TRANSE HIPNÓTICO

No afã de conquistar o maior número possível de analfabetos bíblicos para os arraiais do engodo, os pastores (e pastoras) pentecas têm apelado para todos os tipos de novidades.

Certa jovem, que encontrei numa loja de produtos naturais, há poucos anos, confidenciou que sua "pastora" havia dado uma palestra "evangélica" sobre  como segurar o marido, usando certos subterfúgios sexuais,  que a Bíblia jamais iria respaldar, pois demonstram uma tremenda falta de decoro cristão. Mesmo assim, a tal "pastora" garantiu que "dentro de quatro paredes, tudo que um homem e uma mulher casados possam fazer, é por Deus abençoado". Claro que essa turma de pentecas desconhece Romanos 14:23, que diz: "Tudo que não é de fé é pecado". Será que uma relação sexual fora dos padrões normais é um ato "de fé?"

Para esses líderes emergentes, não interessa que certos atos sejam indecentes, prejudiciais à saúde e até mesmo financeiramente onerosos. O importante é que os pecadores fiquem satisfeitos na luxúria e continuem dizimando, generosamente, nas "sinagogas" pentecas, a fim de que os seus líderes possam morar em lindas casas, trocar de carro todo ano e viajar para os congressos em Miami, onde irão aprender novas aberrações pentecostais com Benny Hinn, Kenneth Copeland e outros pentecas mentirosos e indecentes.

Não foi à toa que a esposa de Benny Hinn foi autoada, em Joanesburgo (África do Sul), pelo furto de dois pijamas, num shopping. Este pecado é menos chocante, comparado à imoralidade respaldada por alguns líderes, contanto que esta aconteça "dentro de quatro paredes". Isso porque o "deus" deles deve ser cego e surdo, ou estar viajando, como o Baal dos cananeus e, portanto,  não esteja podendo ver o que se passa em oculto.

Recebi um e-mail contando que "a pastora Alda Célia e a Bispa da 'Sara Nossa Terra' lançaram o Aroma Gospel, a unção em spray". Ora, depois desse aroma gospel, na certa virão a calcinha e o sutiã gospel, os quais serão vendidos a peso de ouro, pois "um abismo chama outro abismo" (Salmos 42:7).

        Quando eu era empresária na linha de cosméticos, um pastor da Igreja de Nova Vida, que estava iniciando uma nova congregação em nosso bairro,  encomendou 10 litros de óleo perfumado, para ser "ungido" por ele e, em seguida, usado em  sua igreja. Quando indaguei como o óleo iria  funcionar, ele confessou que aquela seria a maneira de atrair novos membros, pois, pelo fato dele estar usando apenas um óleo de cozinha, algumas visitas haviam reclamado contra o cheiro. E completou que a igreja estava em começo e ele precisava sair vitorioso naquela empreitada, a fim de crescer dentro da organização. Fabriquei os 10 litros, pelos quais cobrei 500 dólares, e ele pagou na hora. Esta foi uma das poucas vezes em que saí lucrando com o engodo penteca.  

Esta novidade do "aroma gospel" - inventada pelas pastoras pentecas - é outro exemplo de como essa turma (não convertida e pregadora de um evangelho invertido) usa a vaidade humana, enaltecendo a auto-estima, a fim de atrair pessoas para suas "sinagogas", onde o exemplo da Rainha Ester predomina sobre as mulheres. Não interessa se Ester se embelezou tanto, para seduzir o Rei Assuero e, desse modo, salvar o povo judeu do extermínio, pois, sem a existência desse povo, Jesus não poderia ter nascido em forma humana.

O que interessa a esses enrustidos usuários do Velho Testamento é que a Igreja seja considerada o "Israel de Deus", e que os cristãos tenham os mesmo direitos do povo judeu, sendo fisicamente abençoados, em todos os sentidos... Mas os castigos que iriam recair sobre os judeus, quem seria bobo de assumir? A liderança penteca ainda não entendeu que à igreja Jesus prometeu bênçãos espirituais e sofrimento, nunca riqueza e poder...

Usar certos subterfúgios para segurar o marido - ou atrair membros para as suas "sinagogas", é desprezar os ensinos do Apóstolo Paulo, que é o nosso teólogo. Os pastores pentecas nunca pregam o evangelho de Paulo, porque ele é repleto de simplicidade, não dá margem a qualquer tipo de esperteza e, por isso, não lhes interessa.  Infelizmente, o que menos interessa à maioria da liderança penteca é que os pecadores reconheçam os seus pecados,  arrependam-se, confessem-nos e passem a viver uma vida honesta, depois de se submeterem ao senhorio de Jesus Cristo.

E com o objetivo de abafar os suaves apelos do Espírito Santo (que eles transformaram num ofice-boy em suas sinagogas), haja barulho, palmas e gingados do corpo, pois assim os membros serão levados a uma espécie de transe hipnótico e farão tudo que os falsos mestres ordenarem...

Recebi da autora via e-mail: Mary Schultze, 23/02/2010 – www.maryschultze.com