Não estava nos meus planos postar nada hoje, mas ao visitar o Usuário Compulsivo em busca de dicas para personalizar este blog encontrei um arquivo PDF com uma lista extensa de nomes de igrejas. Já havia postado sobre isso aqui, no artigo um nome chamativo sem nenhum sentido, mas me vi obrigada a atualizar os leitores do blog com este material. Além da tal lista, vou complementar este novo artigo com informações da Revista Eclésia (todas as citações são da matéria Igrejas para todos os gostos).
Existe, por exemplo, uma certa Assembléia de Deus Com Doutrinas e Sem Costumes, no subúrbio do Rio de Janeiro. No interior de Minas, funciona a Igreja Evangélica A Última Trombeta Soará. Isso sem falar na Igreja Cuspe de Cristo, em São Paulo.
Pode-se discutir o gosto de quem inventa tais nomes, mas o fato é que os aproximadamente 26 milhões de evangélicos brasileiros têm à disposição um variadíssimo cardápio de opções para filiação religiosa. Curiosos, bizarros e imaginativos, os nomes de igrejas, digamos, originais, compõem uma extensa lista: há, por exemplo, a Igreja Pentecostal Alarido de Deus, de Anápolis (GO), cujos cultos não devem ser nada silenciosos; a Igreja Evangélica Deus Pentecostal da Profecia, de São Mateus (ES), que não deixa dúvidas sobre o caráter avivado do povo que se reúne ali; ou ainda a Igreja Evangélica Vida Profunda, da Itaperuna (RJ), onde o crente, já na entrada, recebe um estímulo para deixar de lado a superficialidade na sua relação com Deus. Já a Igreja da Revelação Rápida parece ter sido feita de encomenda para os fiéis mais apressadinhos.
Ao contrário dos cartórios que barram nomes impróprios para crianças, no caso de igrejas a coisa é bem mais fácil... Basta um pouco de criatividade para lançar seu nome no mercado religioso.
A multiplicação de igrejas só acontece porque, no Brasil, é muito fácil abri-las. É o que diz Rubens Moraes, 71, pastor da Assembléia de Deus de Madureira, no Rio. Ele também é contador e trabalha há quase 40 anos na área de legalização de entidades evangélicas. “Para se abrir uma igreja, não é necessário muita coisa”, explica. “Junta-se uma diretoria composta por oito pessoas; depois convoca-se uma reunião para emitir a ata de fundação. A partir daí, basta elaborar o estatuto e registrá-lo no cartório”, ensina. Com este registro, é possível solicitar o cartão do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, o CNPJ, o que pode ser feito até pela internet.
Segundo Rubens, todo o processo é baratíssimo. “Se o próprio interessado quiser fazer tudo, vai desembolsar cerca de R$ 250. Caso prefira contratar um contador, o gasto fica entre 600 e mil reais.” Isso, claro, se o empreendedor não preferir fazer tudo clandestinamente e atuar ao arrepio da lei.
Existem também aqueles que querem pegar carona no sucesso alheio:
Outra estratégia muito utilizada, até mesmo em busca de legitimidade, é a inclusão do nome de uma denominação já conhecida. É grande a quantidade de comunidades independentes que adotam, por exemplo, nomes como “Assembléia de Deus de tal-tal-tal, ou “Igreja Batista disso-ou-daquilo”, mesmo sem ter quaisquer vínculos com as convenções batistas ou assembleianas estabelecidas. “Este tipo de procedimento nos incomoda bastante, inclusive porque não temos qualquer controle sobre a doutrina ou liturgia praticada nestas igrejas”, comenta um pastor ligado à Convenção Batista Fluminense que, para evitar constrangimentos de parte a parte, pediu para não ser identificado.
