Por Sheila Bastos
As expressões de fé e as confissões religiosas públicas sempre estiveram presentes no futebol. Mais do que isto: foram acalentadas pelo povo, cartolas e imprensa que viam com simpatia as manifestações religiosas de jogadores de futebol. Quantas vezes vimos atletas marcarem gol e comemorarem com um "sinal da cruz"? E os carrinhos que terminam em posição "reza em joelhos, com as palmas juntas das mãos?" Alguém nega que a maioria dos jogadores beija medalhas e santos ao entrarem em campo para jogar? Então perguntamos: Alguém se lembra de ter visto a imprensa ou os cartolas criticarem tais atitudes da expressão de fé católica? Certamente, não. Tudo o que vimos ao longo da história do futebol brasileiro é a rica e constante relação entre o exercício da fé católica e o esporte, marcado por padres benzendo taças, gramados e ainda orando com os times antes dos jogos. Contudo, quando as expressões de fé evangélicas ficaram mais comuns nos estádios, as críticas, o preconceito e as conclamações ao proceder laico no esporte viraram lugar comum.
Católicos em Campo - Direita: Jairzinho de joelhos rezando com terço nas mãos na Copa de 70. Acima à esquerda: Padre bezendo campo do Flamengo. Esquerda: A comemoração habitual da imprensa carioca inclui vestir o Cristo Redentor com a camisa do time campeão
Quem não se lembra das reportagens animadas dos programas de esporte na TV mostrando "pais de santo" fazendo despacho atrás das traves e nos cantos dos campos nos estádios do país? O que dizer da famosa frase do grande filósofo do futebol, Neném Prancha: "se macumba ganhasse jogo, o Campeonato Baiano terminava empatado". Não seria esta uma enorme evidência desta relação próxima entre o esporte e a religião? Todos sabem que alguns times chegaram a ter "pais de santo" em sua folha de pagamento e a própria seleção brasileira (na década de 70-80) contava com um roupeiro, também encarregado oficial de pajelanças espíritas antes dos jogos. E o que a imprensa fazia sobre isto? Matérias de comportamento simpáticas e bem humoradas às vésperas das decisões de campeonato. Contudo, quando os jogadores da seleção brasileira decidiram orar ao Senhor, dando a Este toda a Glória da vitória obtida: imprensa, dirigentes, juristas, FIFA, empresas de marketing esportivo e patrocinadores orquestram verdadeira campanha de cerceamento dos evangélicos de sua liberdade de expressão religiosa.
Recentemente, o Portal Terra divulgou fotografias do vestiário do time do Santos que deixam muito evidente que o cerceamento ao exercício da Fé e às demonstrações públicas de religiosidade são restritas somente aos evangélicos. Católicos e espíritas recebem incentivo à prática religiosa, como atesta a fotografia que ilustra esta matéria, revelando a capelinha existente no vestiário do estádio do clube, obviamente nada ecumênica, onde os jogadores que assim desejarem podem fazer "reza defronte imagens" antes dos jogos, segundo o costume católico e espírita. Porém, aos evangélicos vale a regra do manual de conduta do jogador do Santos que veda as manifestações religiosas públicas no exercício das atividades esportivas ou oficiais do clube. Segundo consta, a regra foi feita sob medida para o volante Roberto Brum, evangélico notório e evangelista atuante no campo esportivo. Ou seja, o embate entre os jogadores evangélicos e a direção do clube é muito anterior ao episódio do Lar Espírita.
Espíritas em Campo (foto): Pai Santana, figura lendária do futebol nacional, era dublê de macumbeiro oficial e massagista do Vasco da Gama
Os direitos dos Evangélicos
O time do Santos foi levado a uma visita oficial (Atividade de Relações Públicas com a convocação da Imprensa) a um orfanato mantido por uma instituição religiosa Espírita. Ao serem informados que no local estaria em curso um ritual religioso alguns jogadores evangélicos decidiram não participar do evento.
Se de fato havia um ritual espírita em prática no momento da visita, teriam os evangélicos o direito de não querer adentrar no recinto? Estariam sendo menos caridosos com esta atitude? Faça esta pergunta a dez pastores evangélicos e esperem nove respostas de apoio a esta recusa e uma abstenção concedida ao politicamente correto.
