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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

27 de junho de 2012

Que autoridade vemos hoje?

"E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou de sua doutrina, pois os ensinava com autoridade; e não como os escribas" (Mateus 7.28-29).

Que autoridade seria essa que o apóstolo Mateus e o povo viu em Jesus após todo o sermão da montanha? Qual seria essa tão fabulosa característica da pregação de Cristo que admirou o povo a ponto de compara-lo aos influentes escribas, que eram os sábios e conhecedores das Escrituras Sagradas naquela época? O que seria essa tal AUTORIDADE?

E muito mais importante: SERÁ QUE TEMOS TAL AUTORIDADE NOS DIAS DE HOJE? Será que o que vemos nos púlpitos atualmente é uma autoridade tal qual a de Cristo? Nos programas de TV e rádio, nos shows e eventos gospel, algum de nós vê essa autoridade SEMPRE?

Pra infelicidade geral, não. Não mesmo. O que se vê é uma forçação de autoridade. Um bando de gente usando argumentos como "se eu não for homem de Deus, aqui não tem milagre então", "eu como REPRESENTANTE DO SENHOR venho aqui ordenar que sua vida vai mudar ainda hoje!" e coisas do gênero. Usam indevidamente II Crônicas 20.20, com bravatas do tipo “Ninguém é obrigado, mas se não doar está sendo desobediente aos ‘profetas’” ou "Se você não der você não tem fé para receber mais" ou o pior, "OU DÁ OU DESCE". Acha pouco? Se você questionar a autoridade deles, corre o risco de ser "amaldiçoado". Parece brincadeira, mas não é. Eu sei disso, sou testemunha, já ouvi isso em uma igreja a qual fui membro. Sabem o que é ouvir do seu pastor que se você não participasse de uma campanha de arrecadação de fundos pra igreja você seria AMALDIÇOADO? Pois é, eu ouvi isso, minha mãe também.

A autoridade de Jesus não era essa. Não era imposta. Não estava em promessas de milagres, de vida próspera na Terra. Sua autoridade não estava em palavras e discursos bem preciosistas nem em abundancia de palavras. Não estava em falar o que o povo gostaria de ouvir. Pelo contrário, estava numa questão que o povo logo percebeu para o distinguir dos escribas: VIDA. Albert Schweitzer afirmou uma vez: "Dar o exemplo não é a melhor maneira de se ensinar - é a única." E Paulo foi bem claro ao dizer "Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo." (1 Co 11.11). Paulo não estava dizendo "eu sou IGUAL e PERFEITO como Cristo", estava dizendo "façam como eu, que busco imitar a Cristo, vejam na minha vida o quanto eu tento seguir os passos de Cristo até o Calvário com minha cruz nos ombros". É isso. Jesus tinha uma vida que era o espelho do seu discurso. Os escribas não, como Jesus mesmo denunciou diversas vezes, os chamando de hipócritas (Mateus 23.23) por pregarem uma vida extremamente piedosa, mas eram sepulcros caiados, aparentemente limpos por fora, mas imundos por dentro (vv. 27-28).

Que Deus tenha misericórdia de nós, e possa senão converter os corações desses falsos pastores que se vendem por aí, que Ele possa os remover de seus tronos e levantar verdadeiros homens de Deus no lugar. Essa é a minha oração e espero que a de todos nós.




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