Ele diz que a entidade já teve problemas com isso – segundo o pastor, houve casos, por exemplo, de fiéis dessas igrejas de linha independente buscarem algum tipo de satisfação por desvios de conduta de seus líderes. “A marca ‘Igreja Batista’ é respeitada até mesmo fora dos meios evangélicos. Então, há pessoas que se aproveitam disso e usam o nome de nossa denominação para passar credibilidade.” Interessante, também, é a megalomania encerrada em nomes grandiloqüentes, tais como “sede mundial” ou “ministério internacional”. Às vezes, igrejinhas que possuem um único templo ostentam, orgulhosas, placas com tais dizeres. Isso quando o nome do mandachuva não aparece em letras garrafais, às vezes, maiores até do que os nomes “Deus” ou “Jesus”.
Ah sim, para acessar a lista é só clicar aqui.
PS: aviso para os puristas: o Compulsivo é ateu, mas suas dicas para o blogspot sempre são ótimas.
Fonte e autora: Nani e a Teologia
21 de fevereiro de 2010
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Pequenas igrejas e seus "GRANDES" nomes
3 comentários:
Comenta! Elogia! Critica! É tudo para o Reino!
Considere apenas:
(1) Discordar não é problema. É solução, pois redunda em aprendizado! Contudo, com modos.
(2) A única coisa que eu não aceito é vir com a teologia do “não toque no ungido”, que isto é conversa para vendilhão dormir... Faça como os irmãos de Beréia e vá ver se o que lhe foi dito está na Palavra Deus!
(3)NÃO nos obrigamos a publicar comentários ANÔNIMOS.
(5) NÃO publicamos PALAVRÕES.
“Mais importante que ser evangélico é ser bíblico” - George Knight .
Olá! Eu li o artigo do compulsivo no dia do post e fiquei confusa:
ResponderExcluirNão sabia se ria ou
Se ficava indignada com tanta levianidade... aff
[ ]s
Ninguém precisa ser advogado ou conhecer muito de leis para saber que é mais fácil no Brasil você abrir um igreja do que um bar!
ResponderExcluirSe em um primeiro momento isso pode parecer muito bom, ora bolas afinal é a divulgação do evangelho de Cristo, em poucos instantes vamos nos deparar com uma realidade triste e indignante. Esta facilidade promoveu aqui em nosso país uma onda de "igrejas quiosques" sem nenhuma estrutura ou preparo, que se espalharam principalmente nos grandes centros onde uma loja ou sala de 5m x 7m, se torna uma "igreja" com direito a placa na porta cadeiras de plástico, pulpito feito de tábuas e um som que parece ter sido tirado do quarto de um adolescente qualquer. Não estou aqui dizendo que muitas congregações de igrejas sérias que são abertas em lugares carentes não sejam importantes, mas é só dar uma olhada na lista de nomes colocada no artigo, para entendermos que isso tudo vai be mais além.
Eu não concordo que o estado deve se envolver com as questões de igrejas, ele deve ser laico em sua essência para garantir a plena liberdade de culto a todos, mas ele também precisa zelar para que a população são seja assolada por pessoas mal intencionados que sob o pretexto de "boas ações" exploram as mazelas humanas. Há algum tempo algumas ONGs sofreram uma devassa por parte da justiça, onde se descobriu um nicho de espertalhões roubando os cofres públicos e recebendo doações de pessoas que achavam que cooperavam com um bem maior. Me pergunto muitoas vezes se não chegou a hora de fazer os mesmo com alguns lugares que se chamam de "igrejas".
"Guardai-vos dos escribas, que querem andar com vestes compridas e amam as saudações nas praças, e as principais cadeiras nas sinagogas, e os primeiros lugares nos banquetes;que devoram as casas das viúvas, fazendo, por pretexto, largas orações. Estes receberão maior condenação." Lc 20:46-47
Luiz
Olá, Post Muito Interessante ! :D Prazer sou o Cristian, dono do Blog http://quemderaserpoeta.blogspot.com/
ResponderExcluirO Blog foi criado para a junção e a transmissão de idéias sobre um mesmo assunto: O AMOR DE DEUS!
Será que poderíamos fazer uma parceria? Eu divulgo seu link ou banner no meu blog e tu divulgas o meu?
Caso queira uma Parceria para poder levar o nome de Jesus Cristo mais além, entre em contato por email...
smoothrage@hotmail.com
Obrigado! :D
Fique com DEUS!
A Paz!