Quem não se lembra das reportagens animadas dos programas de esporte na TV mostrando "pais de santo" fazendo despacho atrás das traves e nos cantos dos campos nos estádios do país? O que dizer da famosa frase do grande filósofo do futebol, Neném Prancha: "se macumba ganhasse jogo, o Campeonato Baiano terminava empatado". Não seria esta uma enorme evidência desta relação próxima entre o esporte e a religião? Todos sabem que alguns times chegaram a ter "pais de santo" em sua folha de pagamento e a própria seleção brasileira (na década de 70-80) contava com um roupeiro, também encarregado oficial de pajelanças espíritas antes dos jogos. E o que a imprensa fazia sobre isto? Matérias de comportamento simpáticas e bem humoradas às vésperas das decisões de campeonato. Contudo, quando os jogadores da seleção brasileira decidiram orar ao Senhor, dando a Este toda a Glória da vitória obtida: imprensa, dirigentes, juristas, FIFA, empresas de marketing esportivo e patrocinadores orquestram verdadeira campanha de cerceamento dos evangélicos de sua liberdade de expressão religiosa.
Recentemente, o Portal Terra divulgou fotografias do vestiário do time do Santos que deixam muito evidente que o cerceamento ao exercício da Fé e às demonstrações públicas de religiosidade são restritas somente aos evangélicos. Católicos e espíritas recebem incentivo à prática religiosa, como atesta a fotografia que ilustra esta matéria, revelando a capelinha existente no vestiário do estádio do clube, obviamente nada ecumênica, onde os jogadores que assim desejarem podem fazer "reza defronte imagens" antes dos jogos, segundo o costume católico e espírita. Porém, aos evangélicos vale a regra do manual de conduta do jogador do Santos que veda as manifestações religiosas públicas no exercício das atividades esportivas ou oficiais do clube. Segundo consta, a regra foi feita sob medida para o volante Roberto Brum, evangélico notório e evangelista atuante no campo esportivo. Ou seja, o embate entre os jogadores evangélicos e a direção do clube é muito anterior ao episódio do Lar Espírita.
Espíritas em Campo (foto): Pai Santana, figura lendária do futebol nacional, era dublê de macumbeiro oficial e massagista do Vasco da Gama
Os direitos dos Evangélicos
O time do Santos foi levado a uma visita oficial (Atividade de Relações Públicas com a convocação da Imprensa) a um orfanato mantido por uma instituição religiosa Espírita. Ao serem informados que no local estaria em curso um ritual religioso alguns jogadores evangélicos decidiram não participar do evento.
Se de fato havia um ritual espírita em prática no momento da visita, teriam os evangélicos o direito de não querer adentrar no recinto? Estariam sendo menos caridosos com esta atitude? Faça esta pergunta a dez pastores evangélicos e esperem nove respostas de apoio a esta recusa e uma abstenção concedida ao politicamente correto.
Evangélicos em Campo - Acima à esquerda: Esta manifestação evangélica da seleção brasileira foi alvo de crítica da imprensa e terminou por criar censura por parte da FIFA e da CBF. Acima à direita: Kaká é notório evangelista em campo. Abaixo: Seleção Brasileira feminina orando
Dois pesos e duas medidas
Para o Presidente do Santos, Luis Álvaro Ribeiro, 'Amor ao próximo não tem a ver com religião' e os jogadores erraram, foram preconceituosos e pouco caridosos. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Ribeiro afirmou: "alguns atletas não quiseram entrar no local por motivo religioso e outros por terem sido alertados sobre as "cenas chocantes" que encontrariam no Lar". "O erro merece perdão e o perdão merece aplausos. Todo mundo erra". E concluiu informando que o time voltará ao local para outra visita.
Dois pesos e duas medidas
Para o Presidente do Santos, Luis Álvaro Ribeiro, 'Amor ao próximo não tem a ver com religião' e os jogadores erraram, foram preconceituosos e pouco caridosos. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Ribeiro afirmou: "alguns atletas não quiseram entrar no local por motivo religioso e outros por terem sido alertados sobre as "cenas chocantes" que encontrariam no Lar". "O erro merece perdão e o perdão merece aplausos. Todo mundo erra". E concluiu informando que o time voltará ao local para outra visita.
