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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

18 de fevereiro de 2010

Show do Bilhão

Se no passado, Pedro e João não tinham ouro e nem prata para dar, a situação atual da Igreja evangélica brasileira parece ser bem diferente. De acordo com a reportagem abaixo, as igrejas evangélicas arrecadam quase o dobro do que paróquias católicas em dízimos e ofertas. A arrecadação mensal dos evangélicos no Brasil chega à casa dos bilhões.

capitalistaAs igrejas evangélicas no Brasil arrecadam, por mês, cerca de um bilhão de reais em dízimos, ofertas e contribuições de seus fiéis. A vultosa cifra consta de uma pesquisa realizada pelo Instituto Análise e divulgada em outubro. No mesmo levantamento, apurou-se que a Igreja Católica, confissão majoritária no país, fatura bem menos – as doações mensais não ultrapassam os R$ 680 milhões. Foram ouvidas cerca de mil pessoas em 70 cidades de diferentes regiões brasileiras. De acordo com o estudo, as denominações que mais faturam são a Assembleia de Deus, maior igreja evangélica nacional, e a Igreja Universal do Reino de Deus. As duas abocanham mais da metade dos recursos destinados ao segmento. Nem a crise econômica que abalou o mundo ao longo do último ano arrefeceu o espírito participativo do crente em relação à sua igreja.

"Os evangélicos estão se capitalizando mais ao longo dos anos", avalia Alberto Carlos Almeida, diretor do instituto e coordenador do estudo. Segundo ele, a prova disso é a concentração de emissoras de TV e rádio nas mãos de organizações eclesiásticas e a construção de megatemplos, sobretudo nas grandes cidades. "Parte desse dinheiro é usada para financiar campanhas políticas de candidatos ligados às igrejas. A tendência é a influência evangélica aumentar", acredita.

Pelos números da pesquisa, cada evangélico doa em média R$ 31,50 mensais, contra R$ 14 oferecidos pelos católicos às suas paróquias. A explicação para o aparente paradoxo entre a quantidade de doadores dos dois grupos e o montante oferecido é simples, segundo Almeida: a voracidade financeira das igrejas evangélicas, particularmente as neopentecostais. "O catolicismo pede dinheiro envergonhadamente", explica o pesquisador.

Fonte: Cristianismo Hoje.

Isso prova que se a Igreja não alimenta os pobres e não envia missionários ao campo, não é por falta de dinheiro. É por falta de visão.

Vi em: Pão e Vinho

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