O pastor Ernestino Cândido Filho de 38 anos, da Igreja Batista Candeia Acesa, foi preso na manhã desta sexta-feira (20) suspeito de abusar sexualmente de fiéis dentro de uma igreja, durante rituais, em Vila Velha, no Espírito Santo.
O delegado Lorenzo Pazolini, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), disse que o pastor usava o respeito que tinha na comunidade para influenciar as vítimas.
O pastor da igreja que fica no bairro no bairro Rio Marinho estava em casa no momento da prisão e negou o crime para a polícia.
Pazolini disse que o pastor é suspeito de abusar sexualmente de três adolescentes. Além disso, outras duas mulheres também registraram uma queixa contra ele na Delegacia da Mulher, em Vila Velha.
As investigações indicam que os abusos aconteciam durante um trabalho de libertação que ele realizava em um cômodo dentro da própria igreja, durante a tarde. As vítimas ficavam cerca de meia hora no local e o pastor ungia o corpo delas falando que iria “libertar demônios”.
“As crianças ou adolescentes eram convocados pelo menos uma vez pelo pastor para irem a esse local, denominado ‘gabinete’, para passarem por um processo de libertação. Essas crianças eram despidas e, a partir daí, o pastor tocava nas partes íntimas delas. Em algumas situações, ele pedia para que essas crianças e adolescentes tocassem as partes íntimas dele”, relatou o delegado.
Os familiares das vítimas denunciaram os abusos na DPCA e receberam ameças do suspeito.“Ele procurou algumas vítimas, pais e responsáveis no emprego, realizou telefonemas a vítimas e até mesmo a testemunhas, tentando mudar depoimentos. Fez ameaça de morte, e ameaçou a segurança e a saúde da família”, disse Pazolini.
O suspeito confirmou para a polícia que realizava os trabalhos de libertação, mas nega que abusava das adolescentes e mulheres. Ele foi encaminhado para a Delegacia de Proteção da Criança e o Adolescente (DPCA) e foi preso por estupro de vulnerável.
O advogado Schuster Andrade, que defende o pastor, disse que o suspeito não tem relação nenhuma com as acusações. “O objetivo é apenas pejudicá-lo. Temos provas robustas disso”, comentou Andrade.
Questionado pela reportagem sobre quais são os motivos das vítimas quererem prejudicar o suspeito, o advogado disse que só dirá em juízo.
A Organização de Apoio as Igreja Batistas do Espírito Santo, que faz parte da organização das Igrejas Batistas do Brasil, disse que a Igreja Batista Candeia Acesa não faz parte da congregação.
O pastor suspeito de abuso sexual é o responsável pela Igreja Candeia Acesa.
(G1)
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