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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

4 de junho de 2012

Ungir instrumentos ou SERMOS instrumentos ungidos?



Uma das maiores tolices que eu como músico e cristão, que faço músicas (não músicas "cristãs", pois música não se converte, e sim músicas com temas cristãos - e até mesmo seculares, por que não?), é uma mania absurda chamada "unção de instrumentos". Muita gente cegamente manda o pastor ungir - ou até a própria pessoa o faz - seu teclado, guitarra, violão, atabaque, bateria, pandeiro, microfone, tudo o mais, dizendo assim estar não só separando APENAS pra tocar músicas "cristãs" (hipocrisia extrema), como também pra que emanem desses instrumentos a libertação para as pessoas, como acontecia com a lira de Davi (I Sm 16.14-23).

A questão problema disso tudo está em duas coisas básicas (1ª) - Não existe, como eu já afirmei, música "cristã". Existem músicas com temática cristã, músicas com temáticas "positivas" (ou seja, não voltadas especificamente pro Evangelho - músicas românticas, de protesto, poéticas, etc), músicas de temática PSEUDOCRISTÃ (isso está LOTADO no meio gospel de uns tempos pra cá) e músicas de temáticas espúrias (com ênfase em sexo vulgar, violência gratuita, temáticas místicas e/ou diabólicas, anticristãs/antiDeus e/ou incentivadoras de práticas abomináveis). Cabe ao músico cristão saber discernir tais coisas e saber escolher as duas primeiras opções (ou no mínimo apenas a primeira, caso Deus tenha assim determinado em seu coração) e afastar-se das duas últimas; (2ª) Em nenhum momento da Bíblia vemos que alguém, seja Davi ou outra pessoa, que tenha pego sua lira e derramado óleo da unção sobre ela. Davi sim foi ungido, mas o que mais determinou a capacidade de libertação em sua lira não foi nem a lira em si, a música que emanava dela ou a unção com óleo que Samuel derramou sobre Davi, mas sim A COMUNHÃO DE DAVI COM DEUS. Observemos que no texto de I Samuel que foi separado nesse texto Davi está orando por Saul, que TAMBÉM HAVIA SIDO UNGIDO PELO MESMO SAMUEL - Saul chegou até mesmo a profetizar a Deus após a unção (I Sm 10.5-13) - mas vejam só, precisava naquele momento de libertação, pois havia perdido a comunhão com Deus em troca de agrados e aprovação do povo (que lição essa pros que vivem achando que PASTOR por ser "ungido do Senhor" é um ser blindado e infalível!). Unção com óleo nunca tornou NINGUÉM santo e perfeito, apenas era um simbolismo de separação para uma obra específica.

Sinceramente, ao meu ver, muito mais útil que ficar melando os instrumentos com óleo é SER UM INSTRUMENTO UNGIDO de Deus. E quando eu digo isso, não tem NADA A VER com pedir pro pastor te melecar com óleo, e sim VIVER EM COMUNHÃO COM DEUS para ser realmente usado por ele, por seu Espírito Santo. Eu em meus 10 anos como músico NUNCA pedi pra ungirem meu teclado, minha gaita e nem o farei com meu violão. EU que tenho que saber bem o que estou tocando e também viver para o Senhor de verdade. Na Bíblia de Estudo de Louvor e Adoração publicada pela SRG Publicações existe um estudo do Ronaldo Bezerra que fala justamente de ser um músico consagrado a Deus. Muitos pedem pra ungir seu violão e amanhã estão tocando numa roda de amigos músicas infames e anticristãs. Alguns tocam no altar com baterias ungidas e depois do culto estão num motel com uma irmãzinha que não é a esposa dele. Tocam em guitarras ungidas solos em ALTÍSSIMO volume pra igreja toda ensurdecer e quando o responsável pela mesa de som regula o volume, o guitarrista só falta quebrar o instrumento no palco igual àquelas bandas de rock grunge. E então, é mais importante UNGIR UM INSTRUMENTO MUSICAL ou TER SUA VIDA COMO INSTRUMENTO SEPARADO PARA DEUS?

1 comentários:

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(1) Discordar não é problema. É solução, pois redunda em aprendizado! Contudo, com modos.

(2) A única coisa que eu não aceito é vir com a teologia do “não toque no ungido”, que isto é conversa para vendilhão dormir... Faça como os irmãos de Beréia e vá ver se o que lhe foi dito está na Palavra Deus!
(3)NÃO nos obrigamos a publicar comentários ANÔNIMOS.
(5) NÃO publicamos PALAVRÕES.

“Mais importante que ser evangélico é ser bíblico” - George Knight .