo.

Já a indiferença te transforma em um robô, onde suas emoções são completamente banidas e o seu desejo de bem estar supera a sua consciência e mesmo que a pessoa esteja carecendo de sua ajuda, você simplesmente ignora. Não dá a mínima.

Vira as costas e vai embora, seja para um congresso "gospel" ou um "cruzeiro".




Aos que preparam os cruzeiros, congressos, retiros e demais coisas estranhas que insistem em cobrar dinheiro para que as pessoas participem, vai meu recado escrito em Mateus Capítulo 10 versículo 8:




DE GRAÇA RECEBESTE, DE GRAÇA DAÍ



Depois dessa, qual o seu argumento?



Postado por Alan orenegado

3 comentários:

  1. Amigo, excelente texto abordado. Estes cruzeiros em vez de retiro é uma tremenda festa e o que se faz de menos é orar. Nunca vi bebida em cruzeiro religioso. Tens razão em falar que enquanto tem pessoas morrendo de fome os pastores e padres inventam um cruzeiro caríssimo, e olha que com este eles arrecadam milhões, para onde será que vai todo esse dinheiro? para a conta bamcária deles.

    Abraços.

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  2. Quem sabe os mais abonados estao precisando mais do que nos de serem convertidos a Cristo, de tornarem-se pessoas melhores. Nao e preciso aceitar as atitudes dos membros das igrejas, mas julgar nao cabe a n'os.

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  3. Por que esses endinheirados não fazem uma vaquinha e não fretam um avião para a Somália? Por que eles não fazem trabalhos missionários no Haiti ou em Guiné Bissau? Por que eles não fazem evangelismo de rua na Índia (correndo o risco de serem mortos pelos fundamentalistas hindus) ou na China (onde certamente eles serão presos e deportados)?

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