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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

26 de janeiro de 2017

Depois de revelar que não é ateu Mark Zuckerberg visita pastores para aprender sobre “o papel da igreja”


O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, após ter afirmado que não era mais ateu, reuniu-se com líderes religiosos e professores de teologia no Texas. Ele não foi dar nenhuma palestra sobre novas tecnologias, mas sim para ouvir e aprender. 
“Todos os anos, eu assumi um desafio pessoal de aprender coisas novas e crescer para fazer melhor o meu trabalho”, disse ele em sua nova página do Facebook, a “Mark’s Year of Travel”. 
“Minha esperança com este desafio é sair da rotina para falar com mais pessoas sobre como elas estão vivendo, trabalhando e no que pensam para o futuro”, disse ele. 
Zuckerberg postou fotos de um encontro com pastores em uma cafeteria na cidade de Waco na semana passada. O assunto foi as tendências religiosas do momento, noticia a CBN News. 
O bilionário de 32 anos afirma estar interessado em aprender como as igrejas criam uma comunidade. Judeu de nascimento, ele passou alguns anos se considerando ateu, mas recentemente afirmou ter mudado de ideia e que considerava a religião algo “importante”. 
Aaron Zimmerman, um pastor episcopal que participou da reunião explicou a Zuckerberg que na maioria das igrejas há um encontro de toda a comunidade para adorar e atrair pessoas para Deus e também espaços menores, onde as pessoas se relacionam com mais profundidade. 
Na avaliação de Zimmerman, o fundador do Facebook demonstrou humildade e querendo aprender. “Fiquei impressionado como alguém que poderia ter entrado na sala como se fosse dono do mundo, mas com sua marca registrada: moletom e calça jeans”. 
O pastor disse ainda que os pastores “falaram 90% do tempo” e Zuckerberg parecia interessado. “Isso me impressionou muito”, sublinha. 
John Crowder, pastor da Primeira Igreja Batista de West, cidade texana vizinha a Waco conta que “Zuck”, como gosta de ser chamado, também visitou pastores daquela comunidade. 
“Eu pensei que ele iria fazer um discurso promovendo uma instituição de caridade ou alguma inovação tecnológica, mas ele queria nos ouvir”, afirma, mostrando surpresa. 
Crowder ressalta que Zuckerberg perguntou bastante sobre como as igrejas ajudaram a cidade após a explosão de uma fábrica de fertilizantes em 2013, algo que teve grande impacto na pequena cidade. 
“Nós contamos a ela que logo após a explosão, as pessoas da cidade simplesmente entravam na igreja pedindo ajuda”, lembra o pastor. “Eles sabiam que naquele lugar teriam apoio e este é o papel que a igreja desempenha, pelo menos em nossa pequena cidade”, ressalta. 
Além disso, Zuckerberg quis aprender como as igrejas priorizam seus ministérios. “Ele estava interessado em quanto a igreja se dedica ao que ele chamou de ‘religião’ e o quanto ela se concentra no que chamou de ‘serviço comunitário’ “, disse Crowder. “Essa realmente não é uma pergunta ruim para que as próprias igrejas se perguntem de vez em quando”, assegura. 
Em sua nova página, Zuckerberg relatou como foi a experiência. “Nós podemos vir de diferentes caminhadas de vida, mas todos queremos encontrar propósito e autenticidade em algo maior do que nós mesmos. Obrigado a todos que compartilharam suas histórias comigo nos últimos dias. Vou me lembrar dessa experiência por muito tempo”, escreveu.

Originalmente publicado em WacoTrib

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