Presidente do Santos, Luis Álvaro Ribeiro: Lamento, mas entendo. Já tive 18 anos e, nessa idade, a gente é radical e fundamentalista nas decisões
Quando consideramos os seguintes fatos: (1) a maioria dos centros espíritas mantém centros de caridade, esmagadoramente voltados a crianças e idosos; (2) Recebem o nome de Lar, mas também são "centros espíritas"; (3) São locais de caridade, mas também de doutrinação; (4) abrigam no mesmo local os salões de prática espírita de comunicação com os mortos; (5) eventos desta natureza são vedados aos praticantes da fé evangélica. Perguntamos: (1) Algum pastor evangélico deixaria de censurar um membro de sua igreja que participasse de uma cerimônia desta natureza?; (2) Membros de igreja evangélica podem freqüentar centros espíritas? As duas respostas são sonoros NÃO. Perguntamos ainda: Os jogadores do Santos foram levianos ou tolos ao imaginar que tais cerimônias poderiam estar em curso em um "Lar Espírita"? Claro que não. Estas cerimônias são comuns nestes "Lares". Portanto, se a direção do clube tinha a intenção sincera de manter a prática religiosa vedada durante o exercício esportivos e eventos conexos, deveria, ela mesmo, dar o exemplo e seguir as suas próprias regras, ou seja: retirar do vestiário do clube a capela católica; e (2) levar a caridade aos órfãos e viúvas do referido lar às dependências do próprio clube ou em outro local não vinculado a práticas religiosas; (3) reprimir a macumba no gramado e na arquibancada da Vila Belmiro; e, principalmente (4) evitar rotular a confissão de fé evangélica de "fundamentalismo", como assim o fez o presidente do clube na referida entrevista à Rádio Bandeirantes: "Já tive 18 anos e, nessa idade, a gente é radical e fundamentalista nas decisões."
Vestiário do Santos
Quando consideramos os seguintes fatos: (1) a maioria dos centros espíritas mantém centros de caridade, esmagadoramente voltados a crianças e idosos; (2) Recebem o nome de Lar, mas também são "centros espíritas"; (3) São locais de caridade, mas também de doutrinação; (4) abrigam no mesmo local os salões de prática espírita de comunicação com os mortos; (5) eventos desta natureza são vedados aos praticantes da fé evangélica. Perguntamos: (1) Algum pastor evangélico deixaria de censurar um membro de sua igreja que participasse de uma cerimônia desta natureza?; (2) Membros de igreja evangélica podem freqüentar centros espíritas? As duas respostas são sonoros NÃO. Perguntamos ainda: Os jogadores do Santos foram levianos ou tolos ao imaginar que tais cerimônias poderiam estar em curso em um "Lar Espírita"? Claro que não. Estas cerimônias são comuns nestes "Lares". Portanto, se a direção do clube tinha a intenção sincera de manter a prática religiosa vedada durante o exercício esportivos e eventos conexos, deveria, ela mesmo, dar o exemplo e seguir as suas próprias regras, ou seja: retirar do vestiário do clube a capela católica; e (2) levar a caridade aos órfãos e viúvas do referido lar às dependências do próprio clube ou em outro local não vinculado a práticas religiosas; (3) reprimir a macumba no gramado e na arquibancada da Vila Belmiro; e, principalmente (4) evitar rotular a confissão de fé evangélica de "fundamentalismo", como assim o fez o presidente do clube na referida entrevista à Rádio Bandeirantes: "Já tive 18 anos e, nessa idade, a gente é radical e fundamentalista nas decisões."
Vestiário do Santos
Por Editor-Chefe, OGalileO
A atitude dos jogadores do Santos foi uma atitude irresponsavel e impensada, demonstrando uma extrema falta de TOLERÂNCIA religiosa. Se existe um preconceito contra evangélicos é por causa de atitudes como essa.
ResponderExcluirQuando você diz que a maioria dos Pastores aprovariam essa atitude, lembre também que a grande maioria dos pastores é despreparada para atuar como tal, realizando ações como essa ou chutando a imagem de um santo em rede nacional.
Mas uma coisa você esta certo, existe uma intolerância muito grande contra manifestações protestantes no futebol. A própria Fifa proibi esse tipo de manifestação, mas autoriza empresas que usam, e abusam, de mão-de-obra semi-escrava a fazerem propaganda nos jogos.